Os convidados assustaram-se sobremaneira! Os guardas com uma agilidade extraordinária desembainharam as suas espadas e, foram ao encontro do homem misterioso!
O homem, lentamente retirou o capuz... revelando assim, um rosto conhecido. Isso me fez ficar mais confusa ainda.
Ao ver de quem se tratava, meu pai fez sinal para os guardas recuarem. Certamente tinha uma explicação lógica para tudo aquilo.
— Príncipe Vitório — meu pai disse em alto e bom som—, poderia se explicar?!
— Certamente, rei Felipo — ele deu um passo para o lado — farei melhor, mostrarei a todos.
De traz dele surgiu alguém, com os mesmos trajes que o Vitório.
— Felipo... — ela retirou o capuz e um manto que trazia por cima de suas vestes.
— Pelos Céus! Eu não creio no que meus olhos contemplam! Só posso estar sonhando. — meu pai ficou pasmo — Teodora! Minha querida! És tu mesmo? — ele correu ao seu encontro e a envolveu em um abraço carinhoso. Era uma cena deveras magnifica! Ele girava com minha mãe em seus braços.
Esperei passar o momento fofo e, também juntei-me ao abraço caloroso.
— Estou demasiadamente feliz! — eu sorri beijando o rosto da minha mãe — Apenas não entendi nada ainda.
— Queridos súditos — minha mãe saiu de nosso abraço e, falou com o povo — depois de tantos anos, eu esperava mais de vós. Tem pouquíssimos dias que fui dada como desaparecida e, já forçam meu esposo a se casar? Devido as tradições e falsos rumores?
— Minha rainha — um dos anciões chamou por ela—, temos muita consideração por vossas Majestade, jamais faríamos isso.
— Minha querida, a culpa não é deles — meu pai tocou a sua mão.
— Então se casaria com minha irmã livremente? — ela franziu o cenho e ficou com os olhos marejados.
— Não pense nisso por mais nem um segundo, minha querida — meu pai carinhosamente tocou em seu rosto, fez um leve carinho com o polegar. — sabes que meu coração lhe pertence — ela a olhava nos olhos—, porém, eu faria qualquer coisa para mantê-las em segurança — ele olhou para nós duas.
— Ainda estou deveras confusa — afastei-me e, fitei os dois. — Minha mãe, dissestes na cartas que preferia estar longe e saber que o meu pai e eu estávamos bem. Meu pai, dissestes que estava fazendo isso por amor a mim e a minha mãe...
— Eu descobri o motivo da Teodora ter partido — ele beijou a testa da minha mãe. — Porém, meu erro foi confrontar a pessoa. Ela era a única pessoa que sabia onde estavas, minha esposa. E disse-me que se não me casasse, iria matar-te. Não apenas vós, como também envenenaria a nossa filha, segundo ela, tinha tudo preparado.
— Como pode, uma pessoa ser tão má a esse ponto? — perguntei confusa.
Quando olhei, notei que minha tia estava saindo.
— Guardas! — a voz do meu pai era potente e amedrontadora — prendam essa mulher!
— Meu pai — implorei—, é a minha tia Fiona porque estás ordenado vossa prisão?
— Sim, minha querida. Sua tia — ele olhou-me com olhos ternos—, ela tramou tudo, para ocupar o lugar de vossa mãe, como rainha.
— Esse lugar era meu, por direito! — gritou a minha tia.
— Do que ela está falando?
— Minha filha, chegou a hora de todos saberem. Então contarei para todos. Quando eu era jovem, a procura de uma esposa, meus pais arranjaram casamento entre mim e a Fiona. Eu fui passar uns dias na casa da minha prometida. Porém, quando cheguei lá, aproximei-me perdidamente pela Teodora! Ela sem querer, conquistou o meu coração — ele a olhou com ternura. — A meu pedido, nossos pais concordaram em mudar. Agora eu me casaria com a Teodora, não com a Fiona. Ela pareceu não se importar, todos esses anos, ela nem tocava no assunto, porém, quando sua mãe começou reinar em meu lugar, a sua inveja e rancor se acenderam.
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Entre o Amor e o Dever
De TodoEntre colinas, vales, riachos, florestas e jardins. Ficava o reino Myrabel. O rei Felipo Gregório ll e a sua esposa, rainha Theodora, tinham um grande dever com o povo de Myrabel! Ter um herdeiro. Nos ombros dessa criança herdeira, repousaria as ex...