Sentia-me exausta, por ficar sendo boazinha com a Jovina. Imaginem só, uma pessoa que inferniza sua vida desde a sua infância. Tem uma hora que não dá mais. Porém, para meus pais ela é um doce. Ora essa, só se for doce de jiló com pimenta.
— Ai Esmeralda, como podes dizer isso de mim? — Jovina fez uma voz chorosa. — só vim para dar-te apoio, mas já que tens esse temor. Prefiro retirar-me — ela fez um drama, que chegou revirar meu estômago. — tio, tia agradeço-vos pela bondade em querer minha permanecia aqui, porém, acho melhor eu me retirar do palácio. Pela manhã irei para o Vilarejo mais próximo, ficar com os outros súditos.
— Oh querida! Não leve a Esmeralda a sério — minha mãe á abraçou e fez um carinho em seus cabelos. — pode permanecer aqui o quanto quiser. Não ouse sair desse palácio.
— Tia querida, és como um anjo em minha vida. — Jovina se levantou e colocou a mão na cabeça. — ai! Não estou me sentindo bem. Alberto, podes acompanhar-me, até meus aposentos? — sua voz era chorosa.
O Beto rolou os olhos ao ouvir tamanho drama e mentira.
— Prima, não sei se entende o conceito de guarda pessoal. — fitei-a com o semblante fechado. — o Beto é o meu guarda, caso não se sinta bem, ou segura no palácio de Myrabel pode contratar um guarda para ti.
Meus pais novamente fitaram-me. Eu tinha certeza, que logo o sermão viria.
— Perdoe-me prima. Por um momento eu acabei esquecendo-me disso. É que são tão próximos e, parecem tão apaixonados, que acabo esquecendo-me que ele é apenas seu guarda pessoal.
Que o Altíssimo me perdoe, mas naquele momento tive muito desejo de socar sua face. Como ela tinha a ousadia de ficar falando essas coisas?!
— Leve ela até seus aposentos — meu pai deu ordem a um dos outros guardas, que estava por perto.
A minha tia acompanhou a Jovina.
— Preciso ir também, com vossa licença. — levantei-me e fiz um mesura.
— Minha filha, podemos ter um momento contigo?
— Certamente, meu pai.
— Quer que o Alberto saia?
— Não senhor.
— Pois bem. O que está havendo contigo, minha filha? És uma moça doce e gentil, porém hoje mostrastes uma face que desconheço. Sei que tens um motivo, gostaria muito de ouvi-lo.
— Perdoe-me, meu pai. Não era do meu agrado preocupa-lo. Se for do seu agrado, pedirei que a minha prima me perdoe. — abaixei a cabeça.
— Minha querida, não quero que me peça perdão. Só quero que sejas sincera comigo. Só diga-me o motivo.
Pensei por um momento. Olhei para o Beto de soslaio e ele fez um sinal com a cabeça. Tomei forças e resolvi falar.
— Ela não é essa doçura que aparenta ser. Ela é falsa, manipuladora, mentirosa e sem vergonha.
Meus pais arregalaram os olhos, novamente.
— Continue, sei que não iria dizer isso de sua prima apenas para difama-la.
— Desde que ela chegou- aqui fica se insinuando para meus pretendentes. Ela tentou beijar o Beto, e depois disse que ele queria força-la. E teve uma noite que ela foi aos aposentos de alguns príncipe, com intenções nada decorosa . Quem contou-me foi o Vitório, o Cleomar e o Edgar. A partir a proibi de chegar perto deles.
— Não sei o que dizer. Quer que eu a expulse do palácio?
— Não senhor, meu pai. Ela já foi avisada. Já está ciente do que ocorrerá, caso não o obedeça.
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Entre o Amor e o Dever
AléatoireEntre colinas, vales, riachos, florestas e jardins. Ficava o reino Myrabel. O rei Felipo Gregório ll e a sua esposa, rainha Theodora, tinham um grande dever com o povo de Myrabel! Ter um herdeiro. Nos ombros dessa criança herdeira, repousaria as ex...