Capítulo 8

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~ Jhonny e Rey ~
        

Na noite anterior, logo após Jhonny conversar com Luke, e seu amigo dizer para ele voltar para casa e resolver tudo com os pais. Jhonny desligou a ligação, e continuou a caminhar pela rua escura da cidade, observando as estrelas que poucos sequer olhavam no correr da noite. Jhonny estava bastante incomodado com o vibrar incessante de seu telefone no bolso, e isso quase fazia o som da música que ouvia nos fones desaparecer. Jhonny que caminhava sem um destino, embora soubesse aonde ir, ele só não queria ir. O garoto sentiu um peso irritante sobre os ombros, como se nunca fosse ter paz, e que seus pesadelos passados iam persegui-lo por toda a vida. Mas, logo que isso passou, ele pegou o celular de novo, e decidiu digitar ao seu amigo de trabalho mais uma vez, embora tudo estivesse decidido.

"Gavin, é o Jhonny de novo. Então eu posso passar a noite aí?" perguntou mais uma vez, embora ele tivesse tido essa conversa por chamada minutos antes de ligar para Luke.

Alguns segundos se passando, Jhonny sentiu o frio do vento na pele, arrepiar os pelos do braço e ele se abraçou levemente, como se formasse um agasalho em sua volta. E o celular vibrou, com a seguinte mensagem:

"Pode vir sim, eu tenho um espaço, você pode ficar no sofá, ou na cama no quarto reserva daqui. Sem problema cara".

Jhonny mandou uma mensagem dizendo que estava a caminho e agradecendo a ajuda. Logo ele seguiu mesmo pelas ruas, mais uma vez escuras diante de seus olhos, e Jhonny se sentiu bem por não pensar sobre o amanhã, pelo menos até que seu pai ligou de novo, e pelo horário, ele pensou com tristeza:

"Já é tarde e ele ainda não dormiu, o que aconteceu, só pode ter sido aquilo".

O garoto ignorou seus pensamentos de imediato, buscando uma paz interior para passar aquela noite pelo menos. E logo ele chegou na casa do amigo, o portão se estendia a sua frente, um portão um tanto pequeno. Jhonny esperou que Gavin surgisse, abrindo o portão levemente, sem fazer barulho.

- E aí, tudo bem cara? - Perguntou Gavin, esse que era magro, mas um tanto rechonchudo, chegava a pouco mais de um metro e sessenta, não passando muito disso, nada mesmo. Seus cabelos eram lisos, e os olhos pequenos escondidos por trás da expressão alegre. Ele usava uma camisa azul escura e uma bermuda preta. Não estava calçado naquele momento, frente ao portão.

Jhonny deu um sorriso preocupado, o que na primeira impressão não atingiu a desconfiança de Gavin. Ambos entram pelo portão, e Gavin o fecha, é um corredor pequeno cercado por muros em volta e logo leva a porta. Na entrada, um sofá na sala pequena, bem á frente da porta, á esquerda. Já em frente da parede ao lado da porta, á direita, um outro sofá menor.

- Bem, a cozinha fica nos fundos, e o corredor que leva para ela, tem dois quartos - Disse Gavin - Se quiser ficar em um deles.

- Não precisa se incomodar... - Disse Jhonny novamente tentando mostrar animo e despreocupação. Mas dessa vez, Gavin entendeu mais ou menos que ele estava forçando - Eu posso passar a noite aqui no sofá, tudo vai correr bem.

- Ok.. - Disse Gavin - Se liga, vou buscar algo que eu acho que você vai gostar.

Gavin deixou a sala por um instante e logo voltou com o Notebook de Rey, e Jhonny pareceu um pouco mais distraído naquele momento.

- Eu concertei. Dei uma olhada, estava com um problema na tela. Ele estava ligando, mas a tela não, acontece conforme manuseado e etc.

- Nossa, a Rey vai gostar de saber, e quanto fica mais ou menos o valor do trabalho?

- Tivemos que trocar algumas peças, vai ficar uns trezentos e cinquenta. - Disse ele.

Jhonny puxou a carteira do bolso e deu o dinheiro para Gavin.

E Se Pudéssemos Escolher a Felicidade?Onde histórias criam vida. Descubra agora