~ Jhonny e Rey ~
Na quarta-feira, dia seguinte ao aniversário de Iris, na cidade de Luke, porém; Rey e Jhonny estão separados por suas rotinas diárias, mas não deixam de ficar em contato um com o outro. Jhonny estava naquela manhã de quarta, trabalhando em sua loja, e os pedidos iam e vinham, mas a maioria era para concerto de computadores, que não era bem sua área, uma vez que Jhonny trabalhava mais com desbloqueios, e atuava como um antivírus, com sua especialidade em hackear e essas coisas. Rey, estava focada, por outro lado, nos seus estudos, já que tinha passado por muita coisa, desde que decidiu ingressar na polícia da região.
Rey de seu quarto digitava mensagens em resposta a Jhonny.
“Sim, é verdade Jhonny, eu estou prestes a entrar na última grande etapa do meu sonho”.
“Eu sei que deve ser muito gratificante para você, Rey. Eu estou muito feliz por você”.
“Obrigada, Jhonny”.
“Sabe, que tal depois do trabalho, quando eu sair aqui, e você estiver mais livre dos estudos; talvez a gente possa, sei lá, ir à sorveteria da cidade? Seria legal, e podíamos conversar com pouco”.
“Oh, hoje eu não vou conseguir um tempo livre Jhonny, mas amanhã eu consigo sim, tudo bem?”.
“Completamente bem, Rey”.
O dia seguiu dessa forma, com Jhonny trabalhando e Rey estudando, e nada impedia os dois de conversar, e a cada dia, parecia que estavam mais habituados um ao outro, as rotinas que dividiam.
Na quinta feira, após um dia inteiro de estudo, Rey decide sair de casa, mais ou menos no horário em que Jhonny sairia do trabalho, e sem dizer a nada, ela chega na porta da loja logo que ela começa a se fechar, e Jhonny saí lá de dentro alguns segundos depois. Ao se deparar com Rey, ele fica muito satisfeito e corre em direção a ela, e esse encontro gera um abraço entre eles, mas dessa vez, com um sentimento um tanto estranho; a estranheza estava exatamente, na questão, de que ambos não sentiam estranheza alguma.
- O que te trás aqui, a essa hora? Achei que iriamos nos encontrar na sorveteria mais tarde.
- É, mas eu resolvi vir e te surpreender, aí temos mais tempo também, para conversarmos sobre tantas questões.
- É verdade, e eu fiquei surpreso mesmo, e feliz...
- Isso é ótimo, Jhonny. Mas venha, vamos para a sorveteria...
Jhonny e Rey seguiram o caminho em direção a sorveteria; a noite estava calma, e o céu pintava a escuridão com leves pingos, onde cristais desciam se chocando contra o pálido e profundo, da escura neblina. O frio era quase imperceptível, e impermeava através do sereno quase invisível, uma noite pacata, que faz a chama dentro das pessoas, aquecer uns aos outros, de forma que Jhonny e Rey sentiam, sem perceber essa sensação, e guiavam sempre as mãos muito próximas, e seus corpos quase se colavam.
Logo que chegaram, a sorveteria estava absorta, e as pessoas lá dentro tumultuavam o ar com vozes altas e presenças fortes. Em meio a escuridão da rua, aquele ponto claro no interior do estabelecimento fez Jhonny pensar em quando viajou aos estados unidos com o pai, e tocou nesse assunto com Rey, o que gerou certa conversa acerca de ir para outro pais um dia, e Rey não tinha esse desejo, coisa que até Jhonny havia deixado a algum tempo também.
Assim que se sentaram nas mesas de fora, perceberam o céu, que começava a derramar para longe as nuvens escuras, e a lua foi a primeira coisa que notaram. Logo após algumas estrelas pingaram, e Rey as comparou aos flocos que estavam sobre seu sorvete claro de creme, em uma taça azul escuro, tão bela, que era uma pena desfazê-la, à medida que eles comiam o sorvete.
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E Se Pudéssemos Escolher a Felicidade?
RomansaA história de Luke. Um garoto que se vê obrigado a partir de casa, pois sua família não pode pagar pelos seus estudos e nem mais sustenta-lo. Ele é aceito por um programa social que escolhe jovens com potencial para ir morar na casa de alguma famíli...