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"Maria Luíza Coutto Guimarães

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"Maria Luíza Coutto Guimarães. "

  É a primeira vez que falo seu nome completo em voz alta, não acredito o quão filho da puta foi o destino. Me deixei levar pelos os olhos amendoados e vivos que ignorei o fato dela não se parecer em nada com Théo. Mas também, foram tantas descargas emocionais em um único dia que ter algum pensamento limpo e claro seria quase desumano.

Só pude observá-la melhor ao longo dos dias, notando o formato dos lábios pequenos e carnudos, a cabeleira loira que fica mais selvagem ao passar dos dias e as pequenas sardas nos ombros que agora vivem desnudos. A menina não percebia, mas sempre que a chamava pelo nome de Pâmela ela não atendia de primeira, como se o chamado não fosse com ela. Fui juntando as peças, mas obtive a certeza quando lembrei do sinal, uma mancha escura características dos Mourão, Théo tem uma nas costas e comentou uma vez que a irmã a tinha no mesmo local.

Bem, Maria Luíza não tem mancha alguma.

Suspeitei que ela deveria ser uma amiga de Pâmela, mas não entendia o motivo da troca de identidade até Malu me explicar, aparentemente Théo perde feio para a irmã caçula.

A menina ficou com raiva por eu já saber de sua farsa e não falar nada, o pequeno nariz se contraiu e um biquinho fofo se formou nós lábios carnudos.

Ela tem personalidade forte, isso ficou evidente desde o início. Mas até agora não entendi como ela veio parar aqui, pelo que eu sei sua mãe tinha ido até a Itália para levá-la de volta, porém não fiz questionamentos, ao menos por enquanto.

Nunca poderia imaginar que ficaria preso em uma ilha com a filha mais velha da melhor amiga da minha noiva. Sinceramente, parece uma armação cruel do destino. 

Pensar em minha noiva faz meu peito pesar, as lembranças dela e dos meus pais tem aparecido com mais frequência em meus pensamentos nos últimos dois dias, apesar do meu relacionamento complexo com meu pai, me sinto saudoso de sua presença e conselhos. Temos registado em uma rocha o passar dos dias, riscando uma linha em pé a cada amanhecer.

Está quase anoitecendo, então recolho os peixes que pesquei e sigo para a pequena gruta que Maria Luíza e eu estamos dividindo. Ela fez o mesmo caminho tem algum tempo, disse que estava sentindo uma fisgada na perna e precisava descansar na cama improvisada que fizemos, utilizamos roupas e algumas almofadas dos assentos que sobreviveram a queda e explosão.

Ela está de quatro, procurando alguma coisa na minha mala. O biquíni está todo enfiado na linha que divide suas nádegas, me dando uma visão previlegiada da sua bunda e meu pau incha, acordando pela segunda vez no dia, novamente por causa dela. A pequena peça marca sua boceta, ela se mexe, abrindo mais as pernas e rosno.

A visão é extremamente tentadora e, apesar da minha preferência por mulheres mais velhas e o anel de noivado em meu dedo quero ir até lá e deferir um sequência de tapas em sua pele lisinha, morder sua bunda até deixar as marcas dos meus dentes e chupar com vontade seu pequeno canal.

Ela parece deliciosa desse ângulo, pensamentos depravados começam a se formar na minha cabeça e de forma inconsciente avanço três passos em sua direção. A menina ainda está aérea do que está fazendo ao meu corpo e tenho que me controlar antes de ir até lá e fazê-la consertar o estrago. Agarro a cabeça do meu pau e o estrangulo com a mão, buscando alívio.

Um grunhido desesperado deixa minha garganta, fecho os olhos, sentindo meu pau crescer mais sobre meu aperto.

Dou meia volta e saio da gruta, pegando o caminho da praia.

Preciso me aliviar.

Estou andando com pressa quando um grito me faz parar e voltar correndo, largo o peixe no meio do caminho e corro o mais rápido que consigo de volta pra gruta.

Maria Luíza está em pé, com os olhos fixos e arregalados para uma pedra próxima de onde está a mala que mexia, seguindo seu olhar e vejo motivo da sua histeria.

A cobra está toda enrolada, mas está virada diretamente para a garota. A cabeça é triangular, achatada e larga, o corpo todo é coberto por escamas que lembram o laranja do pôr do sol, com algumas escamas pretas que lembram sinais em certos pontos.

- Estou aqui, não faça movimentos bruscos. - Digo e ela me olha, querendo se mexer.

Nesse momento minha ereção já foi pro espaço.

- Não faça isso. - Digo, percebendo que a cobra é venenosa e está pronta para atacar.

- Estou com medo. - Ela Sussurra, fechando as pálpebras.

- Estou aqui. - Volto a falar.

Pego um galho solto que estava próximo e me aproximo de forma sorrateira da víbora, com cuidado e agilidade a pego com o galho e jogo pra longe. Maria Luíza grita pelo ato, mas logo respira aliviada quando não vê mais a cobra.

- Ela se foi. - Diz.

Afirmo com a cabeça, concordando com sua conclusão. Era uma cobra venenosa pelo seu formato e olhos, as que não possuem veneno tem o formato de sua cabeça oval.

- Obrigada.

Maria Luíza me abraça, pulando de encontro ao meu corpo e quase nos levando ao chão. Ela ainda está só de biquíni e mesmo com toda a tensão que acabamos de vivenciar, sinto meu corpo corresponder ao seu. Me separo do seu abraço e percorro com os olhos toda a caverna, apenas para checar que não tem nenhum outro animal peçonhento.

- Temos que sair desse lugar, aqui é úmido e escuro demais para o nosso bem. Esse tipo de lugar atrai os mais variados prestadores. Escorpiões, cobras, aranhas ...

Ela assente, parecendo assustada  e só então vejo uma de minhas blusas em suas mãos.

- Estava com frio. - Responde, demonstrando um leve constrangimento.

A ideia de vê-la vestindo uma de minha camisas me deixa ansioso, meio possessivo e desesperado.

Quero saber como ficaria usando algo meu em seu corpo, mas tento disfarçar, apenas dando com a cabeça e fazendo-a entender que por mim está tudo bem.

- Vamos voltar para a praia, amanhã vamos construir algo para nos servir de refúgio. - Digo, já pegando as duas malas.

Ela pega as garrafinhas de água e frutas que pegamos.

- Quanto tempo acha que ficaremos por aqui? - Pergunta, provavelmente intrigada com meu interesse em construir algo pra nós.

A grande verdade é que eu não sei, já estamos chegando no nono dia e nada. Estou apenas agindo de modo racional.

Talvez amanhã..

Daqui um mês ou

Nunca.

- Não sei. - É tudo que resolvo respondê-la.

Declínio - Série Irresistível. ( CONCLUÍDO- HINOVEL) ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora