Raul está pescando nosso jantar enquanto arrumo algumas folhas de bananeira na areia, ele me salvou alguns minutos atrás de uma cobrona super venenosa e estou tentando recompensar arrumando sua cama ou algo parecido com uma.
O vento frio arrepia meus pêlos e me tremo toda.
Estava tentando roubar uma de suas blusas largas quando a serpente apareceu. Fiquei com tanto medo que desisti até de pedir uma à ele, na verdade, estou constrangida por estar dando tanto trabalho, sempre fui uma menina independente quando criança e cresci seguindo a mesma linha, não gosto de ficar pedindo ajuda, mesmo que eu esteja quase congelando.
- Você não tem nada mais vestido? - Olho na direção do homem e o encontro vistoriando meu corpo, estou usando um vestido de Pâmela que estava perdido entre os biquínis, no entanto o tecido é fino e mal me cobre o corpo, faz o estilo praiano com alças finas e soltinho.
Noto a desaprovação em seu olhar, o vestido não me protege do clima que começa a tomar a noite e ele sabe disso.
- Estou bem assim. - Resmungo, não querendo dar o braço a torcer e implorar por um moletom seu.
Ele bufa.
- Sei. - Responde, mostrando que não está totalmente convencido.
- Me dá isso. - Digo, tomando o peixe de sua mão. Ele me olha intrigado, repuxando um sorriso nos lábios ao me olhar.
- O quê? - Pergunto.
Ela dá de ombros, ainda sorrindo como um idiota.
- Você sabe como tratar um peixe? - Sua pergunta me faz olhar para o animal aquático morto em minhas mãos e gemo frustrada.
Droga.
Estou me sentindo uma inútil hoje!
Ele percebe meu conflito interno para respondê-lo e resolve retomar o peixe.
- Eu cuido disso. - Fala, balançando um pequeno canivete em sua mão direita.
Não discuto.
- Vou cuidar da fogueira. - Digo e ele assente, seguindo para uma área rochosa perto do mar.
Alguns segundos depois a fogueira está acesa, mostrando uma chama amarelada e quente. Vou colocando devagar alguns galhos secos, tomando cuidando para dispensar os que ainda estão verdes para não causar uma torre de fumaça. Faço exatamente igual como aprendi sendo escoteira e pela primeira vez no dia, sito orgulho de mim.
Sento sobre a minha própria cama improvisada e tento aquecer meu corpo junto da fogueira, ainda desejando o camiseta dele.
Ouço seus passos de volta e acompanho sua caminhada até mim, ele está distraído olhando para o peixe em suas mãos e não percebe que estou encarando desavergonhada seu corpo. Ele ainda está com a mesma calça jeans que estava hoje de tarde, mas ela está encharcada e por isso se cola com mais precisão em seu corpo, exaltando as coxas musculosas a cada movimento que ele faz. A barba está maior desde a primeira vez que o vi, dando-lhe uma imagem selvagem.
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Declínio - Série Irresistível. ( CONCLUÍDO- HINOVEL) ✓
Romance[SEM REVISÃO] Obs: Para maiores de 18+. Ele estava fazendo um favor para o melhor amigo, afinal, ele amava estar entre as nuvens e voar sob as águas do mediterrâneo era como andar de bicicleta para o duque da aviação, já havia feito aquele trajeto t...