[SEM REVISÃO]
Obs: Para maiores de 18+.
Ele estava fazendo um favor para o melhor amigo, afinal, ele amava estar entre as nuvens e voar sob as águas do mediterrâneo era como andar de bicicleta para o duque da aviação, já havia feito aquele trajeto t...
Este livro tem fim no CAPÍTULO 32 ou 34+ Epílogo, mas no máximo vai até o 34+ Epílogo.
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Nem pisco.
Meus olhos estão vidrados no homem que continua caminhando em nossa direção, seus passos são lentos, mas firmes. Ele exala destreza e sua expressão é parecida com a que vi no aeroporto de Turim, quando observei sua discussão com Luma. Os olhos cinzas continuam duros, intransigíveis como me lembro, mas a postura foi alterada para algo mais dominante, intimidadora. Ele caminha como se fosse o dono do lugar, como se o resto de nós fôssemos apenas expectadores, orbitando ao seu redor.
Sinto o corpo de Raul enrijecer ao meu lado ao mesmo tempo que um rugido escapa de sua boca, suas mãos possessivas apertam envolta da minha cintura e ôfego baixo, sentindo minha pele beliscar por sua pegada bruta. Quero protestar e pedir que afrouxe o aperto, mas conhecendo o homem como conheço sei que ele não vai me escutar nesse momento, sua atenção está toda no homem que continua se aproximando sem cautela e quanto mais perto ele chega, mais Raul se torna possessivo.
Se eu não conhecesse meu homem, diria que ele está se sentindo intimidado pela figura poderosa do estranho.
- Papá. - Bellinha se contorce em meus braços, pulando e apontando para o homem com uma alegria desmedida.
Meu instinto de proteção triplica e deito sua cabecinha no meu ombro, tentando desviar sua atenção do desconhecido. Uma parte minha sabe que ela tem razão, levando em consideração que era ele discutindo com a mãe dela em Turim, aquele deve ser realmente seu pai. Porém, tenho as informações que Luma nos deu antes de falecer gravadas na minha cabeça e pelo jeito que falou do marido, o sujeito não me parece nada confiável. Sem falar que elas estavam fugindo dele, ninguém foge de alguém sem ter bons motivos. Não vou entregar minha menina pra esse sujeito, está decidido!
Não me importo se é o pai dela ou próprio Papa, não vou permitir que ela saia de perto de mim. Não vou.
A cena parece se passar toda em câmera lenta para meu desespero, cada passo que o sujeito dá minha angústia aumenta.
- Raul... - O chamo, sem realmente saber o que quero falar.
Mas não importa, ele parece saber exatamente do que preciso, pois seus lábios tocam minha cabeça em um promessa silenciosa de que tudo vai ficar bem e meu corpo relaxa de imediato.
- Estou aqui. - Sussurra contra meus cabelos.
- Bella? ... Meu Jesus Cristinho, esta é a minha sobrinha?!- Me assusto, olhando incrédula para a mulher que apareceu do nada.
