[SEM REVISÃO]
Obs: Para maiores de 18+.
Ele estava fazendo um favor para o melhor amigo, afinal, ele amava estar entre as nuvens e voar sob as águas do mediterrâneo era como andar de bicicleta para o duque da aviação, já havia feito aquele trajeto t...
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Meu primeiro e único namorado costumava me chamar de Carolina Reaper, a pimenta mais ardente do mundo. Ele dizia que eu era como ela, pequena e perigosa. Extremamente picante.
Fora dos padrões adequados.
Nunca levei à sério suas comparações, mas gostava da sensação de poder que suas palavras me traziam, e nesse momento eu quero que Raul me veja da mesma forma. Preciso que ele sinta todo o meu calor e queira queimar comigo.
Não sei quando essa necessidade começou, talvez seja uma consequência da noite anterior ou eu só esteja carente e confusa, mas ficar tão perto dele me trouxe pensamentos e vontades que não deveriam existir. Ele está fugindo de mim, embora continue me observando de longe quando acha que não estou vendo.
Acontece que esse jogo me estimula ainda mais, é como uma brincadeira, proibida, mas ainda irresistível.
Será que ele também sente o mesmo que eu?
Mordo o canto da minha boca, observando seus braços musculosos trabalharem em um tronco de coqueiro, ele está tentando fazer um lugar na praia para ficarmos protegidos e aquecidos, enquanto eu finjo trançar as folhas do mesmo coqueiro.
Droga, eu sou uma péssima pessoa. Ele é o noivo da melhor amiga de mamãe e Stella sempre foi legal comigo, embora sua pose esnobe me incomode em alguns momentos.
Mas ele é tão lindo.
E arrogante, comprometido, autoritário! - Minha consciência lembra.
Sim, um grande babaca arrogante. Ainda assim, lindo.
Não, Maria Luíza. Ele é território proibido. Minha consciência volta a se manifestar.
Sacudo a cabeça, tentando afastar os pensamentos confusos e focar no meu trabalho.
O que a Pâmela faria se estivesse no meu lugar? - Penso, voltando meus olhos para ele, dessa vez deixando minha visão cair um pouco mais abaixo de seu abdômen.
