Atualmente
A casa dos pais de Shizuki é incrivelmente impecável. Tão grande que tem quartos que são suficientes para todos nós. Eu e Ryeoun dividimos um, Vernon e Hoshi o ao lado e as meninas ficarão juntas em outro.
A música já havia começado quando ficamos prontos. Se eu não estivesse apressando meu melhor amigo, só iríamos para a festa no final. Ele tem sorte que eu consigo ser paciente com sua lentidão.
Essa noite está diferente. Desço as escadas junto de um coração acelerado e uma sensação boa. Tem uma coisa no ar, no clima. Talvez, a certeza de que irei vê-la.
O lugar está cheio de pessoas desconhecidas, tanto para mim quanto imagino ser para a aniversariante. Encontramos os outros em frente a gigantesca piscina. E enquanto Hoshi ri da demora previsível de Ryeoun, sinto a sensação em meu corpo aumentar. O riso solto em meu rosto sem motivo algum aparente, acaba de encontrar a razão de sua curvatura.
Tem algo no vestido vermelho que se ajusta perfeitamente. Tem algo inexplicável na forma em que as sensações gritam em mim quando a vejo. Algo que me mantém satisfeito.
Eu quero dizer a ela. Dizer que não consigo tirá-la da cabeça e como eu tenho raiva as vezes. Porque nessa luz deslumbrante que paira sobre ela, com esse cabelo solto caindo sobre o corpo, junto do sorriso... Eu posso sentir que ela é minha morte.
E que parece amor.
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Estou impaciente. Aquilo não foi suficiente. Me sinto um adolescente de filmes clichês. O sono me deixou e se foi pela janela aberta do quarto, onde as cortinas balançam em harmonia com o vento. Aperto as mãos contra a cabeça e me levanto.
Lá do alto a avisto, em meio ao jardim, um caderno em mãos, a dona do sorriso que me deixou sem beira. Lá do alto ela não pintava, pincelava rabiscos em sonhos. Ali do alto ela me consome, divide e desvia até meus pensamentos.
- Não sou uma criança. Não posso fraquejar afinal.
Me aproximo enquanto a admiro. Os pés descalços na água se mexem levemente. Acaba notando minha presença no lugar, trazendo os olhos de encontro aos meus, tão lindamente cego para tudo, menos para ela.
- Mingyu?- Maya diz desconfortável escondendo o caderno de desenho.
É amor.
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Sky. {Mingyu} EM MUDANÇA
FanfictionSe o céu não estivesse ali, Maya não estaria completa. A vida não teria sentido. Nem mesmo o amor existiria. A vaga lembrança de se deitar sobre a grama com sua mãe, depois de correrem alegremente pelo jardim, e observar o céu que a encantou mais qu...