Sky. {Mingyu} EM MUDANÇA

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   Por alguns segundos, o silêncio é a única coisa que escuto. Tenho a mesma sensação de deletar tudo ao redor, como aconteceu no momento em que seus lábios tocaram os meus.

   Como acreditar no que está a minha frente? Me pergunto diversas vezes. De tanto desejar isso, talvez minha mente tenha definidamente criado. Estou louca. É a única explicação.

   Meu coração parece crescer dentro do peito. O impulso de correr para seus braços é contido pela única força que em mim ainda existe. Uma voz chega em meus ouvidos. Shizuki.

   Desperto. Sinto o olhar de todos voltado para mim.

- Mingyu,- Uma sensação estranha percorre meu corpo ao escutar seu nome sendo pronunciado por outra pessoa.- Ryeon e Hoshi. Está é Maya, de quem tanto estávamos falando antes.- Yumi dá um olhar nada sútil para Vernon enquanto os outros acham graça. Menos ele. Ele ainda me olha como se fosse capaz de enxergar apenas a mim.

   Me dê um sorriso, seja o que for, para acalmar meu interior ou ferrar tudo de vez.

   Peço

   Clamo

   O olhar me atravessa e é mais fundo que o mar. Seu semblante parece brilhar ao formar uma curva com os lábios e ao ver seus caninos, sinto meu corpo fraquejar.

   Lentamente vem em minha direção. A altura. O aroma. Me sinto em mais um sonho que tanto almejava ter novamente. Só que melhor. Bem melhor.

   Sua mão é estendida. Não hesito o toque. De uma hora para outra, descubro como as galáxias se colidem. Acho que ficamos ali por um tempo. Não sei. Só sei que a vermelhidão toma conta da minha face. Minhas bochechas queimam.

   Um olhar apenas e eu sei que passarei a noite em claro na tentativa fajuta de eternizar o momento, ou quem sabe, gastando tempo demais procurando uma forma de escrever um poema tão lindo quanto ele.

- Sei que é estranho perguntar,- Ele balança a cabeça, como se tivesse pensando em algo e não tivesse coragem para dizer em voz alta.- Mas você já viajou para a Coreia?

   Nego

   Meu peito passa a queimar, talvez por saber o que ele está prestes a dizer, ou apenas por estar sem respirar e assim como meu pulmão arde, o coração quis imitar.

   Uma sensação de déjà vu toma conta de mim, antes de sua voz soar novamente.

- É estranho... Você é familiar. Poderia jurar que te vi em algum lugar.- Me encara intensamente. Não como se já tivesse me visto, mas como se me conhecesse melhor que todos ali.