Capítulo 2

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Aviso Importante:
As atualizações serão feitas uma vez por semana. Ou no caso mais capítulos a cada desafio batido. Desafio é basicamente atingir um número de votos e comentários. Para próxima atualização, podem esperar na terça feira que vem ou atingir 3 votos e 3 comentários. :-)
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"Corra e se esconda, esta noite vai ser ruim
Porque lá vem seu lado ruim
Isso vai me arruinar"
Devil Side — Foxes

Lutando contra sua vontade de sair correndo de lá, Maria subiu no palco, onde cantou, como fazia toda noite. Um música, servir algumas mesas e depois só ficar atraindo a atenção de homens para jogá-los na cama de outras meninas. Nada de muito novo se não fosse por ele.

O irmão de Vanya mal humorado, o que parecia saído de um livro pelo jeito que lembrava aqueles Baddoys literários, a reconheceu no clube, provavelmente contando tudo a ela. Que acabaria contando a alguém e depois seria bola de neve sem fim.

Deixando Maria Dolores nervosa com aquela péssima posssibildade. Iriam a condenar e fazerem fofocas antes que ela sequer pudesse explicar que dançava, tirava suas roupas, mas não fazia nada além daquilo. Pois era timida demais e não conseguia pensar em nada como beijar um cara sem sentir nada por ele.

— Hey! Latina! — o gerente a chamou logo que saiu do palco.

Não gostava de trabalhar numa casa de prostituição, mas se era aquilo que pagava suas contas e ajudava sua família, fazia sem maiores problemas. Ela cantava, dançava, tirava suas roupas e até mesmo os deixava tocá-la, mas jamais dormia com ninguém. Nem funcionário, nem cliente.

Era assim que ela funcionava, mantinha sua vida de stripper restringida a aquelas paredes, sem deixar ela impactar em qualquer outra área de sua vida. E até então ia muito bem. Graças ao seu bom trabalho e a proteção forte que tinha em seu favor por enquanto.

— Um cliente novo está esperando no andar de cima para uma dança especial... — dizendo a ela, recebe um olhar irritado da mulher.

Já havia o dito milhões de vezes que não dormia com ninguém. Sua dança se restringia a dançar, tirar suas roupas, pegar seu dinheiro e sair. Não envolvia sexo, não tinha ideia do porquê ele insistia naquilo.

— Melhor devolver logo seja lá o que te deu para dormir comigo. — dizendo ao seu gerente, saiu da área do palco.

— Sua comissão vai ser de vinte mil. Tem certeza? — perguntou a Dolores que depressa parou o que fazia.

Aquilo era muito dinheiro. E olha que ele tirava uma porcentagem maior que a dela. A fazendo pensar que se levaria tudo aquilo, imagine aquele porco? Seja lá quem fosse era muito rico. Tanto que a assustava. Afinal de contas, o que fazia da vida alguém que gostava tanto dinheiro para ter uma mulher?

— Não. Preciso encerrar meu turno e ir para casa falar com minha família. — usou a sua cartada final, antes de ser segurada pelo braço.

Gesto que deu um susto nela, que nunca era tocada de maneira tão direta por ele. Um dos homens que trabalhavam para seu primo Pietro, dono da boate, que ofereceu aquele serviço a ela ao Maria o pedir ajuda ao ser despejada do seu antigo apartamento.

Pietro estava tentando a convencer a ser sua mulher desde que ela pediu por ajuda, ainda sim, Maria se mantinha firme em não aceitar, o rejeitando com cuidado, além de mentir para ele, dizendo ser católica devota, por isso não aceitava ser tocada por ninguém. A única solução que pensou para não morrer de fome e matar sua família de fome no processo. Ideia que tinha de uma condição temporária. Por quanto tempo? Não tinha ideia.

Dolores: La Bella Muerte FIVE Completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora