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As atualizações serão feitas uma vez por semana. Ou no caso mais capítulos a cada desafio batido. Desafio é basicamente atingir um número de votos e comentários. Para próxima atualização, podem esperar na terça feira que vem ou atingir 6 votos e 12 comentários.
————————————————Eu não podia mais ficar lá. Juntando minhas coisas, resolvi sair da casa da Vanya, optando por ir morar em um quarto que achei um pouco mais longe do conservatório, mas definitivamente bom para meu bolso.
A avó de Pabllo conhecia alguém que conhecia outro alguém, que conhecia alguém que me ajudou a arrumar uma vaga na lanchonete próxima a casa dos Hargreeve ironicamente, para trabalhar como garçonete por meio período.
Era bom, pagava uma quantia considerável e eu certamente poderia mandar as gorgetas para casa. Só ia ter menos tempo no conservatório e depois que a outra menina fosse mandada embora, estava certa de encerrar tudo no conservatório e focar num emprego que me sustentasse.
Até que aquele vestido não era tão ruim, concluo ao ajeitar as mangas e fazer um coque no meu cabelo para ficar de acordo com as regras de uniforme da lanchonete.
Tinha acabado de chegar para começar meu turno, quando peguei meu telefone para desligar e vi uma transferência de um valor tão alto que acabei gritando.
— O que foi? — a cozinheira pergunta me fazendo olhá-la séria.
— Nega, olha aqui esse saldo. Só confirma pra mim. — peço sentindo minha pressão baixar com aquele monte de número.
Era um erro. Um erro. Tinha que ser um equívoco. Por que me dariam tanta grana do nada? Minha bolsa tinha aumentado? Era isso?
— Amiga, o que tu tá fazendo aqui trabalhando? Você tá rica! Olha isso! Meu Deus! É muito dinheiro. — a morena comentou sorridente.
Pegando minhas coisas, ligo para a direção do conservatório, sendo logo atendida por Julia que parecia muito tranquila.
— Corazon. Houve um grande equívoco. Minha conta...
— Não Maria! Essa é sua porcentagem do leilão de ontem... Vovô não te contou que seu lance foi o mais alto? — conta me dando um susto.
Cinco não teve a cara de pau de me pagar todo aquele dinheiro pra me levar pra cama. Não é possível.
Eu me afastei dele pra não perder a amizade da Vanya, fiquei com pena inclusive. O imbecil além de presunçoso fez questão de me dar dinheiro para servir de troca de favores! Ele me pagou como se eu fosse uma prostituta.
Eu vou dar um tiro nesse imbecil, conclui continuando a me arrumar.
Movida a ódio comecei meu turno, terminando e indo embora com o próprio uniforme, pois pretendia alcançar o Cinco antes de entrar na mansão, para que Vanya não soubesse de nada.
Um grande filho da puta era o que ele era. Eu estava me sentindo culpada por usar ele, enquanto que Cinco foi tão frio e calculista que já tinha deixado o valor para me pagar previamente já separado.
Até cheguei a casa dos Hargreeve, mas na porta, pensando que aquilo faria Vanya descobrir e pensar o pior de mim, desisti, optando por sacar o dinheiro e deixar a bolsa com ele no prédio da Umbrella, pedindo que dessem ao babaca do número Cinco com um bilhete meu, que deixaria na portaria do lugar junto do dinheiro.
— Mama? — liguei para minha mãe que atendeu preocupada, ciente que havia algo de errado.
— O que fizeram a ti, Maria? — pergunta direta, desligando alguma coisa.
Provavelmente a torneira por lavar alguma roupa.
— Nada. Eu só. Queria falar com a senhora... Acha que eu vou conseguir ser famosa algum dia? — questionando baixo, saio da portaria rumando a sala da direção.
— Bem querida... O importante é tentar. Certo? Talvez algum dia você possa conseguir algo... Mas nunca se sabe. É bom manter os pés no chão. Continue no segundo emprego. — deu seu conselho deixando claro que não acreditava em mim.
Despedindo dela com calma primeiro, logo depois peço desculpas por ter vindo sem marcar hora a secretária que concordou e foi chamar o pai de Julia, atual diretor da academia de música.
— Primeiramente parabéns pelo seu novo recorde. O que deseja, senhorita Dolores? — todo solícito me faz querer revirar os olhos.
Dias atrás pedi por meia hora para pedir uma troca de papéis e ele me ignorou veemente. Agora só faltava me oferecer uma água ou café. Quando antes nem o seu tempo empregava em me ouvir.
— Quer uma água? Café? Posso arrumar uns biscoitos se quiser. — dizendo mexendo no telefone, interfona para sua secretária no outro lado da porta de vidro.
Era sempre assim. Na indústria de entretenimento em geral, o dinheiro falava e tudo andava. Agora eu era objeto de interesse, mas antes, mesmo com talento, só ouvia críticas e dúvidas e mais dúvidas de todos. Além de ser invisível e não escutada.
Para no final das contas, eu cansar. Ia jogar de fato a toalha e dar minha vaga a alguém que tivesse mais grana e tempo para se esforçar e chegar algum lugar. Porque no momento eu só ia afundando em problemas e não tive nenhum retorno.
— Quero agradecer pela atenção e oportunidade. Espero que tenham muito sucesso... Estou desistindo da minha bolsa. — aviso em tom mais do que frio.
Não doía tanto quanto pensei. Talvez fosse meu ódio ocupando qualquer espaço para outras emoções, mas não era tão ruim, na verdade, me deu certo alívio.
— Entendo que agora que tem um, bem, patrocinador generoso e solicito, talvez ache que não precise mais de aulas, mas... — o reitor sugere me irritando.
Então era isso? Todos concluíram que eu agora era acompanhante de luxo e que por isso tinha valor? Para puta que pariu todos! Eu dormi com ele, mas além daquilo, não quis nada nem um centavo.
Eu brincava sobre querer um marido rico, mas... Era só brincadeira. Não era interesseira. Nunca fui para começo de conversa.
— Pois saiba que já, já devolvo o dinheiro para ele e espero que o senhor Hargreeve vá para casa do caralho! A bolsa é toda sua, pode enfiar onde bem entender. Tenha um ótimo dia! — me ponho de pé e saio do lugar com toda minha força, quase quebrando a porta.
Pedindo a Vanya que mandasse qualquer irmão menos o Cinco no apartamento dela pela tarde, saquei todo dinheiro no banco, deixei numa bolsa de viagens sobre o sofá e fui embora antes do horário que pedi que viessem. Porque deixar uma mala enorme numa empresa poderia facilmente ser visto como um ataque terrorista.
Ciente que Cinco iria vir quer eu aceitasse ou soliticitasse a presença dele ou não.
Indo para meu quartinho, numa república de mulheres descanso até a hora do meu segundo trabalho, onde me arrumei e fui a luta.
Chega de viver esperando que alguém me desse uma chance. Cansei da arte, ia focar em sobreviver que ganharia mais, penso ao ir para a outra lanchonete onde eu sempre trabalhei antes de resolver mudar o horário na boate.
Para minha sorte o dono estava precisando de alguém no turno da noite. E eu era perfeita pra isso.
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Dolores: La Bella Muerte FIVE Completa.
FanfictionFanfic TUA UA +18 Cinco era muito inteligente. Sabia bem quando, como e onde poderia lidar com as consequências de seus atos. Por isso nunca chegava perto o bastante para se apegar a nada ou ninguém. Mas para ajudar um antigo conhecido da comissão...