Capítulo 17

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As atualizações serão feitas uma vez por semana. Ou no caso mais capítulos a cada desafio batido. Desafio é basicamente atingir um número de votos e comentários. Para próxima atualização, podem esperar na terça feira que vem ou atingir 4 votos e 6 comentários. Meta batida cá estou eu! Vocês tão animadas aqui hein???
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Como Vanya pediu licença e sumiu, conclui que o irmão dela tivesse a levado para jantar. Como fazia todos os anos.

Naquela noite eu disse que ia dormir na casa de um amigo, Gregor, por motivos de querer sair no final do evento, já que seria a coisa mais legal que faria o resto daquela semana e eu não queria deixar a minha colega de quarto acordada, me esperando.

O que era uma mentira deslavada, pois o que eu pretendia fazer era arrumar alguém, dormir com essa pessoa e deixar de ser usada pela Bella Muerte. Só que se eu dissesse a Vanya ela não gostaria e me convenceria a desfazer da ideia que tive, o que não era o que pretendia fazer, não quando não podia dormir com o irmão dela.

Já estava abrindo mão de dormir com o homem com quem iria me casar e viver feliz pelo resto da minha vida, como Deus queria e eu sonhava em fazer como minha mãe e tias fizeram, e já me julgava o bastante para ter que lidar também com os julgamentos de Vanya.

— Bonito vestido. Em que brechó comprou, amada? — Caroline, a melhor atriz do conservatório me elogia venenosa.

Aquela serpente cascavel tinha tanto veneno que facilmente mataria toda população da cidade se saísse por aí mordendo outras pessoas. Eu tinha resoluta certeza.

— No mesmo lugar onde você comprou esse seu deboche nível meninas malvadas, amada. — rebati levantando minha taça para fingir que estávamos fazendo um brinde.

Assim quem via de fora observava quatro amigas conversando, não uma mulher sendo hostilizada por outras três que não tinham absolutamente nada para invejarem de uma classe média como eu.

Já que eu precisava manter a pose e não ser a estrangeira rude.

— Por que você não se toca que não é pra isso aqui e pula o muro de volta pra casa, cucaratcha? — Geórgia, uma primeira bailarina de algum lugar por aí me provocou como quando estávamos no nosso primeiro ano.

Respirando fundo, torcendo para pelo menos conseguir um lance mais caro esse ano, acima de dois mil para encerrarem as provocações e brincadeiras quee levavam a ter o apelido de mil e quinhentos de algumas garotas, bebi meu champanhe odiando a mim mesma por me sujeitar a aquilo e não voltar de uma vez para casa.

Certamente arrumaria algum emprego de babá, seria instrutora de artes ou até xamã voltando para casa. Seria mais fácil. Poderia construir minha vida como a garota que foi para os EUA e voltou. Até mesmo atrairia atenção do sexo oposto com maior frequência.

Por que mesmo insistia naquilo? Nada vinha dando certo. Estava esperando alguma coisa — ou seria alguém? — o que não me fazia sentido nenhum honestamente.

Alisando meu vestido com uma mão, peço licença, fingindo ver um conhecido e vou até o fundador do conservatório, que me observa caminhar até ele notoriamente entediado.

— Meninas difíceis? — sugere me levando a rir, antes de finalmente voltar a beber meu champanhe desgostosa.

Dali não beberia mais nada porque já me sentia muito corajosa sem ajuda. Beber mais me faria perder a linha e não tinha Número Cinco para tomar conta de mim.

— Você não tem ideia...

— Anime-se, senhorita. Batemos um novo recorde de leilão hoje! Deveria estar comemorando! — notoriamente agitado o senhor me faz rir baixo.

Dolores: La Bella Muerte FIVE Completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora