Capítulo 10

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Aviso Importante:
As atualizações serão feitas uma vez por semana. Ou no caso mais capítulos a cada desafio batido. Desafio é basicamente atingir um número de votos e comentários. Para próxima atualização, podem esperar na terça feira que vem ou atingir 3 votos e 6 comentários. Meta batida cá estou eu. Muahaha————————————————

Não era nenhum idiota. Sabia bem o que estava tentando com Dolores, uma aproximação rápida, porém não muito para assustá-la, tampouco devagar o bastante para que ela escapasse por entre suas mãos como fez no Apocalipse.

E Número Cinco estava indo bem, até vê-la se engatinhando até ele, gemendo coisas baixas que ele não conseguiu prestar a atenção porque era sua esposa ali, indo até seus pés, doce e adorável como ele sempre soube que ela era. Como um gatinho fofo e dócil.

Um que ele queria com urgência ter para si de uma vez por todas, sendo assim faria como uma serpente e daria o bote o mais rápido possível. Porque sua esposa não era mais um manequim e ele precisava aproveitar aquela segunda chance que tiveram.

— Com licença... Vanya disse que estaria aqui. — parecendo curiosa, abre a porta apenas o bastante para se fazer ouvida, sem entrar no cômodo.

Sua irmã estava realmente trabalhando para deixá-los a sós. Precisava a dar um aumento na mesada por aquilo, pensou sorrindo rápido, logo pegando o livro que queria e a chamando para entrar.

— Trouxe seu script? — perguntou a mulher que exibiu os papéis constrangida por tê-los jogado nas pernas dele.

Que sendo sincero, se fosse para ver sua esposa engatinhando como antes, não se importaria de ser acertado com alguns papéis de vez em quando.

— Pensei em começar com o básico do básico. Química, você já conversou com seu colega de cena? — perguntou a ela que depressa se negou.

Dizendo algo sobre não haver necessidade de tal coisa. Porque ele era um idiota, segundo palavras dela.

— Você é diferente, Dolores. Relacionamentos não se restringem a impulsos animais para você. É bom que tente conversar com ele, crie um laço. Seja quem for.

Se estava feliz com sua esposa beijando outro? Não. Se iria impedi-la, pois aquilo era algo que fazia parte do que Dolores escolheu para ser seu trabalho? Não também.

— Eu não gosto dele. Thomas é um merda, não tem outra forma? — perguntou a Cinco que logo sentiu seu corpo ficar tenso.

Aquele imbecil estava bem longe dela, mas não seria ele a contar. Com isso se negou e a viu desanimar, por final apontando um artigo interessante num dos livros, um que explicava o fenômeno da se apaixonar.

A vendo ler tão concentrada, não pode evitar de sorrir com a ideia de que aquela mulher era simplesmente adorável em tudo que fazia, a vendo respirar fundo e assimilar em silêncio tudo o que havia sido escrito.

— Parece mais fácil do que realmente é. — confessa por final focando toda sua atenção em um ponto vazio.

Para animar a garota, se aproxima sutil dela que não se assusta, apenas mordeu com força seu dedo indicador, resmungando sobre nada dar certo.

— Por que não daria certo? Você é muito talentosa, Vanya me disse várias vezes. — Cinco afirmando sério, recebe um sorriso desanimado da mulher.

De maneira confusa explicou que nunca havia se apaixonado ou desejado alguém. Por isso não conseguia transmitir tais sentimentos. Constatação que de maneira errada o deixou feliz. Adoraria ser o primeiro homem a fazê-la experimentar tais coisas.

Com isso lutou contra sua vontade de beijá-la e pedir em casamento de uma vez, por final optando em dá-la um bom motivo para pensar:

— Posso testar uma coisa?

Com cuidado segurou a mão dela recebendo um olhar pensativo da mulher que ele de maneira muito educada beijou o dorso da mão, a olhando em expectativa.

Foi ali, que viu, algo se iluminar nos olhos dela que gaguejou em espanhol e afastou a mão, notoriamente constrangida.

— Fim de teste. Preciso ir... Embora daqui. — falou séria, antes dele tomar uma decisão arriscada.

Sem pensar no quão ruim poderia ser, movido a curiosidade, Cinco se colocou a diminuir a distância entre eles, aproximando seu rosto do dela, movendo suas mãos de forma a mantê-lo voltado na direção dele.

Ali estava. O brilho que havia adorado ver neles. Com sua atenção nos olhos dele, Dolores parecia assustada, embora não tivesse apavorada a ponto de sair correndo dali.

Ele por sua vez sentia seu corpo esquentar e seu coração bater com ferocidade no peito, além do calor que irradiava por todo ele. Queria tanto beijá-la que doía e aquilo parecia loucura de certa forma.

— Consegue sentir isso? — sussurra para ela esperando qualquer sinal para que desse mais um passo.

Estava tão perto... Porém ela o surpreendeu levando uma mão ao peito dele, que não fez questão nenhuma de esconder o quanto ela mexia com ele. Dolores sempre disse gostar de transparência. Não poderia ser mais honesto que aquilo sem assustar.

Sentia seu sangue ir a lugares impróprios e estava perto de perder seu auto controle e descobrir se ela tinha uma boca tão macia quanto parecia.

— Você está bem? — perguntando preocupada, o faz sorrir rapidamente.

Nunca esteve melhor. Sua mulher estava lá, nos braços dele, de forma que ele estava o mais perto dela, que já esteve em muito anos desde que saiu do Apocalipse.

— Você não sente nada. — constata triste a vendo de cabeça baixa, mantendo sua mão sobre o coração dele.

Para felicidade do homem, ela passou outra mão no peito dele livremente, subindo na direção do pescoço de Cinco que sentiu um arrepio muito bom pela unha dela em contato com a sua pele.

— Eu sinto você. É agradável e... Eu nunca tinha sentido isso, é bom até. — confessando honesta olha para Cinco que quase a beijou.

Se não fosse pelo grito alto que deu um susto nos dois, fazendo a Dolores se afastar dele como um animal arrisco.

— Que porra... — xinga a ninguém em especial, indo na direção ao grito.

Sumindo para o corredor, seguiu as vozes, descobrindo que a filha de Alisson havia acabado de chegar, algo que teria sido motivo de felicidade de Cinco, que amava a sobrinha, mas aquela garota não tinha timing nenhum.

— Tio Cinco! — ela dizendo alegre o dá um abraço, já começando a contar sobre sua nota alta num teste de física.

O que de certa forma o deixa orgulhoso, pois havia a dado aulas de reforço naquela matéria que a menina vinha tirando notas baixas por conta do professor ter uma explicação muito ruim.

Ciente que não havia clima nenhum para voltar a biblioteca, até pensou em falar algo com Dolores, mas a viu sair em silêncio com o seu telefone entre o ombro e o ouvido, colocando o que parecia ser uma bolsa sob o braço.

— Quer uma carona? — se ofereceu a mulher que apenas o olha nervosa e nega depressa.

Saindo da casa gesticulando para Vanya, que concordou com algo a vendo sumir na direção ao corredor da saída da casa.

— Tá tudo bem? — pergunta a Vanya que concorda depressa.

— Tio! O senhor é bom em matemática? — Claire alheia a preocupação dele, puxa assunto alegre.

Incapaz de dizer não a sua sobrinha, se põe a prestar a atenção nela que explica sua matéria de maneira confusa, deixando notório sua dificuldade com matérias de cálculos.

Sua família precisava dele e iria manter todos bem. Tinha certeza que se fosse algo perigoso sua irmã iria dizê-lo. Logo só restava esperar que a mulher voltasse no dia seguinte, por qualquer motivo que fosse.

Nem que ele precisasse se certificar de fazer isso por ele mesmo.

Dolores: La Bella Muerte FIVE Completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora