_ E então abri a gaveta e simplesmente não estava lá, Pansy!
_ E você acha que te roubaram?
_ Obviamente! Não tem outra explicação.
Draco e Pansy caminhavam pelos corredores em direção ao Grande Salão. O garoto falava com um tom alto que fazia sua voz soar levemente mais fina, Pansy tinha que se segurar para não rir da situação hilária do amigo vermelho de raiva ao seu lado.
_ O que você pretende fazer então?
_ Achar a pervertida que invadiu meu quarto e roubou meu perfume.
_ Tem alguma ideia de como fazer isso? Pelo que me disse a pessoa em questão, não precisa ser necessariamente uma garota, pense nisso, foi muito eficaz em esconder seus rastros.
_ Você está certa, mas preciso achar meu perfume!
_ Não é mais fácil simplesmente comprar outro?
_ E você acha mesmo que já não fiz isso? Não é com isso que me preocupo, quero saber quem é essa louca_ Pansy lhe jogou um olhar de desaprovação_ ou louco_ completou_ que roubou meu perfume.
_ Bom, conheço alguém que talvez possa ajudar, dizem que ela é muito boa em resolver mistérios.
_ E quem é?
_ Alice Taylor, é uma corvina com um gosto esquisito por resolver casos e esse tipo de coisas.
_ Vamos falar com ela então! Mal vejo a hora de azarar o ladrão de perfumes.
Pansy riu, logo mudaram de assunto sem sequer perceber que um pouco mais atrás um trio de grifinórios os ouvia. Harry ficara vermelho ao som da palavra pervertido, não era um pervertido! Estava apenas tirando uma dúvida, a qual realmente queria que tivesse ficado nisso, uma dúvida. Ao chegar em seu dormitório na noite anterior e se enfiar debaixo das cobertas, abrira cuidadosamente o frasquinho azul e cheirara seu conteúdo. Não podia ter certeza, mas achava que seu rosto havia ganhado um tom pálido assim que o cheiro adentrou suas narinas. Era inegavelmente bom, bom até demais, e sem dúvidas o cheiro que saíra de sua poção, na verdade não, não exatamente, era o cheiro, mas faltava a pequena diferença dele na pele de Draco, com certeza apenas essa pequena mudança o tornava ainda melhor. Mal conseguiu dormir aquela noite, o choque de sua mais nova descoberta era grande demais. Se sentia atraído por Draco Malfoy e agora não havia como negá-lo, tinha todas as provas esfregadas em sua cara de um jeito desconcertante. Se certificou de esconder muito bem o frasco perolado, por mais que não quisesse acreditar queria sentir aquele cheiro cada vez mais, não esperava que esse pequeno experimento e o desejo que surgira a partir dele fossem causar uma investigação, que com certeza acabaria levando até ele. Tinha que saber se Taylor aceitaria ajudar Draco, tinha que cuidar para que não fosse descoberto. O pouco de Alice que conhecia já era o suficiente para saber que a garota o acharia mesmo se jogasse o perfume no fundo do Lago Negro. Ao chegarem no Grande Salão correu imediatamente para a mesa da Corvinal, com a desculpa que precisava falar uma coisa urgente com Luna. Chegou na mesa um pouco antes de Malfoy e Parkinson se sentarem a frente da garota com duas belas tranças prendendo o cabelo castanho claro, os pequenos olhos castanhos formando uma expressão de leve choque ao ver os dois sonserinos ali. Harry puxou Luna para um lugar próximo a eles sem dar nenhuma explicação. Quando a garota fez menção de perguntar o que estava acontecendo, Harry a estendeu um pergaminho com a explicação, recebendo um olhar chocado, mas ao mesmo tempo compreensivo, de Luna. Ela era a primeira para quem contara toda a história, por mais que confiasse em Hermione e Rony sentia que eles não entenderiam. Luna indicou disfarçadamente com a cabeça para que prestasse atenção na conversa, e foi exatamente isso que fez. Passado o choque Taylor recuperou sua expressão serena e lançara um sorriso aos sentados a sua frente.
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Um Entre Mil Perfumes
RomanceUma poção que exala um perfume floral, um cheiro comum, mas ao mesmo tempo único. Harry nunca poderia imaginar que de sua poção sairia um cheiro tão peculiar, ainda mais a quem ele pertencia. Poderia ser qualquer perfume entre mil ou até milhões, mu...