O café da manhã se encerrou e novamente os sete adolescentes se viam no jardim, sentados todos juntos abaixo do grande salgueiro. Adrià mantinha sua pose inocente fazendo coroas de flores para todos. Para Arthur a garota utilizou um conjunto de flores azuis com um perfume forte, para Alex flores amarelas que combinavam com o cabelo ruivo levemente alaranjado, para Alice flores de um tom rosa claro delicadas, para Dominic flores brancas e para Harry uma variedade de flores, era perceptível que ela havia caprichado mais na coroa de flores de Harry. Draco ganhou um punhado de folhas secas que nem poderia ser chamada de coroa.
Malfoy não sabia o que a garota tinha contra ele, mas desde o café ela vinha tentando lhe excluir dos assuntos, ignorava suas perguntas e sempre que o garoto chegava um pouco mais perto de Harry ela arranjava um jeito de jogá-lo para longe, monopolizando totalmente a atenção de Potter.
Draco colocou em sua cabeça que aquilo eram apenas atitudes de uma pessoa com mentalidade infantil, assim como crianças cismam que não gostam de alguns e se afeiçoam com facilidade a outras, Adrià parecia antipatizar com Draco e se afeiçoar com Harry, coisas normais, nada fora do comum, estranho? Sim, mas incomum nem tanto.
Potter se incomodava um pouco com a garota, não que antipatizasse com ela, mas sentia seu espaço pessoal ser constantemente invadido e isso nunca foi algo que ele gostasse. Mesmo se sentindo incomodado tentava ser gentil com Adrià, afinal a garota havia acabado de despertar de um coma de 10 anos, era normal que ela não tivesse muita consciência sobre invasão de espaços.
Os outros não pareciam notar as atitudes estranhas de Adrià, estavam todos muito ocupados com suas próprias preocupações. Dominic e Alice pareciam estar em um final de semana romântico, frequentemente ficando em sua própria bolha, até mesmo se distanciando dos outros para um lugar mais afastado do jardim. Já Alex se concentrava em fugir de Arthur, sempre que o garoto tentava se aproximar ou falar algo corria para perto de um dos amigos, muitas vezes atrapalhando os momentos de Alice e Dominic.
Em todo esse jogo de perseguição Arthur estava ocupado demais para se preocupar com as atitudes da irmã, ocupado demais par temer ter falado demais quando comentou por alto que Draco sentia algo por Harry, um comentário avulso e totalmente desproposital enquanto comentava sobre toda sua vida durante aqueles 10 anos que se passaram, não tinha como ser um problema.
Os sete estava em silêncio sentindo a brisa fria do início de inverno quando Dominic repentinamente pareceu se lembrar de algo, se levantando em um solavanco que assustou a todos.
_ O que foi, Dominic?
Arthur perguntou, endireitando sua postura para encarar o amigo.
_ Me lembrei de algo. Na quinta meus pais me enviaram uma carta, disseram que não estariam em casa no Natal, me disseram para convidar alguns amigos para não passar o Natal sozinho. Tinha esquecido de comentar isso com vocês.
_ Isso é um convite?
Perguntou Alex animado, os natais em sua casa eram sempre muito sem graça, tristes até, seria muito mais divertido passar o feriado com os amigos do que com seu avô ranzinza.
_ Sim, vocês gostariam de passar o Natal lá em casa?
Respondeu Dominic com simplicidade.
_ Sim! Com certeza!
Alex parecia mais animado que o normal, os demais até estranharam, mas resolveram não comentar.
_ E vocês?
Dominic perguntou aos outros, seria muito estranho passar o Natal apenas com Alex, não eram tão próximos e não tinham muitos assuntos em comum a não ser Arthur e Herbologia.
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Um Entre Mil Perfumes
RomanceUma poção que exala um perfume floral, um cheiro comum, mas ao mesmo tempo único. Harry nunca poderia imaginar que de sua poção sairia um cheiro tão peculiar, ainda mais a quem ele pertencia. Poderia ser qualquer perfume entre mil ou até milhões, mu...