Verdade fosse dita, Catarina não pensava. Em situações normais repudiaria a aproximação deles dois, mas no momento, tudo que queria era mais do excitamento que despertava seus seios e fazia pulsar uma parte distinta entre suas pernas.
Seu desejo secreto foi atendido sem delongas quando, num movimento preciso, Wesley a girou e a prendeu pelas costas. Segurando-a pelo pescoço, manteve sua cabeça erguida para que movesse os lábios em sua orelha. Ato contínuo, Norman se curvou e beijou seu colo.
― Tão perfumada! Wesley, você tem certeza de que não podemos...?
― Não aqui! Combinamos que apenas brincaríamos com ela. Se fizermos isso corretamente teremos a linda rosa em nossas mãos e, quando ela não estiver sob a proteção de Bridgeford ou daquele irmão, nós... ― Wesley concluiu com um estalar de língua.
― Também gosto de nossas brincadeiras ― Norman sussurrou junto ao colo que lambia. ― Mal posso esperar para morder esses tenros peitos.
― Quero o mesmo ― disse Wesley, acariciando a base dos pequenos seios, empinando-os sob o vestido.
Ato contínuo, Norman passeou sua língua pela linha do decote, tentando ir além. A dupla ação era extremamente excitante, tanto que Catarina gemeu. Contudo, a força do desejo a fez recordar com maior clareza o quanto era errado se deixar ser tocada daquele modo.
O que aqueles dois estavam fazendo? Questão meramente retórica, pois o latejar de seu sexo, as mãos em seus seios e a umidade que a áspera língua deixava em sua pele eram redundantes e levaram a jovem a reagir. Ainda presa ao torvelinho no qual os gêmeos a lançavam, Catarina lutou por liberdade.
― Não! ― ela negou, tentando pará-los.
― Shhhh... ― Norman a calou, falando junto ao seu ouvido. ― Volte a ficar boazinha e não somente aprenderá coisas deliciosas como experimentará outras tantas.
― Irá gostar e desejar ter muito mais. E nós lhe daremos! Seremos grandes amigos, mas agora queremos apenas...
Wesley se calou quando a porta foi aberta de chofre e alguém parou sob o limiar.
― O que querem é soltar a senhorita, imediatamente. ― A voz do recém-chegado atingiu os ouvidos de Catarina como um raio. ― Se não fizerem como dito, serei obrigado a ajudá-los.
― Quem vem lá? ― Norman tentou ver o intruso. Catarina notou quando ele se desarmou, como se o homem nada representasse. ― Bem, não importa! Se o senhor está nesta festa deve saber sobre o passeio noturno, estou certo? Nós apenas o antecipamos com essa bela jovem.
― Pelo que vejo, a bela jovem sequer sabe o que está acontecendo ― retrucou o homem de voz forte, bem empostada. Debilmente Catarina assentiu, concordando com o que ele dizia. Ela compreendia somente que não devia estar ali, sendo abraçada por dois rapazes. Como se tivesse ouvido seu pensamento, ele disse: ― Essa menina nem mesmo devia estar fora do salão, longe dos pais ou sem qualquer outra companhia. Direi apenas mais esta vez... Soltem-na!
― Ou o quê? ― Norman o desafiou.
― Somos dois e o senhor apenas um ― Wesley citou o óbvio, sem se afastar da moça.
― Posso facilmente mudar essa conta ― falou o homem, enfadado. ― Bastaria altear minha voz e, em segundos, toda guarda do castelo estaria aqui. O duque e o irmão dessa menina demorariam um pouco mais, mas creio que nenhum deles perderia tempo desafiando-os a um duelo. Seria legítimo se imediatamente um deles limpasse com sangue a reputação que tentam manchar. Os senhores pensam diferente de mim?
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Rosa Escarlate [DEGUSTAÇÃO]
RomansaHenry Farrow, oficial da infantaria, herdou título e fortuna do avô paterno tornando-se o quinto conde de Alweather. Libertino experiente, sem vínculos afetivos com a abastada família, de "sangue sujo" graças à veia paterna e pouco familiarizado a p...