My Romeo

•°T h i r t y N i n e°•

Aviso: Foto na capa de capítulo do palácio do Donghun, Chan e agora da Youra, em Butyzzel!!!

•Narrado por Eunji•

Faz exatamente uma semana que Youra e Donghun foram para Butyzzel. Uma semana que não como e nem bebo nada, desde que li aquela carta de meu irmão, estou preocupada e meu psicológico está péssimo. Não esperava ter um surto como aquele, Drake e minha mãe passaram os dias em frente ao meu quarto numa tentativa falha de usar argumentos para me tirar daqui. Nem mesmo os criados do palácio têm contato comigo, alguns deles até tentam, mas por ordem de meus pais ou a pedido de Drake e Maxon. Sinto falta de meu irmão, quero vê-lo. Ele, apenas ele e mais ninguém. Preciso ouvir sua voz mais uma vez, sentir suas carícias e o calor de seu corpo, quero ouvir de sua boca palavras de conforto prometendo que nunca irá me abandonar. Não dormi bem durante as últimas noites por conta de pesadelos com ele.

Em todos os sonhos vejo a morte de meu irmão, ela acontece de várias formas. As vezes ele me chama antes de ser golpeado no pescoço por um punhal, em outros sua cabeça rola até meus pés. Lanças e flechas certeiras sendo içada contra seu coração, em uma noite sonhei com o momento em que matei o traidor mas em vez do criado de cabelos longos, sua face era substituída pela de meu irmão. Como das outras vezes, acordo assustada, o suor frio descendo por minha face juntamente de lágrimas causadas pelo recente pesadelo. Nesse meu irmão morre também mas pelas mãos de Park Junhee, a cena é clara como água, Jun se aproxima de Yuchan com uma taça de vinho, ele a entrega de forma gentil e meu irmão ingere a goladas lentas o líquido. Em poucos segundos um sorriso cínico surge nós lábios do Park enquanto meu irmão morre sufocado por um veneno.

Uma pequena fresta de luz passa pelas cortinas que acobertam o mundo do qual me escondi durante sete dias, chamando minha atenção. Tento aos poucos, controlar minha respiração, me acalmo depois de alguns minutos e me levanto caminhando até a fresta. Paro em frente a parte esquerda da cortina e levo minhas mãos ao tecido grosso na cor branca, respiro profundamente e o puxo com força para o lado. A luz da lua invade todo o cômodo de forma leve e confortável. Batidas firmes na porta ecoam, a curiosidade me toma e por completo tirando minha atenção da rocha brilhante no céu escuro e estrelado.

Caminho a passadas lentas e cuidadosas evitando o barulho, assim que me aproximo procuro ouvir algum som vindo do outro lado da porta mas falho. De forma lenta, levo minha mão até o puxador e a abro, não há ninguém pelos corredores. Meu olhar se direciona para o chão a minha frente e noto a presença de uma caixa púrpura retangular fina com um lindo laço vermelho em fita a lacrando. Rapidamente me abaixo e levo minha mão de encontro a caixa, a recolhendo. Volto-me para o interior do quarto o adentrando e trancando a porta atrás de mim. Minha atenção se volta para a caixa em minhas mãos e caminho até a cama onde me sento e me preparo para a abrir.

Puxo delicadamente a fita, desfazendo o seu laço e o deixo repousado sobre o colchão. Retiro a tampa da caixa revelando seu conteúdo, o pergaminhos púrpura está preso por uma faixa também na cor vermelha com uma pequena pedrinha branca a devorando. Eu o retiro da caixa a colocando ao meu lado em seguida, puxo a faixa para cima a retirando e a deixando sobre minhas coxas. Cuidadosamente, abro o pergaminho púrpura detalhado nas bordas em dourado, as palavras "Convocação Real" escritas abaixo do brasão dourado com o símbolo da bandeira de Butyzzel se destaca. Leio atentamente as palavras bem articuladas no convite dizendo a data da cerimônia que será hoje a noite, o local, horário e nome dos noivos.

Rapidamente me lembro das feições alegres de minha amiga ao lado de meu primo enquanto fala sobre seu casamento. Um sorriso se apossa de meus lábios e então me recordo de que serei sua madrinha. Olho novamente para a caixa e de dentro da mesma retiro uma gravata vermelho escarlate juntamente de um pequeno frasco preenchido por champanhe destinado ao meu acompanhante. De súbito, uma dúvida me preenche e noto um papel em vermelho no fundo da caixa, deixo a gravata e a pequena dose de bebida sobre a cama e retiro o papel o desdobrando para prestar minha atenção ao seu conteúdo.