Início
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━ Phoenix | Arizona
Era uma vez um sonho de criança, era puro e intocável diante aos olhares que recebia dos mortais, ele foi cada vez se transformando e as luzes que brilhavam por toda parte viraram lacunas de seus medos, a imaginação fértil e inofensiva se tornou aliada da escuridão.
A temível obscuridade
Uma voz a dizia para se jogar no poço de suas frustações, esse sonho era como uma brisa relaxante, mas se transformou na mais destruidora tempestade. Uma alma inocente poderia ser corrompida pela maldade de uma sociedade que encara apenas uma máscara? Uma pergunta entre outras, uma hipótese que se perde nos meios de suas raízes, as inseguranças estam desnudas sobre um mundo completamente dominado por aparências e com a escassez de caráter.
Voltaire uma vez disse que "A esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo."
Medo é uma palavra curta, alguns o enxergam como um defeito entre tantos outros mas para mim, ele era como um alerta que impede qualquer um de se ferir.
Caminhei pela rua completamente vazia, faltava poucas horas para o sol nascer, parei exatamente perto da ponte, meus dedos logo procuram meu cigarro, era um vício que afetava todos os meus sentimentos, a obstinação de ficar sem eles era desgastante, poderia haver várias alternativas, muitos caminhos para uma salvação? Mas qual é a necessidade de parar? Sei em como é nocivo, eu gostava da fumaça que parecia uma neblina.
Era cômico, uma viciada parada em um local visto como belo, certamente minha vida seria desaprovada, mas quem se importava?
O suéter azul claro separou em uma linha tênue, o aconchego e o frio, o vento passa com força, provavelmente querendo castigar cada parte exposta de minha pele.
Minhas falas são incoerente e meus pensamentos são inúteis, a maioria dos professores pensavam isso, eles tinham a certeza que eu era apenas um objeto padrão, mesmo com notas excelentes e um ótimo aprendizado, as faculdades queriam alguém diferente, alguém fora de seus conhecimentos.
Provavelmente quando algum dia eu voltar para aquela casa, Katherine Walker com certeza vai está me esperando sentada em sua típica poltrona, as palavras ácidas vão ser ditas sem um limite, ela me levará de volta a faculdade e irá conversar com meus educadores, dirá que preciso de mais aulas e nem sequer vai perguntar minha opinião, mesmo sabendo que ela nunca se preocuparia com isso, eu ainda guardava esperanças que um dia ela veria que eu não era a mesma Crystal de antes, eu não seria novamente a sua boneca de porcelana.
A verdade é que eu nunca voltaria a ser ela, a nova versão de mim era complexa demais para seu entendimento, era um ato insensato perdir compreensão.
Acendi o cigarro e permiti por poucos segundos, sentir o toque do paraíso, uma idéia alucinante e totalmente fora das minhas percepções, entre meus dedos deslizam o calor, meus cabelos estavam curtos na altura dos ombros, sorrir ao vê que sentia que tudo em mim havia mudado, mas porque meu subcontinente ainda não aceitava?
Os fios escuros mexiam-se de acordo com a ventania tranquila, os olhos azuis brilhavam ao começar novamente o ciclo viciante, o desejo destrutivo pela amarga dor.
Era praticamente seis horas da manhã e eu já estava energética sobre tudo, era um desses dias onde questionava o sentido da minha existência.
─ Mundo chamando Crystal, alô!- Susan tentou chamar minha atenção seja para o que está acontecendo.
Seu cabelo loiro cintilava conforme os raios tocavam nossa pele, reprimi a risada ao notar sua face frustrada.
─ O que foi?- questionei enquanto pegava uma fatia de pão de seu prato, estávamos no refeitório, universitários tanto calouros como veteranos conversavam e riam alto, a garota de olhos âmbar me encara nervosa mas logo sua expressão tornou-se alegre.
─ Você irá a festa do Aaron essa noite? Meu carro saiu do concerto.- Susan mudou rapidamente de expressão, suas bochechas ficam coradas ao falar o nome de sua paquera. Ambos se olhavam mas nunca conversaram de verdade.
Pensei calmamente, minha mãe me faria ir a um jantar se soubesse que eu passaria o final de semana livre, recordo de seus comentários sarcásticos sobre o último vestido que usei quando fomos ao casamento de sua amiga.
─ Pode deixar que irei, não perderia isso por nada.- respondi, tentando afastar minha autodestruição.
Apoei meu rosto entre minhas mãos e observei atentamente todos os redor.
Era engraçado em como nossa mente nos sabota, ela faz a palavra desistir impregnar em nosso sistema, tudo parecia peças chatas e enjoativas.
Susan me abraçou divertida sobre nossa saída, tinha a certeza que logo seu sonho se realizaria, afinal o destino está sempre do nosso lado ou não.
Eu particularmente gostava do modo em como ela sorria, pois era sincero, não escondia nada e era sempre leve, enquanto o meu pesava, era raso que não chegaria aos olhos, a saudade vem a tona, sentimentos profundos demais para uma garota perdida e poucas razões para uma jovem entretida pela dor alheia.
Lamentações machucam
Cicatrizes marcam
E, desastres acontecem quando estou envolvida.
Querendo ou não, a minha versão de agora se aplicava somente a desordem.
Sei que existem caminhos para o mal e o bem, mas é se eu tiver entre os dois?
Morrerei de tristeza ou viverei na mesmissse?(...)
Gostaram do primeiro capítulo? Me digam aqui !!
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Comentem, tenho que saber se a história realmente está boa.O que acharam da Crystal?
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Todas as suas imperfeições
Fanfiction[Concluída] ❝ Quando os olhos azuis puros e caóticos de Crystal Walker encontraram-se com a confusão de Park Jimin, era explícito que nada poderia dar certo. Mas a fascinação pela melancólica possuía uma tamanha força que nada impediria os dois cora...