c i n c o

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Chaos

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Chaos


🥀

E se os pesadelos se tornassem realidade?

A melhor escolha seria sorrir e fingir que não sentir medo?

Ou se esconder de seus demônios?
Quando dissemos que tudo vai passar, na verdade é uma bela e inocente mentira, pois não existe escolha, não resta a opção de fugir.

Correr criava uma alucinação de que tudo estava bem, era apenas eu e meus pensamentos, por isso não esperei muito e corri em direção ao meu canto preferido, o fone de ouvido fazia com que só as músicas fossem infiltradas em minha mente, uma melodia tranquila fazia meu coração bater freneticamente, o vento carregava cada traço de sujeira sobre o meu passado, por um único momento esqueci da existência da minha família.

Essa palavra era amarga, segundo o dicionário família é um laço afetivo, eu achava que seu significado descrevia a união e o apoio, quase quis rir da minha ingenuidade.

Os contos de fadas viraram meus parceiros para me arrancar desse mundo, segundo Erick, essa era a minha forma de suportar as lembranças do passado, se esses pensamentos não existissem, eu estaria em um completo colapso.

Era uma vez uma princesa, ela gostava de flores, então sua família a ofereceu espinhos, ela amava o inverno, sua família então congelou seu coração.

Em ato impensável, ela desejou sair do castelo, o rei e a rainha sorriram enquanto tiravam as esperanças da princesa. O seu último desejo era apenas amar, mas isso se transformou em sua tempestade pois o amor doía e deixava cicatrizes em seus olhos.

Era difícil respirar quando os fragmentos de uma vida dita como perfeita, eram revelados, mas ninguém poderia saber, afinal nós éramos os Walkers.

Enxergo o meu abrigo, o lugar definido como belo, me aproximo da ponte e logo pego meu cigarro, eu necessitava me entregar ao vício ou morreria instantaneamente enquanto olhava o pôr do sol

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Enxergo o meu abrigo, o lugar definido como belo, me aproximo da ponte e logo pego meu cigarro, eu necessitava me entregar ao vício ou morreria instantaneamente enquanto olhava o pôr do sol.

A fumaça que sai controla o rumo de minhas ações, meus pulmões sabem que aquela era a melhor escolha.

─ Aqui não é proibido fumar?- uma voz masculina soa pelo vago e monótono ambiente, me viro encarando a figura em minha frente.

Sua mão apontava para a placa que deixava claro a proibição de fumar, eu já havia visto mas resolvir ingnorá-la, pois a nova Crystal precisava quebrar regras para sentir que estava deixando o passado para trás.

Reconheci o olhar do rapaz, o garoto de olhos melancólicos, enquanto o cigarro estava entre meus dedos ele esperava algo, talvez uma justificativa ou desculpas.

─ Sim é.- respondo simplória, ele se aproxima ofegante, provavelmente estava correndo, diferente daquela noite não havia o opaco em seus olhos, só a existência de um brilho.

─ Você é do tipo que segue as regras?- digo enquanto a fumaça forma uma neblina entre nós.

─ Sou do tipo que as respeita.- diz e sinto um pouco de atrevimento em sua voz, estava óbvio que ele seguia o manual, não sei o porquê pensei que havia algo diferente nele.

Não pude evitar rir daquela situação, não era engraçada só enganosa.

Volto a encarar seu rosto, a pele levemente bronzeada, ele trajava um moletom cinza, meus olhos capturaram pequenas ondas marítimas em suas orbes, havia um lapso entre a minha fascinação e a realidade. Quis amaldiçoar o céu, pois os raios solares faziam aquele momento ficar magnífico demais, interessante demais para a minha curiosidade.

A calorosa recepção de sensações queimava em minha pele, tentei lembrar que ele era um deles, fazendo assim o encanto desabar.

─ Está se preocupando tanto só por causa de um cigarro? As vezes é melhor desviar do caminho certo.- digo me recuperando do erro de me aproximar.

─ Só acho que você deveria respeitar o que a placa diz.- ele fala, esperei um olhar julgador sobre minhas ações e recebi um vazio que estava fantasiado de alegria, o tal garoto desconhecido era mais interessante que eu pensava.

Me afasto e volto para meu lugar, sentir seu olhar queimar sobre mim, não me atrevi a olhar-lo novamente, pois sabia que era uma armadilha e tinha a certeza que a apreciação do pequeno espetáculo criaria algo muito mais profundo.

─ Algumas coisas merecem ser ingnoradas quando procuramos uma saída egoísta para nós, não acha?- falei deixando o desconhecido para trás, coloco meus fones e ingnoro os ruídos do mundo.

Por um acaso quase acreditei que minha alma sombria seria vista, mas foi apenas um devaneio, no final a princesa se encantou pelo príncipe, mas a verdade era que restava só o passageiro para se formar sua fortaleza.

(...)

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