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Chaos

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Chaos

🥀

A vaga lembrança do tal desconhecido surgiu novamente, onde estaria o "garoto de olhos melancólicos" e por que insisto em chamá-lo assim ?

O professor Charles Thompson era um bom educador, suas aulas eram boas e interessantes, de fato o que ele falava prendia a minha atenção, eu particularmente gostava de história, descobri mais sobre a trajetória de uma nação, saber que o passado era cheio de ensinamentos e tragédias, contudo sabia que ele não gostava de mim, sua percepção era que eu era apenas uma privilegiada por conta de carregar o sobrenome Walker.

Na verdade, todos eles pensavam isso, que entrei não por causa de meus esforços mas sim pelo poder da minha família, mesmo que minha ficha estava a mostra e deixava evidente as minhas notas e minha dedicação, mas todos preferiram ingnorar.

Chegava a ser realmente cômico a forma em como os olhares prepotentes e julgadores estavam focados em mim, era uma atenção demasiada exagerada, pois mesmo detestando a máscara que colocaram sobre minha personalidade, eu ainda seguia o rumo que planejaram, a garota prestígio.

Odiava em como todos fingiam ser pessoas totalmente superficiais e com um caráter medíocre.

Sou despertada dos meus pensamentos profundos ao ouvir a voz de Thompson com o aluno.

─ É uma honra recebê-lo em nossa faculdade, senhor Park, seu pai nos ajudou muito, somos muito gratos a ele, qualquer dúvida entre em contato comigo.- ele dizia empolgado, achei tudo aquilo estranho demais, pois Charles era conhecido como um desafio, quase nunca sorria ou comentava algo, e quando falava seus comentários eram sempre ácidos e malignos.

─ Obrigado senhor Thompson.- o estranho respondeu educado, reconheci sua voz, aquilo só poderia ser uma brincadeira sem graça, na festa, na ponte e agora na faculdade.

Sabendo que logo daria o horário de entrar, tento passar despercebida pelos dois, como sentava no fundo, nenhum me notaria.

─ Senhorita Walker?- a voz grave do meu professor se fez presente, me virei e os cumprimentei, senti os olhos amendoados sobre mim, eram intensos e curiosos.

Caminhei até meu lugar e esperei o tempo passar, tentando raciocinar em como sempre estávamos nos encontrando.

A vida toda temos que responder questões, sobre nossa existência, sobre nossos pensamentos e sobre a mais temida morte

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A vida toda temos que responder questões, sobre nossa existência, sobre nossos pensamentos e sobre a mais temida morte.

Enquanto alguns se refugiavam em suas casas, eu preferia encarar cada detalhe seu, descobrir os segredos escondidos por meio da sua alma sombria, ter a oportunidade de conhecê-la era como um desejo secreto.

Minhas convicções sobre a existência humana não eram otimistas, tampouco previam como algo positivo. Ser criada em um ambiente onde a perfeição é cobrada a qualquer custo, destrói a faísca de alegria que continuava em mim, as pessoas me viam como uma peça de diamante, não sabendo que as jóias podem ser quebradas facilmente.

Vestidos caros e sapatos apertados, penteados dolorosos e cada passo controlado me mataram lentamente, enquanto a maquiagem escondia as noites de insônia e as lágrimas deprimentes.

O lápis em meus dedos deslizam, a folha permanecia em branco, os slides passavam e as falas do professor pareciam alguma coisa sem sentindo, detestava não está concentrada o suficiente, odiava me perder em mim mesma.

─ Sabemos que François-Marie Arouet, mais conhecido com o pseudônimo Voltaire, foi um importante filósofo iluminista… Senhorita Walker já que está tão concentrada na aula, nos responda, o que Voltaire defendia? - os olhos sérios e cruéis de Charles estavam sobre mim, sabia que havia notado em como eu estava desatenta e tinha a certeza que ele adorava isso, seria mais um motivo para suas diversas reclamações sobre mim, uma única crítica sua faria minha mãe enlouquecer.

Os olhos estavam focados em minha figura, alguns esperando uma resposta errada para provavelmente fazer piadas, outros queriam ver a garota prestígio ser humilhada.

Se concentre Crystal.

Tentava afastar os meus devaneios e focar em recordar de algo sobre Voltarie, mesmo sendo uma admiradora, eu estava distraída demais para racionar qualquer mínimo detalhe.

Mordo meus lábios, nervosa com os olhares que estou recebendo, detestava ter atenção em mim, saber que a qualquer alguém esperaria minha queda e zombaria disso.

─ Ele defendia as liberdades civis, de expressão, religiosa e de associação.- escutei uma voz sussurrar ao meu lado, era o tal Park.

Fiquei supresa com sua audácia e por tentar me ajudar, virei meu rosto e encontrei aquele mar de sensações em seus olhos.

─ Voltaire defendia as liberdades civis de expressão, religiosa e de associação, a liberdade de ser e pensar diferente.- respondi arrumando minha postura na cadeira, sentindo a tensão me dominar. Charles me encarou e permaneceu calado, absorvendo suas idéias sobre em como me repreender.

─ Está certo, senhorita Walker.- disse relutante.

Abri um sorriso, não aquele que chega aos olhos, era apenas algo falso, o sorriso que eu usava todas as vezes para fingir que ainda estou viva.

(...)

Gostaram do capítulo? O que acharam?Jimin ajudando a Crystal = tudo para mim

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