Preacher • Jikook

|08| But that's fine baby so am I.

#HadesAmaAnimais

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Uma semana, sete dias, cento e sessenta e oito horas, dez mil e oitenta minutos, sessenta e quatro mil e oitocentos segundos haviam-se passado desde a queda de energia de Caty.

- Baby, o teu café - Kook colocou a caneca de cerâmica branca com um smile e "good day" escrito à minha frente e sentou-se ao meu lado, comendo uma tosta mista fumegante.

Este vestia uma camisa branca, com calças azuis claras e ténis da Nespresso branco e prateado, os cabelos escuros estavam repartidos ao meio e os lábios cobertos por gloss de cor fria. Lindo, perfeito, amor da minha vida todinha.

Agradeci com a cabeça e um sorriso, mantendo-me a observar a cena fofa diante dos meus olhos.

- 'Tá, mas pequeno-almoço tem o mesmo contexto de brunch e não são a mesma coisa - Comentou a deusa da luxúria com a cabeça descansada no colo de Poseidon.

A nossa casa tinha virado um hotel de deuses desde o último acontecimento. Poseidon dormia aqui todos os dias, não que eu tivesse o direito de reclamar, o meu namorado também dormia; Hades aparecia aqui de manhã e daqui não saía; Ares dormia na cobertura para manter a proteção e Zeus aparecia sempre que alguma atividade diferente se iniciasse.

Bom e nós também não saíamos se não fosse extremamente necessário: eu saía de casa, tratava dos meus assuntos de padre e voltava; Jungkook saía, ia para o curso, voltava para almoçar e ia trabalhar.

Nunca que esta casa esteve tão cheia, sem ser em festas, e se havia pessoa que não ponha um pé fora desta casa nem que lhe pagassem, era a An Dani que usava o namorado como cama no terraço.

Dani tinha surtado depois de saber o que Caty tinha feito, quase nos bateu a todos e quando Poseidon tocou na quase morte, meu Deus, só faltou prender Die a si para ter a certeza que esta estava sempre bem. Já Guta tinha esgotado o seu dicionário de ofensas para dizer o quão burra a azulada tinha sido.

As deusas egípcias não lidam bem com mortes.

- Sim, mas tipo breakfast, no sentido literal, seria uma pausa rápida para comer e não, comer e depois trabalhar - O deus da morte divagou.

Nem sabia ao certo sobre o que eles estavam a falar, mas pelo brunch e breakfast deviam estar a falar sobre comida. Amo comida, é a razão da minha existência.

- Ou seja, os humanos são estranhos, porque tipo café da manhã não faz muito sentido, há quem não beba café de manhã - Acrescentou o azulado com os olhos postos no telemóvel, pelo que eu conseguia ver, estava no Twitter.

Quem ainda usa o Twitter em dois mil e trezentos?

- Até porque café é pura indústria - Caty relembrou a sua teoria sobre a bebida na minha caneca - Dá alguma horas de energia, mas tem retardantes a longo prazo. Por isso é que vocês ficam com dor de cabeça ou demasiado cansados quando não bebem, é um vício. Olhem para mim, aqui fresca e fofa - Repetiu as premissas que suportavam o seu argumento.

Todos estávamos de olho na Caty, tinha sido uma semana difícil, tive até que dar o meu cuzinho para o Jeon para ajudar a recarregar as veias da deusa com cor de rosa. Os sacrifícios que uma pessoa não faz pelos amigos.

Brincadeiras à parte, depois que Poseidon desapareceu com ela demorou um dia inteirinho até que ele dissesse que a deusa estava bem e viva: o deus do mar precisou levar a azulada para o astral, onde apenas deuses como Crios existem, para que o seu metabolismo se tornasse mais rápido e não houvesse absorção da sua energia. Fudi as minhas unhas todinhas de ansiedade nesse dia.