#HadesAmaAnimais
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Os sinos ressoaram a hora certa pelas paredes geladas de mármore e fizeram os vidros coloridos vibrar, os pássaros das redondezas voaram para longe, as poeiras nas colchas vermelhas dos bancos mexeram-se milimetricamente e o ar escapou dos meus pulmões por entre os lábios húmidos.
- Jungkook nós ainda estamos num estabelecimento sagrado - Travei as minhas ações, retesei os músculos e dei um passo atrás para afastar-me dos perigosos cabelos castanhos.
Não me importa se Deus vê ou não; eu ainda tenho consciência do meu trabalho, do que jurei, do certo e do errado.
- Mas hyung... - Jungkook manhou com um biquinho mimado e voz baixa, suplicante.
Jeon apoiou a mão na ombreira do banco de madeira escura, que contrastou com os dedos amarelados pela força exercida, posicionou os joelhos sobre as almofadas encarnadas e levou a outra mão até ao meu cinto de couro para me puxar na sua direção.
Desviei os olhos da mão comprida que me mantinha preso e da boca carnuda que selava o tecido grosso das calças à volta da extensão perfeitamente marcada, para tentar permanecer fiel aos meus princípios. Eu ainda tenho dignidade, não tenho?
Mirei a imagem do Santo André Kim Taegon com o seu hanbok e com o olhar de madeira posto na bunda empinada de Jeon.
Já viram este safado? De olho no corpinho do meu namorado? Que vagabundo.
O meu pensamento foi interrompido ao me aperceber da real posição de Kook: joelhos em cima do banco e a canhota a suportar o peso do corpo, literalmente de quatro; os olhinhos brilhantes de desejo fixados na minha cara e a língua atrevida deslizava para cima e para baixo sobre as calças.
Senti o meu pau doer quando a bunda de Jeon balançou para os lados, como um bom cachorrinho ansioso.
Respirei fundo, novamente, sem forças para me afastar e segui o olhar para a imagem de uma mulher morena de cabelos compridos e vestido branco longo: Maria Madalena.
Se ela foi perdoada, eu também vou ser, certo? Certo!
Bati, dolorosamente, na mão que ainda segurava a fivela dourada de metal para depois apertar as bochechas alheias e o forçar a sentar-se sobre as pernas.
- Menino Jeon Jungkook, não te ensinaram que a igreja é um local de respeito? - Ralhei com a voz grossa e larguei a sua cara em desdém, após deixar bem aparente dois círculos vermelhos da força exercida pelos meus dedos.
Em passos duros e decididos, contornei o banco em direção à sacristia, porém fui preso pelos braços fortes do mais novo.
- Hyung, por favor - Pediu agonia, quase como um chiado, depositou beijos leves e rápidos na minha nuca que me faziam apenas sentir a pele ressecada e deslizou a canhota, como uma serpente arisca, para o volume aparente.
Senti o meu corpo inteiro arrepiar, desde a pontinha dos cabelos vermelhos até aos pés fechados no sapato preto.
Virei-me de frente para ele e com as mãos espalmadas no tronco forte empurrei-o para o acento novamente.
- Quieto - Ordenei com o indicador apontado para a sua silhueta - Senão, só vais gozar quando chegarmos a casa e sozinho, sem mãos e de olhos vendados enquanto eu desfruto do meu doce vinho - Ameacei certeiro.
Jeon não sabia se dar prazer, não sabia se tocar de forma firme e isso não lhe proporcionava as mesmas sensações que eu proporciono.
Passei pela pesada cortina escura e dirigi-me ao armário alto de Caty, onde ficavam as coisas do culto grego. Na terceira prateleira de vidro agarrei a garrafa de vinho tinto das vinhas do norte do Olimpo e dei dois goles generosos do gargalo: pelo menos posso dizer que não estava cem por cento sóbrio.
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Preacher • Jikook
Fiksi PenggemarLong fic - Finalizada. (Avisos + 36 capítulos + Respostas) Dois amantes: um padre e um mártir. Segundo as regras católicas, poderia o amor entre os dois realizar-se? Ainda não sabemos, mas há deuses gregos que não vão gostar nada desta junção. In...