DANIEL ACORDOU em um pulo quando foi perturbado pelo despertador tocando, a luz suave no quarto confirmando que era seis da manhã.
Ele esfregou os olhos e se espreguiçou. Espere. Ele não sentia mais nada quente em sua barriga. Enquanto ele se sentava devagar olhou em volta. A ultima coisa que se lembrava era de ter dormindo com a salamandra aquecendo seu estomago... Talvez tivesse mesmo sonhado... Seu pensamento foi interrompido por uma cantoria vindo do banheiro.
Daniel levantou-se imediatamente da cama. A porta do banheiro se abriu de repente, revelando uma garota apenas de toalha.
— Bom dia, flor do dia!— ela disse, com um sorriso e os olhos animados.— Que bom que acordou. Dormiu bem?
Ele deixou-se tombar-se sentado na cama e pôs as mãos na cabeça. Pensou que estava acordado. Aparentemente, estava errado.
— Você está bem?
Daniel ergueu os olhos e viu a garota o encarando e notou que ela tinha dois furos nas orelhas. Era familiar. Então recordou-se que a vira no seu sonho.
— Eu... não tenho certeza.— respondeu, cauteloso.— Eu... ahn... Digo, você é ... Cacete! Você é minha familiar?
Ela estalou os dedos.
— Sim! Sou sua familiar. Meu nome é Enyo.
— Enyo. Certo. Você poderia...— Daniel pigarreou, apontando para a toalha dela.— Sabe...
— Ah!— ela olhou para si mesma como se não tivesse notado que ainda estava apenas de toalha diante dele.— Claro.— ela murmurou um feitiço, mas Daniel não o escutou. Com uma rapidez incrível, ela estava com uma camisa vermelha de colarinho enfiado no jeans preto. O designe do dragão em espiral da Academia estava bordado no bolso da camisa. Ela então abriu os braços— Ta-dá! Feitiço de glamour.
— Uau— ele murmurou.
— Não é fantástico?— ela riu, alvoroçada, as palavras permeadas de satisfação.
— Então... — começou ele, erguendo-se devagar.— Eu acho que a gente precisa conversar.
— Conversar?
— É.— ele expirou.— Quero dizer, você apareceu do nada... Bem, tenho varias perguntas...
— Manda.
Eles foram interrompidos por batidas. Daniel foi até a porta e abriu-a. Era Arthur, já vestido, com um sorriso.
— Dan. O café é as sete e meia. Pensei que você já estivesse vestido.
— Me de um minuto.
— Contando a partir de agora.
Daniel fechou a porta bruscamente e voltou-se para Enyo, a poucos metros de distancia, andando de um lado para o outro inspecionando o quarto, observando tudo de modo atento.
— Enyo?
— Gostei do seu quarto.— ela olhou para ele.— Mesmo.— ela deu uma olhada dentro do guarda-roupa dele.— Você tem que ir pra aula, não é? Vou com você!— ela se virou para ele, sorrindo.
— Assim?!— ele aponto para ela.
— É, sabe... Nós ainda não temos um elo forte pra nos comunicarmos por pensamento e na minha forma de salamandra eu não falo, então... Você sabe, nós precisamos criar laços.
Daniel esfregou os olhos com as pontas dos dedos. Ele lembrou-se de ler em algum livro sobre familiares que era importante formar ligação com o familiar. Que deveria deixa-los a vontade para estares presente na vida do dono ou da dona. Ele também tinha lido que uma das maneiras de formar conexão com o familiar era fornecer um colar que tivesse algum talismã, ou um amuleto protetores para ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As crônicas Darwich. Chave de Cobre
FantasíaEm um mundo onde a magia é aceita como um talento qualquer, Daniel é aprendiz de alquimista na empresa do avô Zacarias. Mas as coisas começam a mudar quando Zacarias morre e exige no testamento que seus herdeiros estudem numa Academia militar para f...