Capítulo 57

29 6 10
                                    


– Cloe...

– Estou pronta Taylor, não vou mais deixar os fantasmas do passado me assombrarem.

– Tem certeza, meu amor?

– Eu nunca tive tanta certeza! Eu o amo, eu o desejo e quero isso. - Fala me fitando enquanto acaricia meu maxilar.

  Aproximo nossos lábios e acabo com a distância entre eles. Os doces lábios do meu pequenos anjo me faz querer me perder neles.

Eu não consigo pensar, não sei como agir, cada movimento, cada toque, faz com que arrepios percorram meu corpo inteiro.
Tudo nessa garota me prende e me deixa apaixonado, eu preciso saber do que o meu doce anjo é capaz.

Enquanto nossos lábios se movimentam com mais intensidade, retiro algumas coisas que deixamos jogadas.
Percorro minhas mãos pelo seu corpo e depósito alguns beijos em seu pescoço e colo. 
A ouço arfar e perco ainda mais o controle que eu nem tinha.

                                                                           Cloe

Taylor da leves mordiscadas no lóbulo da minha orelha,  sua respiração quente me faz arrepiar.

Não há como fugir, e nem quero. O  destino  me trouxe até aqui, e sob as luzes das estrelas eu finalmente serei do homem da minha vida, do homem que meu coração escolheu para amar.

– Amor? Tem certeza? ‐ Taylor pergunta em um sussurro, e com um leve rubor em seu rosto bonito.

– Eu tenho certeza.

Afirmo. Ele segura em minhas mãos  e calmante vai me preenchendo, fecho os olhos apreciando o momento,  mas antes, posso ver a ternura e a luxúria se misturando nos seus belos olhos.

– Você é linda, querida. ‐ Afirma com sua voz rouca ao meu ouvido. – Se estiver te machucando,  por favor,  não deixe de me falar.

Maneio a cabeça em concordância. 

  Tay começa a se movimentar calmante enquanto vou me acostumando com seu tamanho, percorro minhas unhas por suas costas.

  Imagens do Arthur me vem à cabeça, mas afasto esses pensamentos. Nada vai estragar nosso momento.

                                       ° ° °

                                                                             Taylor

– Eu te amo. - Falo jogado ao seu lado.

 - Falo jogado ao seu lado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


– Eu também o amo. - Afirma com um cobertor envolvendo seu pequeno e belo corpo. Repouso sua cabeça em meu braço e a puxo mais pra mim.

– Foi bom pra você? Te machuquei? - Pergunto  preocupado.

– Foi maravilhoso, meu amor.

– Sabe Cloe, você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida... – Acaricio seu braço. – A muito eu ansiava por um motivo que me fisesse acordar e sair todos os dias da cama,  queira voltar a enxergar a felicidade.  E eu te agradeço por todo amor,  pelo companheirismo, pelo carinho e acima de tudo, por me amar e confiar mim... Eu quero um dia poder me casar com você, eu sei que em você eu posso confiar e que jamais mentiria ou esconderia nada de mim. Você é diferente das outras e eu te amo. ‐ As palavras apenas saem da minha boca, não planejei falar isso tudo, mas de qualquer forma, so afirmei algo que é verdade.

Noto que minha loirinha ficou um pouco desconfortável, mas não entendi o motivo.

– Tudo bem, amor?

– Sim, só estou com um pouco de frio e eu também confio em você.  ‐ Explica me abraçando mais apertado.

– Quer ir pra casa?

– Eu quero... dorme comigo hoje? ‐ Me pede fazendo bico.

– Claro que sim, vou colocar uma calça, arrumar as coisas e a gente vai.

– Ta bom amor, me ajuda a prender o feixe do sutiã?

Ajudo meu pequeno anjo e enquanto arrumo as coisas, Cloe se veste.
Hoje foi a melhor noite da minha vida, nunca uma noite foi tão espacial. Eu quero casar com essa mulher, construir uma vida e envelhecer ao seu lado, esse é o meu lugar e meu destino.

Quando entro novamente no carro, me deparo com Cloe vestida na minha camisa e meu coração salta no peito, meus olhos nunca viram algo tão lindo.

– É injusto minhas camisas ficarem mais bonitas em você. - Brinco enquanto ligo o carro.

– Você fica melhor sem. ‐ Afirma com a sua pequena mão no meu peito nú e trazendo seus lábios  de encontro aos meus.

Me da um beijo voraz, e Deus, como sou sensivel ao seu toque. Ela quebra nosso beijo e volta a se sentar colocando seu cinto de segurança como se nada tivesse acontecido. Tento me recompor e logo estamos na estrada.

                                         ° ° °

  – Vem tomar banho comigo? ‐ Me pergunta de costas tirando minha camisa que antes cobria seu corpo.

– Claro que sim. ‐ Cloe entra no chuveiro e quando estava prestes a entrar também, meu celular começar a tocar. Praguejo e pego o objeto. – Desculpa amor, é o Edward, deve ser importante pra ele esta me ligando uma hora dessas. - Atendo.

– Qual foi, Mano? ‐ Pergunto um pouco irritado. 

Cadê a pasta que eu te falei Taylor? Eu to no plantão e ta um caos aqui, houve um acidente com um ônibus de turismo e ja deve imaginar a situação, preciso dela pra ontem.

– Amor, quando desligar, pega minha toalha, por favor, ta no guarda roupa na parte de cima. ‐ Cloe me pede de fundo.

Estava informando para Ed onde estava e que Isa poderia pega-la e sem prestar atenção, puxo um cobertor pensando ser a toalha e vários papeis e remédios caem sobre mim. Quando leio o nome do hospital fico receoso e quando leio o nome da paciente, minhas pernas ficam bambas e caiu sentado sobre a pilha de exames.
Desligo a chamada e jogo o celular em um canto qualquer.

  Todos os exames contém o nome de Cloe. Ja com lágrimas banhando meu rosto me pergunto o que é tudo isso. Olhando todos os exames e remédios, imploro para que tudo que aprendi na faculdade e especialização sejam mentira, ou eu to perdendo o amor da minha vida.

Isso tudo não pode ser verdade, tento raciocinar entre soluços e lágrimas enquanto Cloe cantarola uma música qualquer despreocupada no banheiro.

Eu to perdendo o amor da minha vida para essa doença maldita que ja me tirou pessoas importantes, as quais eu mais amava. Cloe tem um tumor cerebral não muito comum e que esta crescendo relativamente rápido. Por isso ela andava tão sem vida e estranha, como eu não percebi? Que merda de médico e namorado eu sou? Eu devia ter percebido, eu devia ter notado.

Minhas lágrimas a essa altura ja molham meu peito e os papéis que eu contínuo olhando incrédulo, ela ate ja tomou uma dose de quimioterapia. Como eu não percebi isso?

Abraço meus joelhos com todos os papéis  e remédios em volta e choro, descontroladamente.
A noite que eu julgava ser a melhor,  acabou de se tornar meu pesadelo.

Vejo a silhueta de Cloe imóvel na minha frente e reuno todas as minhas forças para perguntar.

– Como teve coragem de esconder tudo isso de mim? Por que Cloe? Por que?

A Caminho do Inesperado | Vol.1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora