Cloe Evylin Walker, uma mulher linda, encantadora que roubará seus corações para si.
Ela enfrentará coisas que jamais imaginou que seria possível e descobrirar após um trágico acidente de carro que terá que fazer de sua força e coragem, suas maiores...
Essas últimas semanas foram horríveis, eu nunca me senti tão mal em toda a minha vida. Enjôos, falta de apetite, febre, dores extremamente fortes de cabeça, vômitos, o que por sinal estou fazendo isso agora. E queda de cabelo... Meu cabelo já começou a cair com mais intensidade, antes era só alguns fios, agora já vem se intensificando a cada dia que se passa.
Graças a minha falta de paciência extrema, eu acabei sendo bem grossa com Taylor e o expulsando daqui. Eu tento me controlar, mas essa quimioterapia ta mexendo muito comigo, está me deixando ainda mais estressada e não sei o que fazer.
Estou me empanturrando de remédios e mais remédios, mas só alivia um pouco as reações.
Se ao menos Taylor estivesse aqui... Não foi justo o que fiz com ele, não tinha nada haver meu comportamento diante dos fatos, ele só fez uma brincadeira. Eu briguei, fui grossa, lhe chinguei, e o pior, eu tentei agredi-lo, levantei a mão para o homem da minha vida, para o homem que eu amo de mais. Agora ele está magoado comigo, não me manda mensagem, não retorna minhas ligações...
E cá estou eu, vomitando a mais de meia hora. Meu celular vibra me tirando dos meus pensamentos, limpo o canto da boca com o dorso da mão, pego o objeto rapidamente pensando ser Taylor, mas quando olho...
– Cloe? É da clínica. Vim informar que o médico que estava cuidando do seu tratamento sofreu um grave acidente de carro e agora se encontra na UTI. - Ao falar, sinto a voz da mulher do outro lado ficar embargada. – Outro médico tomará conta agora. Tenha um bom dia.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela encerra a chamada. Espero que ele melhore. É um excelente profissional, atencioso, prestativo...
Me ergo com dificuldade e caminho até a minha cama, só para ter que correr novamente até o banheiro e continuar a fazer o que estava fazendo segundos antes.
Eu definitivamente não aguento mais... Não sozinha.
Preciso contar para alguém, mas como? Esse é o meu fardo, eu quem devo carrega-lo, as pessoas ao meu redor não merecem sofrer por conta de mim, sei que estou sendo egoísta, entretanto, os amo de mais para querer ver ao menos uma expressão de tristeza em seus rostos...
Preciso decidir... Preciso pensar, raciocinar...
A verdade é que estou perdida no escuro e para sair dele, preciso arrastar pessoas que amo...
° ° °
Meus olhos inchados e vermelhos mostram com clareza as horas a fio que passei sentada no azulejo frio do banheiro encostada no vaso sanitário chorando... Vovó já está começando a desconfiar de que tem alguma coisa errada, anda me fazendo muitas perguntas e não sei mais o que inventar...
Preciso de Taylor... Preciso de ajuda. Levanto, faço minhas higienes matinais, tomo meu remédio e desço. Mesmo eu não estando com fome preciso me alimentar. Vou descendo as escadas a paços lentos, vou até a cozinha com a certeza de que a encontraria lá, em seu local predileto da casa, mas para minha surpresa, ela não esta lá. Deve ter saído. vou ate a geladeira e procuro algo. Preparo meu suplemento nutricional para me ajudar a suprir minha carência de proteína, calorias... já que não ando comendo direito. Tudo graças a essa belezinha na minha cabeça.
Após algum tempo, entre corridas ao banheiro e outras para vomitar, finalmente consegui comer, não muito, mas consegui... Me sento no sofá na sala, ligo a tv em um canal qualquer e encaro a tela do meu celular, respiro fundo e disco o número de Tay com as mão trêmulas. Chama uma, duas, três vezes e nada... deixo o celular de lado por alguns poucos minutos e volto a repetir o mesmo processo de antes, chama novamente até ser encaminhada para a caixa postal, deixo um recado para que me ligasse de volta para que pudéssemos resolver o que aconteceu. Cansada de esperar, resolvo da uma volta pelo parque, espairecer um pouco e aproveitar para terminar um livro que comecei a alguns dias.
Subo e troco de roupa, coloco um tênis, pego meu livro e meu fone.
Caminho devagar, observando a rua que já havia visto tanta e tantas vezes, mas a cada vez que olho e presto mais atenção, percebo coisas nova que sempre estiveram lá e eu nunca notei. Após um tempinho de caminhada avisto o grande parque de longe, esta um pouco cheio para o horário, me aproximo mais e adentro o ambiente. Avisto uma grande árvore com um banco logo abaixo dela, perfeito!
Me acomodo, tomo um gole de água e assim, me concentro no meu livro. Completamente envolvida na história e sem me dar conta, meu nome é chamado algumas vezes. Com tristeza, dirijo minha atenção do meu livro para o ser sem coração que ousa interromper-me.
– Brontë?
– Sim. Mas o que faz aqui Drew?
– Estava passando e te vi, resolvi da um oi, parecia concentrada.
– E estava...
– Desculpe, não queria encomodar. - Murmura com suas bochechas ganhando um tom avermelhado.
– Tudo bem. Senta aí. - Lhe dou espaço para que sente.
– Pensei que não gostasse de Brontë, te dei aquele outro livro e você pareceu não gostar muito.
– Como não? Eu li em um dia.
– Sério?
– Sim!
– E não me contou?
– Você andava bem ocupado naquele tempo... - Falo e quebro o contato visual.
Taylor
– Ela anda meio distante de mim também... - Murmura Isa fitando seu milk shake.
– Tem algo muito errado acontecendo... E eu sou namorado dela, eu a amo, quero ficar ao seu lado, mas como se ela não me permite? - Dou um longo suspiro. – Sei que está acontecendo alguma coisa, mas o que?
– Conversa com ela, sei que tá triste e muito chateado, mas sabemos que vocês precisam conversar... - Edward fala calmamente.
– E você deveria seguir seu conselho, ou acha que não percebi o clima estranho entre vocês dois? - Os dois olham pra mim quase que ao mesmo tempo.
– Mas a gente esta bem. - Isa fala.
– Jura? Tá bom.
– Vai atrás da Cloe, mano. - Edward aconselha.
– Eu vou atrás da minha loirinha, se acertem. - Quando ia pegando minha carteira, Ed me interrompe.
– Eu pago, irmão, perde tempo não.
Saiu do Timmis e os deixo a sós, assim como Cloe e eu, esses dois também precisam se resolver. Ando rápido até o estacionamento enquanto procuro o celular, assim que acho, ligo.
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– Oi loirinha...
– Oi Taylor... Pensei que não fosse mais responder as minhas mensagens. - Ouvir a voz da minha garota faz meu coração acelerar, e é sempre assim.
