Capítulo 29

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Cloe

Acordo e sinto algo quentinho do meu lado e percebo então ser Arthur, ele deve ter caído no sono quando disse que passaria a noite mexendo em meu cabelo, ele até fez isso, mas acho que não aguentou tanto tempo.

Muitas mulheres dariam tudo para ter pelo menos os olhos de Arthur sobre si, eu tenho isso e muito mais, no entanto, desejo profundamente nem ter se quer o conhecido. Acho que qualquer outro que estivesse em meu lugar, passando por tudo que já passei, viveria se lamentando, ou simplesmente já teria desistido de tudo, o que estou quase a fazer, porém, penso que tudo tem um propósito e ficar chorando e me lamentando não vai resolver meus problemas.

Sem o peso das coerentes que estavam presas a mim, um alívio me percorre e por uma noite consegui dormir bem, como uma pedra na verdade. Faço força e consigo levantar me dirigindo em seguida até o banheiro, ao parar em frente ao enorme espelho, analiso o curativo em meu pescoço e o toco levemente.

- Acho que isso aqui vai demorar um pouquinho pra cicatrizar... - Abro um meio sorriso triste.

Faço minha higiene e saio em seguida me deparando com o moreno dormindo profundamente.

Minha barriga ronca alto e Arthur se remexe, por um segundo pensei que teria acordado ele com um ronco, não seria a maneira mais legal de acordar um homem, mas de certo a mais criativa

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Minha barriga ronca alto e Arthur se remexe, por um segundo pensei que teria acordado ele com um ronco, não seria a maneira mais legal de acordar um homem, mas de certo a mais criativa.

Estou morrendo de fome, decido então ver se a porta está aberta, vou na ponta dos pés e não deixo de lembrar de um desenho que eu via, A pantera cor de rosa, e é cantarolando a música que vou até a porta, giro a maçaneta e com um click ela abre, agradeço mentalmente por isso e minha barriga também.

Após está quase chegando a cozinha chamo por Louise, espero sua resposta que não chega e torno a chamá-la, chamo de novo e de novo até que minha barriga me convence a desistir. Chegando na cozinha corro até a geladeira e armários a procura de algo que eu possa usar pra fazer panquecas e por sorte encontro todos os ingregientes, enquanto preparo a massa, ataco uma maçã. Com todas as panquecas quase prontas , faço um suco de morango para acompanhar e novamente minha amiguinha implora por comida. De repente ouço gritos graves e passos se aproximando com velocidade, e é inevitável o meu susto.

- O que foi Arthur? - Pergunto com uma mão apoiada no joelho e a outra no coração tentando acalmar as batidas frenéticas.

- Porra Cloe! Por que você não tava no quarto? - Pergunta irritado.

- Eu tava com fome e não queria te acordar aí resolvi vir caçar alguma coisa... Desculpe. - Peço me recompondo e terminando o percurso que estava prestes a fazer com as panquecas até a mesa.

- Apenas não faça mais isso, não quero perder a confiança que estou tentando depósitar em você, e se você procurou Louise, procurou em vão, eu pedi que ela não viesse hoje. - Me explica e agora entendo o motivo dela não está.

- De qualquer forma, fiz panquecas e suco de morango, mas se não quiser, tem bolo e leite na geladeira. - Me sirvo e começo a comer calmamente.

- Acho que vou querer provar essas panquecas aí , o cheiro está muito bom, vamos ver o sabor né... - Se senta ao meu lado e coloca sua comida.

- Okay então... - Começo a comer esperando o sabor ruim que não vem, até que está gostoso.

- Já comi melhores em. - Diz de boca cheia todo sujo.

- Pela sujeira em seu rosto, deve já ter comido melhores mesmo. - Sou irônica e ele abre um sorriso meio sujo o que me faz soltar o riso que estava prendendo.

- Tá bom, eu admito, está muito gostoso. - Devora tudo o que colocou e quando estava levando a mão para pegar mais, o interrompo.

- Chega por hoje, deixe para Louise. - Ordeno e ele faz cara de triste.

- Eu odeio você e sua comida, Cloe Formiguinha Walker! - Diz se levantando e indo até a geladeira.

- Muito obrigado! - Me levanto em seguida tirando as coisas da mesa e colocando sobre a pia. - Agora você lava que vou fazer macarronada. - Completo indo até o armário.

- Desde quando você sabe fazer macarronada? - Pergunta incrédulo.

- Conhece a maravilhosa Itália? - Pergunto.

- Já fui algumas vezes com meu pai a negócios. - Assume.

- E eu fui com minha família nas férias da mamãe, e aprendi com uma amiga da família que é chefe. - Digo rindo.

- Tá bom então. - Se vira para pia cheia de louças e de repente a porta é aberta revelando uma mulher de aparência cansada.

- O que está fazendo aqui Louise? Eu disse que poderia tira o dia de folga hoje. - Arthur deseja saber.

- Eu sei, é que eu acho que deixei meu óculo no quarto que Cloe está e vim buscá-los. - Explica e eu não entendo bem até ela me uma piscadela.

- Eu acho que vi seu óculos, venha, vamos procurar. - A chamo e ela logo me acompanha deixando o moreno entretido com sua tarefa.

- O que foi Lou? - Falo baixinho para que Arthur não nos ouça já quase chegando no quarto.

- Vamos logo, preciso conversar com você sobre algo importante.

- Tá bom, entra que vou fechar a porta. - Peço e ela o faz. - Então, o que foi de tão urgente?

- Vou ser rápida porquê não tenho muito tempo. - Diz e da um longo suspiro. - Eu fui até sua casa e falei com sua irmã e a tal Isabella...

- Isabelly. - Corrijo.

- Essa daí mesmo. Então, como eu estava falando, eu fui e falei com ela, que ficou muito mau , só não surpresa pois já imaginava que fosse Arthur quem a estivesse prendendo e pedi várias vezes para que não contasse para sua avó...

- Como minha avó está? Você sabe Lou? - A interrompo novamente.

- A mocinha vai me deixar terminar de falar ou não? - Pergunta seria.

- Desculpe, eu prometo que não vou interromper de novo.

- Céus Cloe, eu nem me lembro mais onde estava! Deixe-me ver se me lembro... Aaaa na sua avó. A Isabelly não contará nada para ela nem sua irmã. Enquanto eu conversava com sua amiga no caminho da sua para minha casa, a gente combinou que iria vir te resgatar, só precisamos acertar tudo direitinho. - Términa de contar tudo e vou confirmando cada detalhe. - Então, preciso do número de Isa e o nome do tal hospital que o namorado dela trabalha, a gente precisa acertar tudo hoje já que Arthur me dispensou e ver qual dia ele não estará em casa para podermos fazer tudo sem erro. - Diz por fim.

- Temos que lembrar dos guardas que ele deixa quando sai. - A lembro.

- Pensaremos direitinho sobre isso, agora me de o número dela e o nome do hospital. - Pede e por sorte tenho o número decorado, ela anota em um pequeno papel e quando percebe passos vindo, ela rapidamente muda o assunto da conversa.

- Acho que não foi aqui que deixei, esse óculos aí,apesar de ser da mesma cor, não é meu. - Fala um pouco alto para que Arthur escute.

- De qualquer maneira, vou continuar procurando. - Entro na encenação.

- Já vou indo então minha pequena, se cuide. - Deposita um beijo em minha testa e caminha até a porta.

- Fiz panquecas hoje e deixei para você, está na cozinha, vê se gosta. - Abro um sorriso sincero e ela afirma com a cabeça deixando o cômodo e um Arthur apoiado na parede oposta do corredor.

A Caminho do Inesperado | Vol.1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora