Capítulo 58

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Atenção!
Nesse capítulo há cenas de violência e tortura explícita, caso sejam sensíveis, não recomendo a leitura.

Arthur

- Sabe Arthur, antes de eu conhecer o idiota do seu pai, eu ganhei um concurso, eu tinha os peitos mais bonitos de toda Brest. - Mamãe da uma pausa para tragar novamente seu charuto.
- Eu era jovem, linda e ja ajudava sua avó, que era chefe da mafia da cidade, eu seria sua sucessora. Mesmo com toda frieza que ja habitava em mim, eu não pude evitar de cometer o maior erro da minha vida, me apaixonar.
Fiquei cega ao ponto de me entregar aquele porco asqueroso. E adivinha? Engravidei. Eu ja estava pronta para te abortar, ja tinha dispensado aquele idiota, eu não poderia ter um filho de outro, sendo que ja era prometida ao filho de um dos rivais da mafia inimiga para que se pudesse selar um acordo de paz.

- Mas mamãe, por que esta me contando essas coisas? - Pergunto com lagrimas ameaçando cair, tento segurar mas uma acaba por rolar.

- Venha cá, Arthur! ‐ Me chama e me recuso a ir - Não me faça levantar! ‐ Pela entonação de sua voz, ja sei que vai me castigar por algo. Levanto desajeitado e caminho receoso ao seu encontro. - Pegue meu isqueiro.

- Mas, mamãe...

- Esta surdo moleque?

Faço o que me pede. Quando estava prestes a lhe entregar o objeto, tropeço no tapete e caiu.

- Mas é um imprestável mesmo! Levante ja dai!

Murmuro pedidos de desculpas e não ouso olhar em seus olhos.

- Me dê seu braço. ‐ Ergo meu braço com relutância. - Sabe Arthur, vou te explicar duas coisas. Primeiro, nunca me interrompa quando eu estiver falando. - Derruba as cinzas do seu charuto no cinzeiro. Puxa a manga da minha pequena camisa e o apaga no meu braço fazendo com que queime minha pele. Totalmente apagado, ela me pede para que o acenda novamente. Ela da uma tragada e volta a falar. - Segundo, quando eu falar pra não chorar, não é para chorar. ‐ Volta a apagar o charuto da mesma forma que fez anteriormente. - Agora aguenta calado, sem choro e não volte a me interromper e não fique com raiva ou triste, é para o seu bem.

- Sim mamãe, eu sei, obrigado por me educar.

- Continuando, como seu pai não entendia e estava apaixonado por mim, foi ate sua avó e contou que eu estava grávida. Ela quase me matou, me deu um tiro, mas por sorte, não perfurou nenhum órgão, ela deu dinheiro pro seu pai, para que sumisse e me esquecesse, mas na verdade, era uma emboscasa para que o matassem. Mas ele não fez como combinaram e escapou. Ela então frustrada, me abandonou e fingiu que eu tinha morrido.
Depois, seu pai me encontrou, nos juntamos e você nasceu, tem noção do quão terrível você deixou meus peitos? Caidos, com estrias, terriveis! Quase entrei em depressão, não tínhamos dinheiro para fazer nem um procedimentos cirúrgico e eu quis matar você todos os dias por isso. Mas, como sou uma boa mãe, eu juntei todo meu ódio, matei sua avó e me tornei chefe de sua mafia, com o dinheiro que conseguia, e não era pouco, eu fui no cirurgião e fiz plástica, coloquei silicone, estavam lindos! E teriam ficado, se meu corpo não tivesse rejeitado a protese e os pontos. E agora estão terríveis. Quer falar alguma coisa?

- Sinto muito que tenha acontecido tudo isso com a senhora por minha causa... pode continuar...

- Movida pelo ódio do que meu corpo tinha se tornado, pedi para que meus homens pegassem seu pai e levasse para meu prédio que é exclusivo para fazer os traidores contarem tudo, um prédio exclusivo para tortura, digamos assim. E assim fizeram, quando cheguei lá, eu fiz um corte abaixo de cada peito e coloquei sal, eu queria que ele me ajudasse a carregar meu sofrimento e ele ficou feliz em me ajudar, ele se debatia de tanta felicidade enquanto eu cortava seu corpo. Mas infelizmente ele não conseguiu aguentar de tanta felicidade que acabou morrendo. Mas enfim, pegue seu casaco que hoje a mamãe vai te ensinar algumas coisas.

Assinto em concordância e faço como me pediu.

° ° °

Observo que minha mamãe para o carro de frente para um prédio velho e feio. Entramos no local e tem um cheiro ruim. Entramos em muitos corredores e andares até que paramos em um. Entramos numa sala e tem uma moça presa em uma cama como se fosse de pedra. Ela tem uma fita cobrindo sua boca e cordas prendendo ela a grande pedra.

- Bom filho, como você ja fez oito anos de idade, e ja é um rapaz, você vai ajudar essa moça a realizar o sonho dela que é ajudar a mamãe a carregar o sofrimento. Eu vou fazer em um e você em outro. Combinado?

- Sim! ‐ Respondo saltitante.

Ela corta a camiseta da moça e deixa seus seios fartos a mostra. Ela tenta falar alguma coisa mas não entendo.

- Escolha uma faca e venha, filho. Olha, você vai segurar e fazer um corte assim, desse jeito. - Ela corta e começa a sair sangue, a moça se mexe de alergia e eu vou fazendo como ela me ensinou.

- Assim? ‐ Pergunto contente.

- Exatamente, agora apara o sangue ai que eu aparo aqui. Ate encher esse copinho. Quando terminar, a gente vai colar com cimento, pra ela ficar bem feliz.

- Mamãe, mamãe, a moça dormiu. ‐ Alerto.

- Andem seus imprestáveis, chequem se a garota esta dormindo. ‐ Faz aspas com as mãos ao pronunciar o "dormindo".

- Ela desmaiou, senhora. ‐ Um rapaz alto informa.

- Anda filho, coloca o cimento la no fundo pra ficar bem legal. ‐ Sigo suas instruções e faço como manda, coloco o máximo que consigo.

- Pronto, acabei. ‐ Afirmo.

- Agora uma coisa importante, nas pessoas que você amar, você só vai colocar uma pasta de sal e água ou vinagre e os que você não conhecer ou não gostar, cimento. Entendeu?

- Sim, senhora mamãe!

- Dessa forma, elas amaram e serão gratas a você!

° ° °

- Sabios ensinamentos, mamãe... Minha Cloe ficou linda com as cicatrizes, agora tem uma marca sua que nunca sera esquecida. Mesmo estando morta eu vou continuar dividindo seu sofrimento, e espero que possa me perdoar por tê-la feito sofrer assim.

Jogo uma rosa em seu túmulo.

- Parabéns mamãe! Agora se me da licença, vou cortas as asas da sua nora.

Continua...

A Caminho do Inesperado | Vol.1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora