Capítulo 1

265 46 294
                                    


°°°

Acordo meio zonza, percebo que estou em uma cama com vários fios e tubos ligados a mim. Do meu lado, vejo uma mulher com um notebook no colo e vários papéis do lado, de aparência cansada, pele morena e cabelos negros que vão até perto da cintura, de fato muito bonita.

Então a reconheço, é Isabelly, minha melhor amiga, sempre esteve comigo em todos os momentos em que precisei dela. Após alguns minutos observando seu sono resolvo chamá-la.

- Isa? - a chamo e nada, então resolvo chamar novamente. - Isabelly Catlyn, acordaa!

Então ela pula da poltrona em que estava, quase derrubando o objeto que antes repousava em seu colo, meio apavorada por conta do susto que dei.

- An? O que? Tô acordada! É eu tô acordada! - diz assustada

Ao me ver, corre pra falar comigo.

- Aí meu Deus, Cloe você acordou! Como está se sentindo? A não espera, vou chamar o médico, é, vou chamá-lo. -Grita surpresa ao me ver e logo vai em direção a porta batendo de cara com a mesma.

- Não é melhor abrir primeiro Isa? -digo sorrindo dela que logo some do meu campo de visão.

Minutos depois ela volta arrastando um rapaz muito bonito de uns 25, 26 anos que suponho ser o médico e uma enfermeira que logo vai checar o soro e outros aparelhos.

O médico me observa e me faz perguntas.

- Cloe? Está acordada a quanto tempo?

- A poucos minutos, doutor! - respondo.

- Sente dor ou alguma coisa?

- Dor de cabeça e um pouco de tontura. E um pouco fraca... - acrescento.

- Certo. Lembra de alguma coisa que aconteceu? - indaga.

Ao fazer tal pergunta, fico meio sem entender o motivo da mesma, porém, no mesmo instante flashes da noite do acidente vem a minha mente. O meu atraso, nós no carro, Sarah comentando que a vovó iria ficar uma fera com nosso atraso, meus pais rindo... A tempestade, a buzina, os gritos de minha mãe... Então tudo fica claro na minha mente e eu começo a reviver cada segundo da noite do acidente. Então, lágrimas desesperadas banham o meu rosto e só quero saber dos meu pais e de Sarah.

- Onde estão meus pais? - pergunto aos prantos já tendo lembrado de tudo.

- Bom, tenho uma cirurgia agora pra fazer, daqui a algumas horas volto e esclareço tudo pode ser?

- Não! Quero saber agora! - grito irritada e já sentindo dores no abdômen, ao sentir toco a área e percebo algo estranho, uma cicatriz.

A Caminho do Inesperado | Vol.1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora