Capítulo 6

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- O que está acontecendo aqui? - O professor praticamente berra.

- Só Alex sendo infantil e não respeitando a dor dos outros. - Falo irritada.

- Alex, é verdade? - Quer saber o professor.

- Só falei a verdade que ninguém tem coragem de falar por pena dessa zinha aí. - Retruca Alex

- Isso é só dor de cotovelo por sempre ficar em segundo em tudo, por querer ser tão boa quanto eu e falhar sempre! Invejosa! - Grito pegando minha mochila e saindo da sala.

Estou furiosa, nunca fui de resolver as coisas na agressão, mas ninguém vai ofender a memória de minha mãe assim! Ninguém!
Resolvo então ir numa sorveteria aqui perto, não estou com cabeça para aula hoje, depois disso sou capaz de estrangular qualquer pessoa.
Durante minha caminhada sinto meu celular vibrar incansavelmente então decido pegá-lo e ver o que é, mas nesse exato momento ,me choco contra o corpo musculoso de uma outra pessoa,ao sentir seu perfume amadeirado então conhecido lembro de Arthur...

- Posso perceber mais uma característica sua,além de ser louca por doces, também esbarra em pedestres quase os atropelando. - Arthur diz gargalhando.

- Desculpe, estava distraída, cabeça cheia..

- Estava indo pra onde?

- Para uma sorveteria aqui perto,se quiser pode vir, porém, eu pagarei o meu e o seu em retribuição por você ter pago meus doces. Pode ser?

- Como posso dizer não?

- Não pode.. - Abro um meio sorriso.

Ao entrar na sorveteria cheia, logo encontramos uma mesa vazia, nos dirigimos até a mesma nos sentando em seguida. Não demora muito e uma moça bastante simpática vem atender a gente. Peço um milk-shake de ovo maltine e Arthur, opta por um enorme sorvete de chocolate.

- Tem quantos anos senhorita Cloe? E o que faz? - Me bombardeia de perguntas.

- Pra que tanta formalidade? - Brinco.
- Tenho 20 anos e sou estudante de direito. E você? - Concluo.

- Uma garota interessante de fato, além de muito bonita. Bom, eu tenho 22 aninhos um neném como pode ver. - Brinca. - E faço Administração.

Ao terminar de falar, a garçonete volta com nossos pedidos e entrega um papelzinho para Arthur que percebo ser seu número.

- Manda mensagem, quem sabe não saímos um dia.

Fala perto do rosto de Arthur quase colando seus peitos fartos no rosto dele. O que me deixa um pouco enciumada... Enciumada? Pera, o que tá acontecendo comigo? Eu mau o conheço.

- Obrigado. - Recebe o papelzinho e o guarda.

- Costuma ser sempre assim? - Pergunto sem me dar conta do porque ter perguntado.

- Quase sempre. - Assume dando um sorriso amarelo e se concentrando no seu sorvete.

- Então, podíamos sair algum dia,queria te conhecer melhor, confesso que estou encantado com você. - Sugere mudando de assunto.

- Quem sabe... - Sinto minhas bochechas queimarem.

- Você fica muito bonita quando esta com vergonha.

A gente conversa por um longo período, sua companhia é bastante agradável e marcamos de sair amanhã a noite para jantar. Pago a conta com muita insistencia, pois Arthur não queria aceitar.
Saímos e nos despedimos, ele me abraça forte fazendo com que seu cheiro fique na minha roupa e logo em seguida deposita um beijo em minha testa.

A Caminho do Inesperado | Vol.1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora