Capítulo 50

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– Eu não consigo amor, eu não consigo. - Agarra meu pescoço com as duas mãos me fazendo deitar sobre si e ainda com lágrimas cada vez mais intensas em seu rosto.

– Eu a machuquei, querida? - Pergunto, e com a chance de sua resposta ser sim, eu morro um pouco mais a cada instante.

– Claro que não amor... foi Arthur, ele fez isso comigo! Ele é o causador de tudo que aconteceu de ruim. - Minha pequena continua e as lágrimas só se intensificam.

Então, eu à abraço, na tentativa de sugar toda sua dor para mim.
Nos cubro com o cobertor e não ouso sair de seu lado.
Com ela em meus braços se debulhando em lágrimas, acaricio seus cabelos e a mantenho colada a mim.
Passando-se alguns minutos, ela acaba pegando no sono e eu fico observando seu rostinho manchado pelas lágrimas recentes.

Eu realmente tenho vontade de socar Arthur até a morte, aquele covarde! Espero que ele apodreça na cadeia, la sim é o lugar dele.

Com esse pensamento, me aconchego mais ao corpo da mulher mais linda de todas, a qual eu sou completamente apaixonada, e assim, adormeço.

                                      Arthur

Se todo mundo tem o seu preço, porquê esse carcereiro idiota não teria?
Até que foi bem fácil de convecê-lo, pelo menos, bem mais do que eu imaginava que seria.

Já estou a par de toda a situação aqui fora, sei bem mais que muitas pessoas por ai.

Por exemplo, sei que o maldito e intrometido do Taylor se aproveitou do momento de fraqueza da minha mulher e a pediu em namoro e o pior de tudo, ela está com câncer em estado avançado. Eu tenho uma pessoa de minha confiança no hospital que esta cuidando do tratamento dela. A chata da Alex vem seguindo ela e observando tudo desde que fui preso, além de outras pessoas.

Vou pegar o que me pertence por direito e assim, ser feliz para sempre. Ou não não me chamo Arthur Smith.

                                     Taylor

Levantei primeiro que Cloe, já estou terminando de preparar seu café da manhã, só falta finalizar o suco de laranja que sei que ela ama, colocar tudo em uma bandeja e levar para minha garota.

Arrumo os croissants, os madeleines com especiarias que minha pequena tanto gosta, além de terem formato de conchas o que remete a sereias, uma geleia de framboesa e uma fatia de sua torta predileta, repouso o copo de suco e outras coisas em um dos cantos, e no outro, escrevo "eu te amo" em um lenço de papel e repolso uma rosa sobre ele e assim, começo a caminhar desastradamente até o quarto tentando equilibrar todas as coisas.

Depois de muito trabalho, finalmente consigo abrir a porta tendo a visão do verdadeiro paraíso. Ao adentrar o local, encaro o rosto pálido com as maçãs levemente avermelhada de Cloe, ela parece mais um anjo, o meu anjo que veio para me salvar da escuridão.

Repolso a bandeja em um espaço livre da grande cama que preenche o quarto. Me sento próximo ao pequeno corpo agasalhado ao cobertor branco e acaricio levemente seus cabelos, aproximo um pouco mais meu rosto e deposito um beijo casto em sua testa fazendo com que ela se mexa um pouco em reação a minha ação.

Afasto meus lábios e contínuo acariciando seus cabelos descendo até seus ombros nus com o toque mais suave que minhas mãos podem oferecer, quando nossas peles entram em contato, uma onde elétrica preenche cada átomo do meu corpo e faz com que eu me arrepie.
E eu amo essa sensação um pouco mais a cada vez que a sinto.

Após alguns segundos, vejo seus olhinhos pouco a pouco tentando se acostumar com a claridade, até que se abrem por completo.
O par de olhos azuis intensos me fitam e um grande sorriso se alarga em seus lábios avermelhados.

– Bom dia meu amor, dormiu bem? - Pergunto sem desviar meu olhar dela.

– Bom dia... eu dormi maravilhosamente bem, afinal, estava com você, no seu peito, no meu novo lugar predileto. - Declara e não consigo evitar que um sorriso bobo surja em meus lábios.

Percebo que ela ainda não viu o que preparei e trouxe, então, a pego e logo, minha pequena me olha boquiaberta.

– Meu amor, o que é... Você fez tudo isso pra mim? - Indaga levando as duas mãos a boca.

– Eu não estou vendo mais nenhum outro amor da minha vida aqui. - Olho de um lado para o outro e direciono meu olhar novamente para o pequeno anjo a minha frente. – É, acho que é pra você, viu.

Vejo seu sorriso almentar de tamanho e suas bochechas ganharem um tom avermelhado mais intenso.

– Você fez madeleines? Como sabe que eu gosto? Taylor! Que rosa linda! - Recolhe a rosa e a cheira. Percebo seus olhos marejarem o que aperta meu coração, não gosto de vê-la chorar.

– Meu amor, nem pensar em chorar... não fiz isso para que chorasse, fiz pois eu amo você e é melhor ir se acostumando com essas coisinhas que eu faço pra você. - Seco uma lágrima solitária em seu rosto angelical com o polegar.

– Você é tão bom comigo. - Une nossas mãos e sua é coberta pela minha.

– É amor Cloe... é amor! - Acaricio sua bochecha cuidadosamente com o dorso da minha mão fazendo com que ela feche os olhos e aprecie meu carinho.

– Obrigado...

– Nada disso, não me agradeça, por favor, apenas coma, querida, coma.

Ela assente e começa a comer, e eu fico observando a obra mais perfeita já criada.

Como vivi tanto tempo sem essa mulher?

Ela termina, me agradece mais uma vez e me puxa para deitar mais um pouco ao seu lado, onde ficamos assim por um tempinho.
Mais tarde com tudo arrumado, retornamos para casa, por mais que eu quisesse ficar nos braços de Cloe por muito mais tempo, preciso ir para a clínica.
  
                     ° ° °

– Eu também o amo, e novamente, muito obrigado por tudo, foi maravilhoso eu não merecia tanto. - Me agradece novamente.

– Pare com isso querida, por favor. Você merece o universo inteiro. - Seguro sua sintura e a trago mais para mim, lhe dou um beijo rápido e me despeço com dor no coração. Ter que me separar dela é tão ruim. – Qualquer coisa, me liga ou manda mensagem ta? Eu amo muito você, não se esqueça disso.

                                         Cloe

– Também amo você, muito. - Admito e falar isso em voz alta me da um frio na barriga e meu coração salta no peito. – Bom trabalho.

Taylor me dá a honra de ter seus lábios sobre os meus novamente, ele sobe em sua moto e o vejo se distanciar mais e mais de mim.

Ele definitivamente sabe como me surpreender. Me dirijo para casa, não vejo ninguém e então resolvo subir para o meu quarto. Quando estava prestes a abrir a porta, sinto fortes pontadas em minha cabeça e uma tontura forte toma conta de mim. Dou mais alguns passos para dentro e antes que eu pudesse alcançar a cama, apago.

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Oii amores♥️

Que capítulo hein!
O que acharam???
E o Arthur???

Tenho um recadinho pra vocês!!!

É com uma alegria gigantesca que anúncio que A Caminho do Inesperado está entrando em sua reta final.

Fiquem atentos,  em breve terão mais novidades!!

Eu os amo, obrigado por lerem até aqui! ♥️

A Caminho do Inesperado | Vol.1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora