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Passava os dedos no pingente da minha gargantilha que Minatozaki havia dado como pedido de namoro, não tinha como não ficar feliz depois daquele dia, muitas coisas haviam mudado ao decorrer de uns meses para cá. O que posso garantir uma reviravolta em minha vida em apenas num estalar de dedos, nunca em toda minha vida imaginei que, o que era para ser um roubo, eu estava trabalhando para a dona de toda essa tramoia, não só isso, mas também dizer que agora somos oficialmente um casal. Louco, não é?

As ruas de Nova Iorque estavam desertas, tudo isso pela morte de uma celebridade ter completado três meses. Isso mesmo, três meses se passaram, a galera tirou o dia para ficarem em casa lamentando pela morte da sua "querida Minatozaki". Enquanto estão em suas casas, eu estava em alta velocidade, sendo seguida por três míseros carros, carros que não chegam aos pés do meu, claro, tinha que ter uma exceção.

Sorri de ladinho ao perceber a tentativa falha de um deles querer passar, o meu sorriso não durou por muito tempo, já que não percebi que o carro dourado havia passado por mim.

Freei e, em pouco tempo, virei o carro ficando de frente para os dois que estava atrás. Passei a marcha rapidamente, então acelerei. Para não ter um acidente, um de nós teríamos que desviar, que no caso não seria eu.

Segurei firme no volante, pisando fundo no acelerador, olhei firmemente para o carro da frente, o qual estava vindo exatamente na minha direção. Não fiz questão de olhar no retrovisor, sabia que ainda estava sendo seguinda pelos dois carros, o que estava em minha mente agora, era somente o da frente. Era um perigo e tanto, mas seria um risco que eu enfrentaria com muito gosto.

Como previsto, o carro à minha frente desviou, o que causou uma visão dos quais eu digo que, seria um pouco mais complicado, o desafio era o mesmo. Pelos meus cálculos, se eu desviasse, eu iria bater no carro estacionado à frente do prédio, se eu freasse, seria pega, se eu continuasse, bateria.

Por que eu não espero o carro da frente desviar? Porque não vai. Conheço bem a pessoa que está atrás do volante.

Bati no volante com uma das minhas mãos, então freei rapidamente, causando um som irritante vindo dos pneus. Por pouco não chego a bater contra o da frente, os outros três cercaram o meu carro. Inspirei, saindo com as mãos levantadas.

– Ora, ora... Pensei que fosse mais esperta, senhorita Chou. – Somente ouvia os passos se aproximarem, estava concentrada demais planejando pegar a arma que estava presa na porta do meu carro. – O que vamos fazer com você...? – Meus olhos desviaram para frente, assistindo aquele sorriso cínico cada vez mais perto.

– Ainda acho que sou mais esperta que você. – Varri seu corpo, chegando diretamente em seus olhos.

– Acha? Não tenho dúvidas disso. – Fui rodeada, meus ombros foram massageados, levei minhas mãos até as mãos que estavam me massageando por cima da jaqueta. – Você está cercada, o que poderia ter em mente para sair dessa? – Minha nuca foi mordida, lutei para não fazer careta pela pequena dor aguda.

– Hmmm! Não sei dizer. – Vagarosamente, fui empinando o quadril, chagando a sentir o corpo ficar tenso sobre minhas costas.

– Não sabe? Está tentando me seduzir para sair dessa? – Formei as mãos em punhos, após o sopro bater contra meu pescoço.

– Está funcionando? – Dei um passo para trás, colando mais ainda nossos corpos.

– Não será assim que sairá dessa, senhorita Chou.

– Tem razão. Vai ser exatamente assim! – Em um golpe rápido, segurei aquelas mãos e girei meu corpo, como dança, fiquei atrás, rapidamente peguei a arma apontando para a cabeça encapuzada. – Que bom que não tem dúvidas sobre mim. – Entrei dentro do carro, com o corpo sendo abraçado por mim. – É bom ficar paradinh- – Minha arma foi virada para cima, por pouco, não aperto o gatilho. Senti minha coxa direita arder por eu ter sida arranhada.

♤Duas mulheres e um segredo♤ 》Satzu《Onde histórias criam vida. Descubra agora