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Sabe aquela agonia de alguém ficar lhe cutucando? Mais de cinco minutos eu estava assim, quando abri os olhos, vi todos os pestinhas com um sorriso no rosto. Olhei para o peso na parte inferior de meu corpo, Tzuyu estava dormindo com a cabeça em cima do meu quadril. Fechei minha mão e levei somente o indicador até a minha boca para que elas não fizessem barulho.

– Que horas são? – Perguntei em um tom baixo.

– São quinze. Ainda está chovendo bastante, queres um cobertor?

– Não, quero que saiam. – Os monstrinhos concordaram animadamente e saíram correndo, pelo menos não fizeram tanto barulho. Queria acordar a mulher que estava dormindo, mas ela estava tão tranquilamente, o som gostoso da chuva fazia com que o clima ficasse leve.

Movimentei tentando sair sem que ela acordasse, só que foi impossível, já que ela abraçou minha coxa. Movimentei mais uma vez, tive que ficar parada no mesmo instante, a mão dela havia subido tão perto da minha virilha, balancei a cabeça tentando tirar os pensamentos impuros. Chou estava dormindo, eu não podia pensar essas coisas.

– Chou. – A chamei, mesmo que fosse mais baixo que pude falar. Tzuyu ao menos se mexeu. – Chou, acorda. – Tombei minha cabeça para o lado, a vi com um sorrisinho no rosto. Como pude ser burra? Claro que ela não estava dormindo. Mexi meu corpo mais uma vez, antes que ela me tocasse, segurei sua mão virando seus dedos para trás.

– Ai, Minatozaki! Qual o seu problema? – Ela fez uma careta de dor. Amenizei mais a força, sabia que ela estava fazendo drama, até porque Tzuyu tem mais força que eu, ela poderia sair o momento que quisesse.

– Olha só, pensei que estivesse dormindo. Estou machucando você?

– Não, eu estou adorando. – Não deixei de rir, soltei seus dedos e levantei, ficando sentada com ela -agora- em cima das minhas coxas. – Você poderia ter me acordado de outra maneira.

– Você nem estava dormindo, ainda por cima, estava querendo me provocar.

– Quer saber? Eu não vou ficar aqui parada para ficar ouvindo você me acusar de coisas que eu obviamente fiz. – Ela levantou como se eu tivesse xingado a mãe dela. Assim do nada, ela saiu do quarto, em segundos ela voltou. – Olhe no espelho e veja o que eu fiz, vou esperar você lá embaixo. – Tzuyu deu-me um longo selinho, quase me jogando para trás. – Não demore. – Fiquei olhando ela passar pela porta e tentando processar o que acabara de acontecer aqui.

Desistindo, levantei e fui até o espelho maior que eu encostado na parede, levantei minha blusa que garanto que ela arrumou antes de dormir, pelo menos eu acho que dormiu. Não era um desenho e sim uma frase, não conseguia entender.

– Essa merda está escrita em mandarim, como ela quer que eu entenda? – Tentei de várias maneiras entender o que estava escrito, mas não serviu de nada. Bufei com o fracasso de tentar ler, fui para o andar de baixo, encontrando Tzuyu e os monstrinhos brincando na sala.

– Hey, a princesa desceu, todos em ordem! – Um dos capetinhas gritou. Todos ficaram com se fosse soldados.

– Você. – Apontei para a ruivinha. – Busque um algo gelado para eu tomar. – Não demorou mais que dois segundos para ela correr para a cozinha. Gostei.

– Você não pode fazer essas crianças de escravas. – A rabugenta Tzuyu, levantou do chão e veio ao meu lado.

– Estou escravizando vocês, pestes? – Todos negaram com a cabeça. – Viu? – Olhei para Tzuyu com um sorriso.

– Elas são crianças, não deveria aproveitar da inocência delas.

– Não estou aproveitando, quem começou foi elas. Ah, o que está escrito naquela frase, não consegui entender nada. – Tzuyu sentou na parte maior do sofá e puxou-me para ficar de frente para ela.

♤Duas mulheres e um segredo♤ 》Satzu《Onde histórias criam vida. Descubra agora