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– E então? – Sentei-me na poltrona de frente para a mesa do "Henrique", cruzei as pernas permitindo que meu vestido ousasse a subir mostrando minhas coxas. Dei uma breve olhada para a princesinha que estava com um sorriso indecifrável enquanto me olhava. Desviei meu olhar para o coroa que poderia dizer que estava encarando as minhas coxas. Poderia ficar chateada pela ousadia, mas quem disse que não gostei?

– O que você achou, meu amor? – Ele a olhou. Minatozaki saiu do lado dele e rodeou a mesa ficando à minha frente.

– Vejo que a senhorita é muito competente, mas até onde sua coragem chega? – Inclinou-se mostrando seu meio decote, não ousei a olhar para aquele ponto. Como mulher, sei exatamente o que ela planeja.

– Minha coragem não tem limites, você manda e eu obedeço. – Encostei as costas na poltrona. Minatozaki deixou o seu sorriso ficando com uma expressão séria.

– Então se eu pedisse para que jogasse deste andar aquele homem que está atrás de você, você o jogaria? – Seu olhar demonstrava intimidação e um tom de desafio.

Não desviei o olhar, se ela estava iniciando um jogo, com certeza eu é quem não perderia.

– O jogaria sem pena. – Seu sorriso galanteador não tardou a aparecer.

– Então me mostre. – Se ela fez isso com aquelas garotas que estavam aqui, elas devem ter saído traumatizadas. Parece que não é só eu que sou psicopata aqui. Levantei sendo acompanhada pelo se olhar e o olhar do coroa. Sinceramente, senti pena do moreno careca que estava de costas ao lado de fora da vidraça. 

Andei como uma madame até o rapaz, assim que eu estava preste a chegar, ouvi a voz grave me fazendo parar.

– Chou Tzuyu! Não precisa fazer isso, já sabemos que você irá fazer tudo que a minha mulher mandar. – Virei em direção a voz. Vi quando Minatozaki revirou os olhos.

Ela realmente estava esperando que eu o jogasse? Esta mulher é intrigante.

– Quando começo? – Desfilei ignorando totalmente o olhar da mulher sobre minha pele.

– Amor? – Dá para perceber que ele é cadelinha dela? Minatozaki voltou ao seu lugar para perto do seu noivo.

– Quero você em minha casa às dezenove, sem atrasos, sem adiantamentos. Vamos para um jantar de negócios, além de estar contratada como minha segurança particular, você também será a minha motorista. – Não fiquei surpresa ao ouvir que hoje mesmo iria iniciar o meu trabalho, aliás, quem não me quer por perto?

– Estarei lá às dezenove.

– Não quero você vestida deste jeito. – Olhei para o meu próprio corpo e sorri ao levantar o olhar para ela.

– Que jeito?

– Vulgar! – Que direta.

– Como a senhorita quiser. Mais alguma coisa? – Arqueei uma sobrancelha.

– Por momento não, é só. – O coroa nem mesmo deixou ela falar. A japonesa rolou os olhos discretamente.

Assenti e andei até a porta a abrindo, assim que passei por ela, deixei uma brecha para ouvir o que os dois iam dizer.

Qual o seu problema? – Berrou ela. Arqueei as sobrancelhas e aproximei mais meu ouvido da porta.

Nenhum, por quê? – O tom do coroa era calmo. Pelo menos não é escandaloso.

Eu vi como você olhou para as coxas dela.

É sério isso? Ciumenta?

Eu não olhei para as coxas dela, você está vendo coisas.

♤Duas mulheres e um segredo♤ 》Satzu《Onde histórias criam vida. Descubra agora