de um pequeno clichê, para um grande amor eterno.

estou no inferno.

Obito pov

estava de madrugada, quando acordo recebendo uma ligação, pego meu celular vendo quem era, ficando um tanto surpreso ao descobrir.

— Obito, sua vó está extremamente doente, pelo o que parece, lhe resta apenas um mês de vida.

— c-como assim? O que ela tem? O que aconteceu?

— não sabemos que tipo de doença é ao certo, mas está confirmado que sua morte será bem próxima. Preciso que você volte pra cá imediatamente, fique até ela morrer, um mês. Aproveite o tempo que tem com ela, antes que seja tarde.

— eu não posso ficar longe da faculdade por um mês, Madara! Eu tenho muitas coisas pra fazer aqui, tenho um trabalho e um namorado pra cuidar, não pode ser 5 dias no máximo? Eu realmente não posso...

— claro, seu namoradinho é muito mais importante do que a vó que cuidou de você quando seus pais morreram. Ou você vem logo, ou eu te expulso da família e faço sua vida virar um inferno.

— t-tá... eu vou. Pode ser amanhã?

— sim. Mas venha bem cedo, sabe que demora pra chegar. E não traga seu namorado esquisito aqui não, já não basta o Sasuke pra trazer vergonha pra família.

— você me dá nojo

— você que me dá nojo, garoto esquisito.

desligo o celular e começo a chorar, estava abafando o choro com o travesseiro, até perceber que Deidara tinha acordado.

Dei: por que você tá chorando?

eu: eu não tô chorando. Eu te acordei? Desculpa... — tento sorrir, porém falho.

Dei: você tava chorando sim, e tecnicamente falando eu acordei sozinho. Não tente sorrir se está triste, confia em mim, me diz o que aconteceu.

eu: minha vó vai morrer em um mês, meu tio me obrigou a ir e ficar até ela morrer, mesmo eu dizendo que seria quase impossível por causa da faculdade. Eu não queria que isso acontecesse, nem que minha vó morresse, nem que meus pais morressem, nem que ninguém se machucasse por culpa minha! — falo chorando, todas as minhas dores que eu sempre guardei estão voltando... eu estou no inferno.

Dei: a culpa não é sua. Obito, vá atrás da sua vó. Ela cuidou de você quase a vida inteira, te deu carinho e conforto, vai ser só um mês, logo você volta. Não se preocupe tanto assim com a faculdade, eu dou um jeito em tudo. Você não está no inferno, olhe pra mim! Isso parece o inferno ou o paraíso? — deixo uma pequena risada nasal escapar — viu? Não se preocupe. Vai dar tudo certo, eu acredito. Enquanto eu estiver com você, você nunca irá se machucar.

eu: como você pode ter tanta certeza disso?

Dei: você acha mesmo que eu iria deixar alguém tocar as mãos em você pra te fazer infeliz? Óbvio que não, eu nunca deixaria na vida.

eu: e na morte? — Deidara fecha a cara

Dei: você não seja 'singraçadin' não viu? Vamos voltar a dormir. — deito ao lado de Deidara, que me prende num abraço.

estávamos dormindo, até ouvirmos um barulho estranho que parecia estar vindo do quarto do Itachi.

eu: que barulho é esse?