Past 8

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☼♫

Londres

Assistir jogos de futebol é a minha diversão preferida no final de semana, especialmente se for na companhia do meu pai. Ele é um torcedor fanático, adoro vê as reações dele.

— Eles estão horríveis. — reclama. — Difícil acertar um passo.

— Início de temporada, ainda não estão sincronizados. — respondo, minha mente está divagando sobre o novo ciclo da minha vida.

Meu pai bagunçou a minha cabeça com a mão.

— Pensando na faculdade?

— Sim. Me assusta um pouco.

— Te entendo. É apenas uma escola, pense dessa forma. Vai tudo ocorrer bem, você é inteligente filho. Esse ano foi cheio de mudanças para você, faculdade, namoro.

Sorri sem jeito.

— Posso te dar um conselho?

— Claro que sim pai. — respondo. Espero algum momento, ele está entretido numa jogada que foi armada no meio campo, pode acontecer um gol. No entanto, nada acontece.

— Pensei que iríamos marcar. Enfim, — ele me olha nos olhos. — Vá devagar, desacelere. Precisa de um tempo para você, alinhar seus pensamentos.

— Estou precisando. Não consigo pensar, só penso na Elle. Acho que esqueci de mim, é assim quando amamos?

— A paixão é perigosa Oliver, ela nos deixa sem raciocinar. Só te peço, não se entregue por inteiro, não entregue o seu coração por inteiro sem antes ter a certeza que ela é a garota certa para você.

— Elle é a certa para mim.

Meu pai nada disse e voltou a olhar o campo.

— Ela me ama e eu a amo. Está tudo bem.

   ☼

— Mamãe está vindo. — Angelique me avisa. Ela me avisou que queria falar comigo.  — Sabe por que ela quer falar com você?

— Nenhuma ideia. — essa semana passou rápido, mal consegui falar com Elle. A faculdade mal iniciou e está me consumindo por completo.

— Olá! — Ela chegou.

— Oi mãe. — respondemos.

— Angelique, sua amiga está te esperando na sala. E não, vocês não vão ao cinema hoje sozinhas. Você completou quinze anos, não dezoito.

— Por favor?!

— Vetado e sem mais comentários sobre esse assunto.

Angelique saiu bufando de raiva do meu quarto. Desde que completou quinze, está se achando a dona do mundo. Não a culpo, eu pensei o mesmo quando fiz.

— Meu assunto é com você. — ela diz séria. — Os gastos do seu cartão quase triplicaram mês passado. Fui conferir e me admirei com algumas coisas.

— Como?

— Tiffany, Dolce&Gabbana?

— Quis dar um presente para Elle. Uns.

— Dois meses seguidos?Oliver, eu e o seu pai temos dinheiro, você não. Não pode bancar luxos dessa garota. Não nota que ela está se aproveitando?

— Claro que não! — levantei a minha voz. — Elle não é assim.

— Se ela não é, pare de mima-la dessa maneira ou irá piorar. Estou lhe avisando, se isso voltar a acontecer, cortarei o seu cartão.

— Tudo bem.

— Oliver, sua namorada é de uma classe diferente da nossa. Atitudes como essa, podem deslumbra-la.

— Elle não se importa com isso. Eu a conheço.

— Espero. — ela respondeu ácida.

— Você não gosta dela, não é? — sei que ela será verdadeira, minha mãe costuma ter um excessos de sinceridade que chegam a machucar.

— Honestamente?Não. Ela não é para você.

— Você não sabe do que está falando mamãe.

— Já vi garotas como ela. Enfim. — ela não quer se prolongar no assunto.

— Te mostrarei ao contrário.

Minha mãe rolou os olhos. Ela está irritada.

— Não quero discutir sobre isso, mas já sabe o que penso.

Minha mãe deixou o meu quarto e um pouco de fúria passa pelo o meu corpo, estou irritado, acabo jogando um halter na parede, faz um grande buraco. Ela não pode pensar disso sobre Elle. Só sei que ela está errada.

Muito enganada sobre ela.

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