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Chapter 17

Chapter 17

Terminei de ligar para o Eduardo que não voltarei por algum tempo em Los Angeles. Ficamos um tempo em silêncio e quando ele falou, ele disse que estava feliz por mim e triste por eu estar tão longe. Eu sei que ele vai superar, de alguma forma vai.

"As corridas na praia não serão mais as mesmas."

Eduardo foi e ainda é o meu braço direito nos Estados Unidos, sua amizade para mim pode ser comparada a de irmãos cúmplices.

Sentirei falta dele, mas é hora de ir em frente, quero a vida que deixei para trás, a qual verdadeiramente me pertence.

Amanhã irei no escritório, tenho uma reunião marcada com o Taylor, o sócio da empresa de advocacia qual pertencia ao meu pai. Ele adorou saber que quero voltar a advogar e irá me colocar lá novamente. Não irei ocupar o lugar do meu pai, disse que irei iniciar de onde parei. Então, terei uma longa estrada pela frente.

Olho no relógio, estou atrasado para me encontrar com Lizzie, prometi que iria lhe ajudar com algumas canções.

— Vai ficar no apartamento do papai mesmo? — Angelique me pergunta.

—Estou pensando nisso ainda. — respiro fundo. — Ainda não tenho um salário fixo, então ficarei, provisoriamente. — E aí poderei te pagar o que te pedi emprestado.

— Não precisa. — ela fala. — Eu peguei tudo da sua parte. — ela pisca o olho e eu fico surpreso.

— Como?

— Não lembra que você me deixou no controle?

— Ah, tudo bem. — pego a chave do antigo carro do papai. — Ficarei por enquanto com ele. Achei que você tinha vendido?

— Tudo que é do nosso pai está aí. — ela fala. — É melhor você ir buscar logo a Lizzie, irá perder a hora. Ela quase teve um surto quando você disse que estava nos esperando no aeroporto. Ela pediu para eu colocar a mão no peito dela e quase ela tinha um infarto. — Ange sorri.

— O mesmo ela me disse sobre você.

— Não nego. Não sei mensurar a minha felicidade.

— Eu também não. — digo. — Fiz a melhor escolha.

☼♫

Eu não trouxe o guarda-chuva e estacionei longe, tomei um banho previsível. Procuro um lenço para enxugar o rosto. Vasculho pelo meu bolso e não encontro um. Perdi o hábito.

Entrei na gravadora, a Lizzie me enviou uma mensagem e disse que está no segundo andar. Meu celular vibra e o Taylor me passa um e-mail e uma senha, um caso que tenho que estudar e se eu me interessar, posso pegar.

Entro no elevador, a conexão foi cortada e não consigo abrir o e-mail. Deixarei isso para mais tarde quando eu estiver desocupado. O elevador abre e eu escuto as risadas de Lizzie. Ela está conversando com alguém, não consigo ver o rosto, está de costas. Parece familiar e quando a mulher se vira, eu sabia que era conhecida.

— Ollie, Olha quem eu conheci. Céus, eu estou tremendo. É a Elle Lund!

Ela me fita de cima a baixo, está tão surpresa quanto eu.

— Esse é o meu anjo da guarda, meu melhor amigo, o Ollie. — Ela me apresenta para a Elle.

— Esse é o seu amigo? — ela fala admirada.

— Ele mesmo. Ollie, diz oi para a Elle. A Elle Lund! — Lizzie diz entusiasmada e não percebe o clima entre nós.

— Prazer, Elle. — ela estende a mão. Ok, ela vai fingir e eu farei o mesmo.