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Megan

Suspirei pela milionésima vez no dia após carregar mais um quadro para a exposição da semana. Minha chefe devia achar que eu era algum robô ou algo do tipo para me mandar carregar tantos quadros em um dia só.

Mas eu sabia que não deveria reclamar. Ver o trabalho completo me dava tanta satisfação que esquecia qualquer dor ou cansaço.

Sorri para mim mesma, orgulhosa do trabalho que havia feito. Segui para o escritório da minha chefe, batendo na porta antes de entrar.

— Entra — ela gritou de dentro.

— Oi, eu só vim avisar que acabei de montar a exposição como você me pediu — sorri, parando na frente dela — Mais alguma coisa?

— Não, Megan. Acabamos por hoje, pode ir para casa descansar — ela sorriu de volta — Bom resto de dia para você.

Estranhei pela gentileza. Ela quase nunca me liberava mais cedo, mas eu que não iria reclamar.

— Obrigada. Você também — me despedi, pegando minhas coisas e seguindo para fora do prédio.

Assim que entrei no carro, meu celular tocou. Olhei o visor, vendo o nome de Abby. Sorri, deslizando o dedo na tela, atendendo a chamada.

— Abby! Meu Deus, você ainda é viva — falei animada.

— Mais viva do que nunca, meu amor. E acabei de pousar em LA. Estou louca por fofocas quentinhas — respondeu do seu jeito típico.

— Hoje é seu dia de sorte. Acabei de ser liberada do trabalho mais cedo. Festa do pijama? — sugeri.

— Festa do pijama, Megan? Você já foi mais festeira. — reclamou — Não rola uma baladinha?

— Mas aí como vamos colocar as fofocas em dia com todo aquele barulho de festa? — retruquei — E estou ficando velha — ouvi a risada estridente de Abby e gargalhei junto.

— Tá bem — respondeu zoada. — Eu posso seguir pra sua casa direto?

— Deve! Estarei lá logo, logo. Vou passar no mercado para comprar aqueles bolinhos que você ama.

— Você é perfeita, amiga! — ri. — Até daqui a pouco.

— Até!

Antes de chegar em casa, passei no supermercado perto do meu bairro, escolhendo alguns bolinhos que minha costumava gostar e comprando mais algumas porcarias para nossa noite do pijama. Fazia muito tempo que eu não encontrava Abby e estava ansiosa demais para saber cada detalhe de sua vida e contar a ela o quão – nada – empolgante estava a minha vida.

Abby chegou em minha casa uns quinze minutos depois que eu cheguei, logo tratando de dar cor ao meu ambiente. Sua energia era contagiante, eu tinha certeza daquilo. Abby era como uma versão masculina do Ashton ou do Michael, com ela não tinha como ficar triste ou desanimada. Eu sentia muita falta de sua amizade e de passar aquelas intermináveis horas junto com ela, fofocando sobre qualquer coisa e rindo que nem duas idiotas.

Minha amiga chegou faminta, então logo devoramos os bolinhos que eu havia comprado. Depois disso ela me pediu por um banho, já que estava exausta da viagem e não queria perder energia.

Era final de tarde e nós duas já estávamos com nossos roupões, as mascaras de hidratação prontas, enquanto pintávamos nossas unhas no sofá da sala. Eu sentia que a vida seria muito mais divertida se eu pudesse ter minha amiga mais perto de mim, mas infelizmente aquilo não era possível, pois Abby tinha sua vida em Londres.

Nós conversamos, enquanto colocávamos as histórias em dia. Abby me contatou sobre como terminou com com seu namorado babaca e como em seguida teve um caso com um super gostosão parisiense que estava de visita na cidade.

Lover of Mine // lrh Onde histórias criam vida. Descubra agora