Capítulo Sete: Justificativa Plausível!

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Tinha acordado muito mais cedo que um dia habitual de sábado, normalmente meus sábados costumavam ser: Levantar mais tarde, já que a Sarah odiava o fato de não conseguir ficar depois das seis na cama. Então eu passava a levantar as sete, apesar das cinco já estar acordado e minha cabeça continuar analisando o que faria no decorrer do dia, depois do café da manha adentrava em meu escritório e só saía depois do meio dia, quando a Sarah batia na porta perguntando se não estava com fome! E sim eu estava, mas estava ocupado demais para prestar atenção. Depois do almoço saíamos juntos ou simplesmente ficava em casa assistindo filmes, mas eu sempre soube que ela gostava mesmo de sair.

Já tinha me habituado com a ausência da Sarah, o que me traz a afirmação do Owen! É frieza. E não, eu amava aquela mulher e queria mesmo que a gente tivesse dado certo, mas o amor também está ligado a deixar livre, deixar que o outro escolha sair ou permanecer da sua vida e ela fez a sua escolha e eu não poderia simplesmente ignorar esse fato, eu não poderia olhar para ela e pedir que ficasse quando estava claro que o seu maior desejo era ir. Mesmo com os dois primeiros meses sendo difíceis, não achei que foi o martírio. Casamentos acabam, apesar de odiar essa afirmação. Casamento é sério demais para simplesmente jogá-lo pela janela.

Só que enxergo que não estava mais funcionando que não queríamos mais as mesmas coisas que por mais que a gente se ame, não era mais algo que pudesse sustentar um relacionamento de tantos anos, e o amor não consegue fazer com que um relacionamento dure ou não. Existem tantas outras lacunas a serem preenchidas que segue o questionamento o que eu poderíamos fazer para mudar tal situação? Mas não existe uma resposta, e nada poderia ter salvado o meu casamento, como sei que agora a Sarah está feliz e eu estou bem. Talvez seja normal não temos passado pelo momento de luto, já que algo em nós dois sabíamos que uma hora ou outra isso acabaria acontecendo e o fim era inevitável.

Já tinha uma nova rotina, levantava cedo e corria a trilha do condomínio me questionando por ele ser pouco frequentada. A única pessoa que tinha encontrado aqui era senhorita Green que por sinal deve ter mudado o seu horário para não ter que se encontrar comigo, ou simplesmente ainda não está muito bem do tornozelo como achei que estivesse, o que me lembra da nossa conversa de ontem. Eu realmente estou disposto a começar com o pé direito.

Não acho que seja uma atitude difícil de se fazer. Sei que passei dos limites, mas não sei definir exatamente o que me deixa completamente frustrado com ela e apesar da sua visão ser distorcida achando que é o simples fato de não conseguir controlá-la, não preciso desse controle vindo dos meus sócios, prefiro ser respeitado o que eu batalhei bastante para conseguir, então, mesmo sabendo que o seu jeito me incomoda vai além de qualquer objeção que eu possa mudar.

Chego ao fim da trilha olhando para a bela paisagem a minha frente, tento ficar o máximo admirando e prestando atenção em qualquer outra coisa que não seja o novo presente quesito que ando ouvindo mais do que gostaria. Uma coisa è estar solteiro, outra é estar sozinho. O que já foi apontando que deveria estar buscando um relacionamento, ou alguém para se envolver de maneira casual. E que no momento nenhuma das ambas opções me interessam. Não nego que as vezes certas necessidades apontem, mas não me vejo ficando com uma mulher apenas por saciar essa vontade.

O.P.O.S.T.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora