Desço as escadas, e encontro a minha mãe na mesa almoçando.
"Filha, eu não sabia que estava aqui, achei que estivesse na escola." Minha mãe, diz.
"Eu acabei perdendo o horário, para a escola hoje." Minto.
"Sente-se comigo, vamos almoçar juntas." Ela sorri.
Me sento ao seu lado, e começo a fazer o meu prato.
"Não deveria estar no trabalho?" Pergunto, antes de dar um gole no meu suco.
"Me deram folga hoje."
Depois de passar o almoço tendo uma conversa legal com a minha mãe, subo para o meu quarto e tomo um banho.
Coloco uma blusa branca larguinha, e um shorts de moletom.
Ando pela casa, e vejo uma porta aberta no primeiro andar, como sou curiosa, entro e fico de boca aberta.
É uma biblioteca, tem várias prateleiras cheias de livros de vários gêneros.
Claro que meus olhos vão diretamente para os de romance, para meu livro preferido
Orgulho e Preconceito, da Jane Austen.
Fico tão entretida na história de Elizabeth e Darcy, que nem noto a presença de mais alguém no cômodo.
"Elena."
"Lucca." Digo, e me viro ficando de frente para ele.
Me dirijo até a porta, não quero ficar no mesmo ambiente que ele.
"Aonde você está indo?"
Ele agarra meu pulso.
"Para o meu quarto." Puxo o meu pulso, o fazendo soltar.
"Fica." Ele, diz.
"Você age como se nada tivesse acontecido, como se não tivéssemos discutido, como se não tivesse feito nada, e depois pede para eu ficar."
Não consigo me controlar com ele.
"Eu não discuti com você, e não fiz nada, você está fazendo tempestade em copo d'água."
Antes que eu pudesse responder, ele sai da biblioteca, e ouço as botas dele contra o chão.
Fico mais um tempo na biblioteca, e decido ir para o meu quarto.
Meu celular começar a tocar, e eu atendo.
"Hey, sumida." Ana, diz.
"Oi, amiga." Digo.
"Ontem o Lucca saiu correndo da festa, ele te achou?" Ela, pergunta.
"Achou sim, estamos morando juntos, lembra?" Sorrio.
"É mesmo, vocês se resolverão? Eu vi como você ficou depois que a Catarina beijou ele."
Só de lembrar eu já fico enjoada.
"Não, eu estou cansada dele." Digo.
"Bem, por outro lado eu estou feliz." Ela, diz.
"Ah é, por qual motivo?"
Pergunto, curiosa.
"O Samuel tem um amigo, que por sinal é muito gato, e ele me chamou para sair."
"Sério? Que legal Ana, você merece encontrar alguém muito legal." Digo, sincera.
"Merecemos Elena, vem comigo?" Ela, pede.
"Nem pensar Ana, não quero ficar de vela." Digo.
"Vamos Lena, é sexta-feira, vem conosco e depois te deixamos em casa."
Sempre que ela me chama de Lena, é quando quer alguma coisa.
"Ok! Eu vou." Acabo cedendo.
"Eu já disse que te amo? Sete horas eu passo aí para te buscar."
Encerramos a ligação.
Eu passei o resto do dia deitada na minha cama, lendo Para Sempre, que eu peguei na biblioteca.
Quando deu seis horas corri para o banho, passo o gilete nas minhas pernas para remover os pelos indesejáveis.
Saio do banho, enrolo a toalha em meu corpo, e vou escolher um roupa.
Decido usar um vestido branco de mangas compridas, e calço meu tênis preto.
Pego meu celular, e vejo que já são seis e meia, corro para o banheiro e decido deixar o cabelo natural, estou com preguiça de fazer algo diferente nele hoje.
Passo corretivo, rímel e gloss, e finalizo com um pouco de perfume.
Meu celular toca, e vejo que é Ana.
"Já cheguei." Ela, diz.
"Ok, estou descendo." Desligo.
Pego minha jaqueta jeans, e a coloco.
Desço as escadas, e não vejo ninguém na sala.
"Uau hein, você está linda Elena." Ana bate palmas.
Aqui fora está fazendo um friozinho, ainda bem que vesti a jaqueta.
"Obrigada amiga." Sorrio.
Me sento na parte de trás do carro, e passo o caminho inteiro olhando pela janela.
Chegamos no barzinho, e quando entramos sinto alguns olhares em mim, mas deve ser só impressão minha.
Ana agarra a minha mão, e me puxa para sentar em uma mesa no fundo do bar.
Uma mulher vem até a nossa mesa, e anota os pedidos das nossas bebidas.
Ana e o "Amigo" dela que até agora eu não sei o nome, pedem cerveja.
Eu como sempre peço uma Coca-Cola, não quero beber álcool.
Minutos depois, ela traz as nossas bebidas.
"Qual é o seu nome?" Decido perguntar para o loiro sentado ao lado da Ana.
"Desculpa não ter me apresentado antes, meu nome é Pedro, e o seu é?"
Ele diz, e sorri em seguida.
"Elena." Sorrio, sem mostrar os dentes.
Ficamos conversando, até que ouço um assobio, quando um trio de pessoas entram, e vem na direção da nossa mesa.
É o Lucca, Samuel e a Catarina.
"Oque eles estão fazendo aqui?" Ana pergunta.
"Eu chamei só o Samuel." Pedro, diz.
"Uau Elena, você está linda."
Samuel me elogia se sentando ao meu lado, e eu agradeço.
Lucca e a Catarina se sentaram ao lado do Pedro, ficando o Lucca de frente para mim.
É só eu evitar o contato visual com ele pelo resto da noite.
Minutos depois eu acabo olhando para o Lucca e logo me arrependo, ele está sorrindo para a Catarina, enquanto ela está com a mão nos braços dele.
Posso sentir os olhos dele em mim, mas não consigo olhar para ele outra vez.
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O Filho Do Meu Padrasto
RomanceElena Garcia, é uma estudante do último ano do ensino médio, de 17 anos com uma vida simples, excelentes notas, e um namorado doce, ela sempre tem as coisas programadas antes do tempo. Até conhecer um rapaz chamado Lucca, o maior bad boy da escola...