Capítulo 34.

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"Eu estou indo dormir."
Digo, me levantando.
"Eu também vou, está tarde."
Ele diz, se levantando também.
"Até que não foi tão desagradável, assistir filme com você."
Digo, e ele sorri, sem mostrar os dentes.
"Eu concordo, deveríamos fazer isso mais vezes." Ele passa a mão na nunca.
"Ok." Digo.
"Ok." Ele repete.
"Até amanhã." Digo.
"Vê se não se atrasa, senão vou para escola sem você."
Ele diz, em um tom brincalhão.
"Pode deixar."
Vou para o quarto, escovo os dentes, e me deito.
Não consigo parar de pensar nele, o que está acontecendo comigo?
Eu preciso parar com isso agora.
Me perco em meus pensamentos, e acabo pegando no sono.
No dia seguinte, levanto as seis, tomo um banho rápido, visto uma calça jeans clara, e uma blusa branca.
Desço, e Lucca já está na mesa, tomando seu café da manhã.
"Bom dia." Digo, e me sento na cadeira, ficando de frente para ele.
"Bom dia."
Ele responde, e pelo seu tom, parece que está de bom humor.
Não vejo minha mãe, desde de ontem a noite, quando ela chegou, eu já estava dormido, e hoje quando desci, ela já tinha ido para o trabalho de carona com o Jeff.
[.]
Eu e Lucca já estávamos na escola, como de costume, Cadu me espera na porta da escola, e me leva até a minha sala.
A semana passou rápido, já é sexta-feira.
Hoje, marquei de ir dormir na casa da Ana.
Me sento junto com a minha mãe, e Jeff para almoçar, noto que Lucca não está na mesa, muito estranho, mas resolvo não perguntar nada sobre.
O almoço foi agradável, ficamos conversando, e dando altas risadas, Jeff é muito engraçado.
Já estou me arrumando, para ir na casa da Ana, e decido ir a pé, até porque ela mora aqui perto.
"Mãe, estou indo dormir na casa da Ana." Digo.
"Tudo bem filha, só tenha cuidado, e qualquer coisa me liga."
Ela, diz.
"Pode deixar."
"Manda um beijo para Ana."
Ela diz, enquanto eu caminho até a porta.
"Mando sim."
Digo.
Em menos de quinze minutos andando, chego na casa da Ana.
Estamos no seu quarto, fofocando como sempre.
"Me conta tudinho, sobre o que está rolando entre você e o Lucca."
Ela diz, se jogando na cama, e eu faço o mesmo.
Conto tudo para ela, só deixo de fora alguns detalhes.
"Elena do céu, eu não acredito nisso, vocês se beijaram, e quase transaram."
Ela diz, de queixo caído.
"Estávamos muito longe de transarmos, e só nos beijamos umas duas vezes."
"Não importa, vocês dois estão se curtindo." Ela diz, sorrindo.
"Ninguém está curtindo ninguém, eu tenho namorado, e gosto muito  dele, nunca mais farei isso com o Cadu." Digo, determinada.
"Amiga, você realmente gosta do Cadu, ou só sente um carinho por ele, como amigo? Por ele ser fofo, e te tratar de uma maneira, que você queria ser tratada pelo Lucca."
Ela pergunta, mas eu já não sei de mais nada, eu gosto do Cadu, mas eu estou sentindo algo diferente pelo Lucca, eu só não sei o que é.
"Eu gosto do Cadu, vou esquecer que um dia já fiquei com o Lucca."
"Isso vai ser meio difícil, sua mãe namorando o pai dele, e vocês ficando sobre o mesmo teto."
Ela, diz.
"Eu e Lucca somos agora meios irmãos, que moram juntos, nada mais."
Eu me sinto péssima, pelo o que fiz com Cadu, mais não mudaria nada do que aconteceu.
O dia foi uma delícia, ficamos na piscina até o fim da tarde, conseguimos tomar um pouco de sol, fofocamos e demos altas risadas, eu adoro a companhia dela.
Estamos deitadas na cama dela, de banho tomando, e agora estamos assistindo um filme de romance.
"É muito bom ter você aqui."
Ela, diz.
"É muito bom estar aqui, estava com saudade de passarmos um tempo juntas."
O filme acaba, e ficamos conversando, Ana e eu, sempre tínhamos assuntos para conversar.
No dia seguinte, quando acordamos, já era onze horas, não me lembro a última vez que acordei esse horário.
Levantamos, tomamos um bom café da manhã, passamos o dia assistindo filmes, e comendo brigadeiro.
Já era final da tarde, quando eu fui embora.
Quando entro na casa do Jeff, me deparo com Samuel e Lucca sentados no sofá, jogando videogame.
"Oi." Digo, entrando na sala.
"Oi Elena, quanto tempo."
Samuel diz, enquanto me lança um olhar rápido, e volta a sua atenção para o videogame.
"Aonde você estava?"
Lucca pergunta, com um tom, que se eu não estiver enganada, é de raiva.
"Dormi na casa da Ana."
Digo, e subo para o meu quarto.
Passo um pouco da noite estudando, e fazendo algumas lições para entregar, quando acabo, mando mensagem para o Cadu.
Sinto minha barriga roncar, e me lembro que a última coisa que comi, foi brigadeiro, que não sustenta nada.
Desço, e vou até a cozinha para fazer um lanche, quando já estava terminado de fazer, Samuel entra na cozinha.
"Já faz um bom tempo que não te vejo nas festas, Elena." Ele diz, abrindo a geladeira.
"Eu não curto muito ir em festas." Digo, e dou um sorrisinho.
"Que pena, eu adorei sua presença lá." Ele diz, e tira duas cervejas de dentro da geladeira.
Eu apenas dou outro sorrisinho sem graça, e volto minha atenção para o meu sanduíche.
"Uma garota linda como você, não precisa ter vergonha em aceitar um simples elogiou."
Ele diz, se aproximando de mim.
"Obrigada."
Digo, e saio rapidamente da cozinha, decidida a comer no meu quarto.
Algumas horas depois, eu já não escuto vozes lá em baixo, e decido descer.
Lavo o prato e o copo que sujei, e logo volto para o meu quarto.
Estava de pijama, e deitada na minha cama, lendo um bom livro de romance no meu Kindle, quando ouço batidas na porta.
"Pode entrar."
Digo, e desligo o Kindle, dando atenção para quem entrar no quarto.
"E aí." Lucca, diz.
"Oi." Digo, e tiro o meu óculos de grau.
"Nossos pais sairão, então pensei da gente assistir um filme."
"Eu acho melhor não." Digo.
"É só um filme Elena, relaxa."
Quer saber, é só um filme, não tem nada demais nisso.
"Tá bom, eu topo."
Digo, e me levanto da cama.
"Vamos assistir no meu quarto!" Ele afirma, e sai andando em direção ao seu quarto.
"Porque não na sala?"
Pergunto, curiosa.
"O sofá é desconfortável demais."
Eu espero que esse seja realmente o motivo.
Chegamos ao quarto dele, e mesmo já tendo vindo aqui, eu fico encantada pela estante cheia de livros.
Me sento na cama de casal, me certifico de ficarmos longe um do outro.
Ele escolhe um filme de terror, e eu odeio filmes de terror, pelos sustos que eles te dão.
"Tira isso, agora."
Digo, e cubro os olhos com as mãos.
"Para com isso vai, nem dá medo." Ele diz, enquanto ria da minha cara.
Passei o filme inteiro tomando autos sustos, enquanto Lucca só sabia ri da situação.
Um desagradável zumbido, me acorda no meio da noite, percebo que acabei adormecendo na cama do Lucca, depois do filme.
Ele está dormindo, tão calmamente, eu quero estender a mão e tocar seu rosto, mas não faço isso.
Aquele barulho irritante, não para de tocar, e está vindo do bolso do Lucca.
"Lucca, acorda." Digo, sonolenta.
"Oque foi?"
Ele murmura, com a voz rouca.
"Seu telefone estava tocando, acabou me acordando."
Sussurro, apesar de estar só nos dois no quarto.
Observo ele em silêncio, enquanto tira o celular do bolso, e atende.
"O que, é?" Ele diz, ríspido.
"Ainda não, eu já te disse, não volte a me ligar essa hora da noite, porra." Ele desliga.
"Desculpa, pelo meu celular te ter acordado."
Ele diz, com a voz rouca.
"Era a Catarina."
O aborrecimento que sinto por ela, ainda não foi embora.
É porque essa garota sempre liga para ele de madrugada?
Apenas suspiro, e me deito de lado, para olhar para ele.
"Não gosta dela, não é?"
Ele pergunta, também ficando de lado.
"Na verdade não, ela é tão grossa e intrometida."
Eu sei que não posso confiar nele para falar sobre isso, mas não ligo se ele contar a ela.
"Eu também não gosto muito dela." Ele diz, e revira os olhos.
"Não é o que parece."
A minha voz sai tão sarcástica, quanto eu pretendia.
"Ela é divertida as vezes, mas muito chata." Ele, admite.
"Bem, talvez devesse parar de ficar com ela."
Sugiro, e fico de barriga para cima, para ele não ver meu rosto.
"Existe alguma razão, para eu não ficar mais com ela?"
"Não, se acha ela tão chata, porque continua ficando com ela?"
"Pela troca de prazeres, eu acho."
Fecho os olhos, e respiro fundo.
Falar sobre ele e Catarina, me incomoda, mais do que eu esperava.
Ele passa as pontas dos dedos, no meu pescoço, me fazendo arrepiar.
"Olha para mim."
Ele, pede.
"Não."
"Vira para mim, Elena."
Eu me viro, e fico de frente para ele.
Ficamos nos olhando, por um tempo, até que ele pega uma mexa do meu cabelo, e ia colocar atrás da minha orelha, mas percebe o que está fazendo, e para.
"Desculpa."
Ele diz, e tira a mão, do meu cabelo.
"Não, está tudo bem."
O que eu estou fazendo, eu nem deveria estar aqui, tenho que parar com isso agora, mas não consigo me mexer, eu fiquei hipnotizada pelo par de olhos verdes, me olhando.
Ele volta a pegar a mexa do meu cabelo, e coloca atrás da minha orelha.

 Ele volta a pegar a mexa do meu cabelo, e coloca atrás da minha orelha

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O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora