Capítulo 36.

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"Aí Eleninha, alguma vez você já sentiu com ele, o que sente comigo? Ele já te deixou excitada alguma vez?"
A voz dele sai rouca, e cheia de sarcasmo.
"Co...como? Claro que sim!"
Estou mentindo, é óbvio que ele percebe isso.
"Não precisa mentir para mim, ele nunca te tocou da maneira que eu te toco."
As palavras dele, enviam um calor para o meu corpo.
"Não se iluda, ele me toca muito melhor do que você me tocou."
Minto, tentando me afastar, mais ele não deixar eu passar.
"Não tem ideia, das coisas que eu posso te ensinar e dos prazeres que posso te proporcionar."
Ele diz, ignorando oque eu disse antes.
Porque eu gosto tanto quando ele fala essas palavras sujas para mim?
"Não precisa admitir, eu sei que você quer."
Nego com a cabeça, e vejo o sorriso em seus lábios carnudos.
"Seu corpo está dizendo outra coisa." Ele, sorri.
"Oque ele está dizendo?" Sorrio, debochada.
"Você está apertando as coxas uma na outra, sua respiração está acelerada, e suas bochechas estão vermelhas."
"As minhas bochechas?" Pergunto, enquanto coloco as minhas mãos nelas.
"Aham."
"Estão vermelhas porque estou com calor, só por isso." Minto, descaradamente.
"Você mente muito mal, sabia?" Ele sorri, sem mostrar os dentes.
"Está muito errado, oque acontece entre a gente foi pelo calor do momento, não significou nada para mim."
Murmuro.
"Eu nunca estou errado, linda."
Ele diz, e eu dou um empurrão nele, conseguindo me soltar.
Eu me viro para sair do quarto, mais eu tenho uma última coisa a falar.
"Fica longe do Cadu e de mim."
Digo, e me viro ficando cara a cara com ele.
"Com todo o prazer eu fico longe do mauricinho, e se não me quisesse perto de você, não teria vindo até o meu quarto."
Ele ri, e minha raiva por esse garoto tatuado só aumenta.
"Você é tão arrogante."
Digo, nervosa.
"E você é tão intrometida."
Ele diz, em um sussurro e me olha de cima a baixa, me deixando envergonhada.
"Você é tão grosseiro e idiota."
Cuspo as palavras para ele, e mais uma vez, ele passa a mão pelos cabelos.
"E você é tão linda."
"E você é muito feio."
Digo, e dou as costas para ele, na intenção de sair de vez do quarto, mas ele segura meu braço, novamente.
"Você pode me chamar de qualquer coisa, menos de feio."
Ele sorri, e solta meu braço.
"Tão arrogante." Digo.
"Eu não sei como lidar com você."
Lucca suspira, e se senta na cama.
"Podemos chegar a um acordo, de ficarmos longe um do outro, ou de sermos amigos? Não tenho paciência para ficar discutindo com você."
Digo, e me sento ao seu lado na cama, mantendo uma distância segura.
"Não quero ficar longe de você."
O QUÊ? Meu coração acelera.
"Oque?"
"Você me ouviu, e mesmo que quiséssemos, não daria, estamos praticamente morando juntos."
Tento esconder o meu sorriso, depois das palavras dele.
Ele realmente quer ficar perto de mim?
"Ok, então amigos?" Pergunto.
"Amigos." Ele concorda, e estende a mão para mim.
"Não amigos que se beijam, você é o filho do meu padrasto, que virou o meu amigo."
Digo, e sinto minhas bochechas quentes.
Ele ri, e passa o indicador no seu piercing da sobrancelha.
"Combinado."
Ele diz, e ficamos um tempo nos olhando.
A forma como as palavras saem da sua boca, através de seu lábios carnudos.... Não para com isso, não posso pensar nos lábios dele.
Tiro os olhos do rosto dele, e me levanto.
"Deveríamos fazer algo amanhã, depois das aulas."
Ele, sugere.
E o humor dele muda pela quinta vez, só enquanto conversamos.
"Não sei..."
"O que poderia dar errado? Somos só amigos."
Não consigo conter o sorriso, e ele sorri junto comigo.
"Estando com você, tudo poderia dar errado."
"Aí, assim você me machuca." Ele fala de um jeito divertido.
"Mas eu aceito fazer algo com você."
"Estou contente por aceitar."
Ele, diz.
"Boa noite." Digo.
"Até amanhã."
Ele diz, e ouço ele se levantar da cama.
"Mais uma coisa..."
Paro com a mão na maçaneta da porta, e olho por cima do meu ombro.
"O que foi?" Pergunto.
"Esse vestidinho ficou ótimo em você, deveria usar algo assim mais vezes."
Ele diz, e segura o piercing do lábio inferior entre os dentes.
Eu apenas reviro os olhos, e saio do quarto.

 Eu apenas reviro os olhos, e saio do quarto

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O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora