Capítulo 42.

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"Posso entrar?"
Lucca pergunta, e antes mesmo que eu possa responder, ele entra.
"Eu não deixei."
Digo, passando os dedos pelos olhos, tirando o excesso do molhado.
"Você estava chorando?"
"Claro que não." Digo, fungando.
Ele se deita ao meu lado na cama, e fica de frente para mim.
"O que você quer aqui?" Pergunto.
"Conversar com você."
"Eu não tenho nada para conversar com você."
Digo, seca.
"Você o ama?"
Sério isso?
"De novo essa pergunta?"
"Responde, por favor."
"O que você acha?" Pergunto.
"Não sei, me diz você."
Ele não tem o direito de me perguntar isso, não agora.
"Você acha que se eu realmente estivesse apaixonada por ele, eu estaria pronta para perder a  virgindade com você? Eu gosto de você, seu idiota." Suspiro.
Eu gosto do Cadu, mais como amigo, eu preciso terminar com ele, não é justo eu continuar traindo ele.
Ele merece estar com alguém que realmente seja apaixonada por ele.
"Você está falando sério?"
Eu aceno, e ele me puxa para um beijo.
Meu Deus, como eu estou apaixonada por esse homem tatuado que me deixa completamente confusa.
"Fica comigo."
Ele pede, olhando nos meus olhos.
"Eu já estou aqui com você." Sorrio.
"Por completa, eu não posso dividir você com ele."
"Eu sei, só preciso saber como terminar com ele, sem o magoar." Passo o polegar pela sua bochecha.
"Deixa eu ficar aqui essa noite?"
Ele está sugerindo para dormimos juntos? Eu nunca dormir com ninguém, além da minha mãe e da Ana.
"Eu não sei." Digo, pensativa.
"Por favor."
"Tá bom."
Ele me puxa, e deito a cabeça em seu peito, que subia e descia com calma.
Acabo adormecendo poucos minutos depois, com ele fazendo cafuné na minha cabeça.
Acordo no dia seguinte, com Lucca agarrado em mim, com a cabeça na minha barriga.
Impossível me mexer, sem tirar ele de cima de mim.
Tiro cuidadosamente ele de cima de mim, e me levanto indo até o banheiro.
Meu cabelo está todo bagunçado, como de costume quando acordo.
Penteio o cabelo e faço um coque no topo da minha cabeça, e faço minhas higienes.
Volto para o quarto, e vejo Lucca dormindo de bruços, deixo ele dormindo, pego os meu fones de ouvido, na minha cômoda, e vou preparar o café da manhã.
Deixo o café sendo preparado pela cafeteira, e vou fazer os ovos com bacon, e waffle.
Estou distraída, cantando uma música que sai pelos fones, e fritando os ovos, que não noto a presença do Lucca.
Quando me viro, acabo tomando um maior susto.
"Lucca."
Digo, e tiro os fones de ouvido.
"Acordou cheia de energia, hein."
Ele diz, vindo até mim.
"Está com fome? Estou fazendo ovos e waffles."
Digo, e volto a ficar de frente ao fogão.
"Muita."
Ele diz, e me abraça por trás, depositando beijos pelo meu pescoço.
"Minha mãe disse, que ela e Jeff chegam hoje a noite." Digo.
"Que bom, teremos o dia para ficarmos juntos."
Ele coloca café na sua xícara.
"Aham."
Concordo, e me sento na banqueta, ao lado dele.
Depois do café da manhã, decidimos ir na piscina, está fazendo um calor insuportável aqui no Rio.
Enquanto eu subo para colocar um biquíni, ele fica lavando a louça.
Quando desço, encontro ele já na piscina.
"Você demorou." Ele diz, jogando água em mim.
"Que exagero." Reviro os olhos.
Tiro o meu camisetão, ficando apenas de biquíni, e vejo os seus olhos em mim.
"Já disse que você é a mulher mais sexy que existe?"
Ele diz, me ajudando a entrar na piscina.
"Aham, você já disse isso para quantas?" Pergunto, e jogo água nele.
"Para muitas, mas só para você eu falei de verdade, você é tão linda, e tão pura Elena."
Sinto minhas pernas amolecerem, debaixo da água.
Colo imediatamente os nossos lábios, e ele solta um gemido, quando eu puxo seus cabelos, intensificando o nosso beijo.
"ELENA?"
Paro imediatamente o beijo com o Lucca.
"Eu posso explicar, Cadu."
Digo desesperada, saio da piscina, e me enrolo em uma toalha.
"Então foi por isso que não me atendeu? Eu te mandei mensagem a manhã inteira, te deixei incontáveis mensagem de voz, e você estava com ele?"
O ódio está presente em sua voz.
"Você pegou o meu celular não foi? Apagou as mensagens!"
Grito, ficando de frente para o Lucca, que está se secando.
"Sim, fui eu." Ele, admite.
"Como se atreve a fazer isso, Lucca?"
Pergunto, com os olhos marejados.
"Me desculpa." Ele diz, olhando nos meus olhos.
"Lucca, nos deixe a sós por favor" Limpo minhas lágrimas.
"Não, não vou te deixar dessa vez."
Ele suspira, e passa os dedos pelo cabelo.
"Como entrou aqui, Cadu?" Pergunto, em meio as lágrimas.
"Eu toquei a campainha, mas ninguém atendeu, a porta estava destrancada e decidi entrar."
Como eu não ouvi a droga da campainha? Lucca deve ter esquecido de trancar a porta, quando chegou em casa.
Ele diz, e vejo a decepção perceptível em seus olhos azuis.

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O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora