Eu estava sozinha na mesa do canto e do fundo, talvez na única sala vazia da agência de marketing neste momento.
As lâmpadas estavam desligadas, mas a iluminação da porta semiaberta deixava o ambiente levemente claro.
Com os meus olhos fechados, notei a luz aumentando...
Abri-os e vi que alguém movia a porta, devagar.
Era justamente ele!
Nossos olhos se encontraram por um segundo e nos reconhecemos.
Pude sentir uma eletricidade que me deixou ligada e me tirou um pouco da posição de repouso, tensionando-me a ficar mais ereta, como uma presa que avistou um predador...
Bruno avaliou-me dali rapidamente, em silêncio. Ele empurrou a porta para encostá-la por detrás dele, sem tirar os olhos de mim, o que me deixou nervosa.
Então, começou a andar na minha direção, com uma curiosidade divertida no rosto, e uma garrafa de cerveja na mão.
Ver isso, começou a me fazer sentir um calor por dentro...
Ele, então, pareceu notar algo, pois a sua expressão ficou de repente mais séria.
Parou no meio da sala, e perguntou rapidamente:
— Você está bem? Precisa de alguma coisa?
Eu estava sentindo muita dor. Por conta da reação de Bruno, conclui que a minha cara estava denunciando isso.
— Na verdade, não...
Percebi que, de fato, o meu rosto estava contraído em consequência da sensação de lâminas quentes perfurando o meu ventre e trazendo dores agudas... Os meus olhos estavam apertados. O remédio para dor que tomei, ainda não tinha surtido efeito...
Bruno não pareceu satisfeito em só ouvir essa resposta. Para a minha surpresa, continuou a andar na minha direção, despretensiosamente, com um sorriso suave surgindo no seu lindo rosto, com as sobrancelhas curiosas arqueadas. Parecia achar algo interessante...
Puxou, então, uma cadeira vaga e colocou-a bem próxima de mim. Sentou-se decidido, colocou a garrafa em cima e me olhou amistoso.
Ele me encarar de perto ali, naquele ambiente, fez surgir um arrepio percorrendo a minha espinha, dos pés à cabeça...
— Tenho te observado há algum tempo desde que comecei a trabalhar aqui... — Ele começou a falar com o rosto próximo e a voz baixa.
Pude sentir levemente um cheiro de cerveja em seu hálito e ver os seus olhos escuros brilhantes e lábios bem perto, mesmo na penumbra...
Estávamos em uma confraternização periódica da agência, e todos bebiam. Naturalmente, ficavam mais sociáveis também. Às vezes, alguns perdiam um pouco a linha...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gerenciando Paixões
RomanceEste não é um romance clichê. Esta é uma história quente, baseada em fatos reais, não recomendada para quem busca um conto de fadas. Você é Iana, uma mulher independente e no controle de sua vida. Ou era... Chega, então, um novo gerente na agência...