Ciúmes e Liberdade

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Ri nervosa, sem entender muito o motivo da parte nervosa. Talvez o meu frio na barriga seja também por conta de uma mensagem... carinhosa, e ainda dizendo brincando que quer mais...

Talvez seja por achar ele realmente tenha tido ciúmes agora porque eu estava conversando com Pedro e não o respondi antes.

De toda forma, foi uma deixa para nos encontrarmos de novo.

Respirei fundo ansiosa com essa "pendência".

Hoje eu estava acabada... ele também. Amanhã tinha a reunião com Cris à noite...

Precisava ser à noite?

Tem o horário do almoço...

Senti uma sensação de enjôo pensando no planejamento de um momento íntimo com Bruno, misturado à expectativa. Eu não gostava muito de premeditar a hora em que atenderíamos ao desejo... Gostava de provocar e sentir a vontade, e o resto ser consequência.

Queria mesmo ser consumida naquele momento em que ele parece um animal... onde quer que fosse.

Tremi arrepiada, sentindo um fio de eletricidade me atravessar.

Será que eu conseguiria levar a Bruno a este ponto? Não consegui ontem... Ele é muito consciente. Sua preocupação comigo parece sobrepor mesmo o seu desejo.

Eu não deveria ficar triste com isso... Devia?

Porque fiquei.

Bom, vamos pensar em um misto.

Misto de Iana e Bruno...

Eu ri sozinha com as orelhas aquecendo. Bruno me questionaria qual era o motivo se estivesse me vendo.

Podemos marcar um almoço perto de um motel. Ou de algum lugar que sirva como um...

— Adorei também! Da conversa... e da não-conversa. :D
Aceito o seu agradecimento se almoçar comigo amanhã. Podemos aproveitar para lidar com os assuntos pendentes... ;)

Sorri satisfeita e com as orelhas formigando.

Voltei ao trabalho ansiosa pela resposta, deixei o celular na mesa.

Não tardou a chegar.

— Amanhã nesse horário tenho um compromisso.

Seco.

É, ele ficou com ciúmes.

— À noite tenho uma reunião com minha sócia que pode acabar tarde... mas posso falar com você depois?

Fiz questão de citar que era a minha sócia. Não queria piorar os ciúmes, embora não tenhamos comprometimentos...

— Claro!

Uhm, vamos ver como ficamos até lá...

Os dias ficaram incrivelmente longos com essa relação com Bruno. Conversamos primeiro na Sexta, terminei com Renan na Terça e hoje era Quarta ainda. Parece, ao mesmo tempo, que as coisas estavam andando muito rápido.

Talvez rápido demais...

...

Era já noite.

Arrumei as coisas e, saindo da minha sala, passei na de Bruno e ele não estava lá.

— Boa noite! Até amanhã.

Falei pros 5 que ainda estavam lá, que responderam.

Pegar o elevador a esta hora trazia sempre uma lembrança quente...

Chegou no andar do meu carro e comecei a atravessar as portas metálicas.

— Iana!

Ouvi a voz de Bruno, parei e arrepiei-me de imediato.

Gerenciando PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora