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Quando Pamela Isley abriu a porta de seu apartamento, a primeira coisa que Harley pensou foi "meu Deus, essa é a mulher mais bonita que eu já vi em toda minha vida", mas a única coisa que conseguiu dizer foi:

— Oi?!

Pamela tinha olhos verdes escuros e o cabelo vermelho. Na maioria das vezes ela parecia ser bem séria, mas tentou sorrir quando se apresentou pra nova potencial colega de apartamento.

— Oi, Harleen. Eu sou a Pamela. Como você está?

Até a voz dela era bonita. 

— Tudo e você?

— Tudo bem.

— Pode me chamar só de Harley.

—Entra aí, Harley.

Ela entrou no apartamento e ficou boquiaberta: era o lugar mais lindo que ela já tinha visto. A casa de Pamela era cheia de plantas, mas não apenas com algumas florzinhas de decoração. Era realmente lotada por todos os cantos com plantas de todos os tipos e cores e tamanhos. A varanda do pequeno apartamento era praticamente um bosque, não tinha nenhum espaço livre de vasos em cima da mesa e havia uma prateleira com no mínimo uns trinta tipos de cactus diferentes. Harley ficou surpresa que o piso não estivesse coberto de grama. O lugar era totalmente diferente da cidade cinza e sem vida de Gotham.

—Deixa eu adivinhar, você estuda Biologia marinha — Harley brincou e foi a única que riu da própria piada. — Ou animais? Você tem cara de quem estuda os animais.

—Eu faço Botânica — Pamela respondeu, séria, mas dava pra ver que no fundo segurava uma risada - só era fechada demais pra se soltar na frente de uma pessoa que tinha acabado de conhecer. Por mais que essa pessoa fosse tão... adorável? 

— Eu jamais iria imaginar!

Dessa vez, Pam não conseguiu conter uma risada. Harley continuou falando:

— Eu faço Psicologia. Estava morando em Coney Island, mas tive que me mudar pra cá por causa do trabalho, sabe? Ei, meu quarto também vai ter esse matagal?

— Por enquanto, sim, mas posso dar um jeito se você decidir ficar aqui. Ainda tem algum espaço pras plantas na varanda.

— Ah, relaxa, eu já estou decidida. Vou ficar aqui, mas pode deixar as plantas no meu quarto. Só não sei se posso me responsabilizar por cuidar delas, sempre deixo minhas plantas morrerem. Mas posso conversar com elas se precisar!

Pamela ignorou o fato de Harley já estar conversando com as folhas e continuou mostrando a casa.

— Aqui é a cozinha. E ali no corredor fica o banheiro. Infelizmente só tem um, espero que você não se importe em dividir. Bom, ali é o meu quarto e esse — ela disse, abrindo uma porta — é o quarto que estou alugando.

Harley entrou e se apaixonou imediatamente pelo lugar. Era muito melhor do que ela esperava. Não poderia encontrar nada melhor naquela cidade nem se procurasse por um mês, imagine agora que ela só tinha um dia livre antes de começar a trabalhar.

— Meu quarto é perfeito! — ela se jogou na cama de solteiro, largando suas malas no chão e abraçando um dos travesseiros. — Nossa, eu tô exausta. Cheguei aqui hoje de manhã e não parei até agora.

— Você decidiu mesmo que vai ficar? Não quer nem dar uma olhada no prédio, procurar outras opções... — mas ela nem precisou perguntar mais nada, porque Harley já tinha dormido como se estivesse em sua própria casa.

Pamela não sabia bem como reagir. Estava feliz por ter encontrado alguém pra dividir as contas, mas gostava mais de quando podia morar sozinha. Infelizmente não tinha outra opção, então tentou ser otimista: estava torcendo para que Harley não se tornasse um incômodo.

36 perguntas | harlivyOnde histórias criam vida. Descubra agora