Nossa história- Tododeku

NOITE DE PREOCUPAÇÃO

Midoriya on

Acabei de chegar no hospital, minha preocupação não chega nem perto do nervosismo que eu tenho agora depois de receber a ligação do meu tio. Eu cheguei mais rápido já que o shinsou me deu carona e eu sou muito grato por isso, provavelmente eu seria atropelado correndo por aí igual louco.

Entrei no lugar procurando algum rosto conhecido, achei meu tio acenando pra mim em frente a uma bancada:

-o que aconteceu?!- me aproximei afobado do maior.

-eu não sei direito, quando cheguei na sua casa eu vi ela deitada no chão - meu tio parecia tão preocupado quanto eu, ele falou rápido sem pausas e com a mão na cabeça.

-ela não acordou ainda?

-os médicos falaram que não, eu acho que ela tá em uma cirurgia agora.

Eu fiz o cadastro para poder entrar e nós fomos levados para uma sala de espera separada da recepção, eu peguei um copo de água e fiquei em pé encarando a parte de fora pela janela:

-e a uraraka?-perguntei me acalmando um pouco.

-eu achei melhor deixar ela no meu apartamento, eu acho que não é legal ela ficar por aqui e lá é mais seguro.

-obrigado, acho que eu também não iria querer ela aqui se preocupando. Ela já passou por muitas coisas nesses dias... Eu vou ligar pra ela-peguei meu celular apertei em seu contato, começou a chamar e não muito tempo depois fui atendido-uraraka?

-deku? Cê tá bem? Foi muito grave?- a mesma parecia nervosa também.

-calma uraraka, eu tô bem sim, a gente está aguardando a resposta dos médicos.

-eu fiquei muito assustada quando escutei a voz do seu tio gritando no andar de baixo, eu desci as escadas correndo e vi...- sua voz ficou abafada-não aconteceu nada muito sério com a sua mãe né?

-ela está em uma cirurgia agora, eu vou ficar por aqui até lá....- passei a mão no rosto, eu não queria ter que deixá-la sozinha.

-eu vou pra escola amanhã, aí eu já falo sobre as suas faltas...

-não precisa ura..

-claro que precisa! Isso é o mínimo que eu posso fazer por você, me deixa fazer um pouco por você também....

-obrigado ura....- a porta da sala foi aberta e eu pude ver uma mulher vestida de branco com uma prancheta na mão- eu vou desligar ura, depois eu te ligo, se cuida...- desliguei e guardei o celular esperando alguma notícia- doutora?

-imagino que sejam parentes da dona inko- nós afirmamos com a cabeça- eu sou a doutora midnight, preciso que o senhores se sentem para que nós possamos conversar melhor- e agora que a minha pressão chega a mil? Acho que sim. Nós nos sentamos sem nem pestanejar- eu tenho duas notícias, a primeira é que a paciente inko está totalmente estabilizada, ela já está em uma sala dormindo e provavelmente irá acordar daqui algumas horas- sem nem pensar duas vezes, as lágrimas começaram a sair e eu fui abraçar o meu tio que aparentemente estava na mesma.

-ela tá bem midoriya, ela tá bem...- o maior me apertou e eu comecei a chorar um pouco mais forte, acho que eu estava chorando tudo que eu guardei por esse tempo todo- qual é a outra notícia doutora?- levantei a cabeça voltando a prestar atenção na mesma.

-a paciente teve algumas complicações no coração e nós não temos nenhum médico que trabalhe com isso no país, ela vai ter que fazer o tratamento em um outro continente na verdade.

-mas esse tratamento é vitalício doutora?-meu tio perguntou com um tom mais sério.

-por sorte não, ele vai durar mais ou menos um ano e depois vai ser tudo normal de novo, se o senhor quiser eu posso contatar uma médica de confiança que eu conheço agora mesmo.

-por favor moça, qualquer ajuda agora vem de bom grado, eu vou providenciar a viagem o quanto antes.

-imagina, esse é o meu trabalho, me acompanhem para ver a paciente por favor- a mulher se levantou e nós a seguimos, não demorou muito para chegarmos em uma sala normal de hospital, nele havia minha mãe deitada em uma cama dormindo, só de ver ela ali me deu um alívio maior que qualquer coisa- o efeito do sedativo deve acabar daqui duas horas, vou deixar os senhores sozinhos agora, você é menor de idade querido?

-sou sim- respondi sem tirar os olhos da minha mãe.

-o senhor não vai poder ficar aqui até depois das 11, as regras não permitem- não a respondi, eu nem estava prestando muita atenção pra falar a verdade.

-pode deixar que eu levo ele, obrigado moça- segurei a mão da mais velha me perguntando o que podrtia ter acontecido pra tudo ficar desse jeito, pelo jeito eu não vou poder a ver acordar hoje e isso me deixa muito pra baixo, poder ver aqueles olhos dela é a única coisa que eu quero fazer agora- você vai querer dormir na minha casa?

-pode ser, eu vou ficar lá com a uraraka.

-quando sua mãe acordar eu te ligo, imagino que você não vai dormir mesmo.

-não mesmo, espero que na sua casa tenha café -passei a mão de leve no rosto da maior- é melhor a gente ir indo, tchau mãe- beijei a mão da esverdeada e segui meu tio até seu carro.

O caminho até seu apartamento não é muito grande, o que eu acho muito bom já que eu vou poder vir de a pé amanhã cedo, nós subimos até seu andar pelo elevador e em seguida entramos no lugar. Sem nenhuma dificuldade eu achei uma garota sentadano sofá abraçando uma almofada com força:

-oi ura- a menor veio em minha direção e me abraçou, eu retribuí afagando seus cabelos- não precisa se preocupar, tá todo mundo bem...

-que bom...- um silêncio agradável permaneceu no ambiente, não precisava de muito pra gente se entender.

-eu vou voltar pro hospital garotada, qualquer coisa é só me ligar- o loiro fala saindo e trancando a porta.

-vamos fazer pipoca e assistir um filme?- perguntei sabendo que a morena iria dormir e descansar um pouco- vai escolhendo alguma coisa que você queira assistir na TV, eu vou fazer a pipoca- a uraraka concordou indo pro sofá e eu fui em direção a cozinha pra começar a preparar a pipoca.

Depois de terminar eu fui para a sala e a outra estava lá vendo a abertura de the walking dead (que jeito diferente de passar os momentos triste), mas eu gosto também então de boa. Não demorou muito e ela já estava roncando do meu lado, eu aumentei o sofá cama e arrumei o cobertor em cima da mesma, fiz café e fui pro quarto esperar a ligação do mais velho.

Horário 00:47

Meu celular começou a tocar e eu logo o atendi, a primeira coisa que escutei a voz doce da minha mãe:

-izuku?- ela perguntou meio rouca, não deve fazer muito tempo que a mesma acordou- você tá aí filho?

-tô sim mãe- abri um sorriso começando a chorar de novo.

-chora não querido, daqui alguns dias eu vou começar a encher o seu saco de novo- soltei uma risada fraca, pelo menos humor ela ainda tem.

-acho que é ao contrário, mas já que você vê assim- suspirei me acalmando- você precisa descansar mãe, eu vou desligar...

-boa noite querido, a mãe te ama.

-boa noite mãe, também te amo- encerrei a ligação e coloquei meu celular no raque*não sei se é assim que escreve, mas é aquele negócio que fica na sala* e fui deitar no sofá junto com a uraraka.

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Oi gente bonita, não briguem comigo por favor...
Eu vou explicar melhor o porque de eu estar fazendo isso na história um pouco mais pra frente, espero que tenham gostado e continuem acompanhado a história.
Amo vocês ❤