Possíveis medalhistas, sem medalhas

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Dizei que só mortos sairão de onde estão.
E da morte que permanece intrínseca
Finjam que permanecem onde não hão.

Onde o orgulho é penoso e nele se banha,
E braços longos afincados no futuro.
Não têm mais que algumas léguas
De aspectos intangíveis, impossíveis.

Digas que és infinito onde pode ser
E deleita-se em mentira indelével:
Aquela ainda mais fixa que a verdade,
A que mais me sana do mundo.

Afirme grandeza, tu és pequeno.
De olhos iníquos no inexistente
Tão sonhado e sólido que do mais claro
Ele é albedo, e reluz dentro da mente.

Dizei que são longos quando não passam
De alguns meros centímetros mal-vistos.
Ilegíveis porque são pesarosos,
Microscópicos e desejosos de serem maiores.

Miseráveis.
Gritai ao mundo vossa capacidade,
Porque nela jaz algo indizível:
A própria inexistência.

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⏰ Última atualização: Nov 11, 2020 ⏰

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