num vislumbre de soslaio
avistou-a, no balaio;
tentava mastigar restos de bichos,
arrancava espinhos dos ouriços;
comia, quase
e como kamikaze
quando avistada,
bombardeou(-se)
arrastava-se para longe
e encolheu na carapaça,
eriçou-se os pêlos,
amputou as penas,
vomitou o estômago.
pitoresca e bamba de medo
fugia como se guardasse um segredo;
como se - Atlas -, capaz de carregar
o mundo nos ombros.
e nos escombros que restavam de si,
ajuntou-se, como se a bagunça
que era nunca tivesse
sido vista
ali
VOCÊ ESTÁ LENDO
Martírio
PoesíaBoas vindas ao Martírio, uma viagem adentro das piores emoções humanas. Atente-se ao pôr-do-sol das aparências - aqui não fingimos prudência ou moralidade -, quando a noite cai, a encaramos e a enfrentamos sem medo. Quando as luzes se apagam, a verd...