Confusão de Sentimentos

Chapter 22

Bakugou (Pv)

13:11

Hoje me sinto mais disposto e menos cansado do que nos dias anteriores, mesmo ontem tendo o Kirishima do meu lado buzinando nos meus ouvidos e algumas coisas na cabeça, dormi bem, finalmente posso dizer que dormi bem! Como sentia falta de ficar no meu quarto e adormecer na minha cama, me sinto até mais leve, ao menos as noites que passei em claro nos últimos dias foram compensadas.

Mina — Vocês estão livres essa noite?

Kaminari — Uhum, tá pensando em que?

Mina — Ah, faz um tempinho que não saímos para nos divertir.

Kirishima — Eu topo, mas aonde?

Kaminari — Que tal irmos de novo no FastClub? Eu gostei de lá.

Mina — Vocês dois vão, né? — Aponta pra mim e o Sero.

Bakugou — Amanhã trabalho, então não.

E mesmo que não tivesse que ir trabalhar, eu não iria, não tenho boas recordações de lá... — (Todoroki — Não me diga que não está com saudades?) — Pavê seu maldito pervertido! — Franzo o cenho.

Kaminari — Sério? Que pena, tinha esquecido que você trabalha agora e você Sero? Vai estar ocupado também?

Sero — E quando é que eu tô ocupado? — Sorri.

Mina — Ótimo, vamos nós quatro então — Bate uma palma — Baku, quando você estiver livre avisa a gente.

Sero — É, vamos dar um rolê por aí na sua folga.

Concordo com a cabeça — É melhor nem dizer que trabalho apenas duas vezes na semana, se não vão querer sair nos meus dias de paz, no caso sábado e domingo.

Kirishima — Brô, vai direto lá pra casa ou vai dar uma passada na sua? — Fala baixo.

Bakugou — De qualquer jeito tenho que pegar as coisas que levei, então vou primeiro lá, e também vou aproveitar e conversar com o Deku — Também falo baixo para que os outros não escutem, porque até explicar e entenderem principalmente o Kaminari iria demorar no máximo até amanhã.

Mina — O quê cês dois estão cochichando aí, hum? — Faz bico.

Bakugou — Não é da sua conta.

Kirishima — Nada não.

Kaminari e Sero — Hum, sei não ein — Cruzam os braços pondo um mão no queixo fazendo uma cara maliciosa.

Bakugou — Vão caçar o que fazer bastardos!

Quebra de tempo

14:27

Eu, Deku e o Pavê acabamos de entrar em casa e assim como ontem não falamos quase nada um com o outro, nada além do básico assim como de manhã quando nós quatro fomos para Yueei, até que eu gostaria que fosse assim antes da merda ser feita, mas como não dá para mudar o que já foi feito, agora tenho que aturar essa merda de situação com o Deku e com o Pavê que chega a ser ridiculamente desconfortável, principalmente quando nós três estamos juntos como agora.

Bakugou — Vou apenas pegar o que trouxe ontem — Falo enquanto ando em direção ao meu quarto — Deku, antes de ir embora quero falar com você.

Sem esperar por sua resposta entro e fecho a porta do quarto, solto um breve suspiro e começo a arrumar as coisas que trouxe, que não foram muitas, duas mudas de roupa, um futon pro Kirishima dormir e o básico para a higiene, o Kirishima levou as coisas dele com ele para Yueei, bom, é menos peso para carregar — Assim que termino de guardar tudo na bolsa extra que trouxe, (o que não levou muito tempo) a coloco em um canto no chão — Não sei porquê, mas estou com um mal pressentimento... Enfim, vamos acabar logo com isso — Vou até a porta meio receoso e a abro vendo logo de cara o Deku encostado na parede de frente para a minha porta. 

Deku — Pronto?

Bakugou — Sim, Entra.

Me afasto da porta dando espaço para que ele possa passar, em seguida fecho a porta, ando até a escrivaninha e ainda de pé me apoio nela enquanto o Deku está sentado na minha cama.

Deku — Me deixe adivinhar, você quer falar sobre aquele dia que nós...

Bakugou — Exato — O interrompo — Eu apenas quero deixar claro que o que houve entre nós naquele dia foi nada mais do que um erro, não era para ter acontecido — Esfrego minhas pálpebras com um mão.

Não nego que é minha culpa por ter me aproveitado dos sentimentos dele por mim enquanto eu estava frustrado, mas não é como se eu fosse admitir isso a ele, seria como ferir meu próprio orgulho, coisa que não farei.

Deku — Não era?

Bakugou — Não, não era, eu que misturei as coisas e nessa mistura resultou naquilo.

Deku — Que coisas são essas, Kacchan? — Se levanta — Ah, acho que eu sei.

Bakugou — Sabe? — Franzo o cenho confuso.

Tenho quase certeza de que o Pavê não contaria algo assim.

Deku — Sim — Se aproxima — E mesmo sabendo sinto que não vou me arrepender disso, Kacchan.

Bakugou — Disso o q-qu!? — Antes que eu pudesse reagir me agarrou pela cintura e me tascou um beijo — M-me larga...

Tento o afastar e falar enquanto me beija, e quando consigo deu um sorriso um tanto perverso — Esse é realmente o Deku!?

Deku — Como eu disse eu não me arrependo disso, Kacchan, e você? Gostaria de se juntar a nós?

Bakugou — O quê? — Olho para trás me surpreendendo ao ver o Pavê parado segurando a maçaneta da porta.

Todoroki — Bem que desconfiei — Entra no quarto se aproximando de nós.

Bakugou — Não é isso que...

Todoroki — Eu não irei deixá-los se divertirem juntos sem mim — Me abraça por trás lambendo meu lóbulo da orelha.

Bakugou — Como é!? Eu não vou participar disso!

Deku — Claro que vai — Sorri pra mim logo erguendo os olhos pro Pavê — Sabia que viria Todoroki, mesmo não podendo tê-lo só para mim, estou disposto á dividir.

Todoroki — Essa é a última vez que tocará nele.

Deku — Que assim seja.

Bakugou — Porra, não estão me ouvindo!? Ficaram loucos ou o quê!?

Todoroki — Faremos que se sinta bem, Katsuki.

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